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Caminhos para a diversidade no audiovisual brasileiro

O Seminário Internacional Mulheres no Audiovisual, no Sesc Avenida Paulista.
O Seminário Internacional Mulheres no Audiovisual, no Sesc Avenida Paulista.

Você se sente representado ao assistir um filme no cinema ou série na TV? 

Sendo homem e branco, certamente as chances de responder a pergunta acima com um "Sim" são maiores do que o restante da população. É o que mostram os dados da Agência Nacional do Cinema - Ancine. Em 2016, por exemplo, homens brancos assumiram a direção de 75,4% dos longas. As mulheres brancas assinam a direção de 19,7% dos filmes, enquanto apenas 2,1% foram dirigidos por homens negros. Nenhum filme em 2016 foi dirigido ou roteirizado por uma mulher negra. 

Com objetivo de refletir sobre a representatividade de gênero e raça dentro e fora das telas, o Sesc Avenida Paulista sediou, em junho, o Seminário Internacional Mulheres no Audiovisual, idealizado pela Ancine. O encontro trouxe exemplos de iniciativas no Brasil e no exterior que realizam ações em favor da diversidade no setor.

Uma das mais emblemáticas iniciativas nesse sentido é a do British Film Institute - BFI, cujas políticas de diversidade e inclusão têm refletindo na indústria audiovisual do Reino Unido como um todo. Após o seminário, conversamos sobre essas políticas e os efeitos que têm surtido na sociedade com a CEO do BFI, Amanda Nevill
 


O British Film Institute - BFI é a principal organização para cinema, TV e audiovisual do Reino Unido. Desde que assumiu o BFI em 2003, Amanda Nevill vem liderando uma ampla transformação na organização e colocou a promoção da diversidade no centro de sua estratégia. Amanda recebeu o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Bradford, da Universidade de Artes de Norwich e da Universidade de Nova Iorque, além de vários prêmios e a Comenda da Ordem do Império Britânico por seus serviços à indústria cinematográfica do Reino Unido.