A partir da ideia de Xawara, que significa “fumaça da epidemia da morte” na cosmologia dos yanomamis, Juão Nyn propõe uma travessia contracolonial em que ensaia um reencontro de povos originários com o homem branco. O performer apresenta um manifesto contra as enfermidades trazidas por essa aproximação, desde o contato com novas doenças até a exploração de territórios e comunidades. Para tanto, munido de um cocar de seringas, cria um jogo no qual encena uma prática inversa de escambo, discutindo a lógica do processo de colonização.

Juão Nyn é multiartista, ativista e comunicador do movimento indígena do Rio Grande do Norte. Integra o Coletivo Estopô Balaio de Criação, Memória e Narrativa, sendo vocalista e compositor da banda Androyde Sem Par. Há dez anos em trânsito entre o seu estado natal e São Paulo, é mestre do Terreiro Teatro Contracolonial pela ELT – Escola Livre de Santo André e autor da dramaturgia Tybyra. Seu primeiro álbum solo, Nhe’etimbó – Voz, Fumaça de Corpo, é todo cantado em tupi. 

FICHA TÉCNICA
Manifesto e performance: Juão Nyn
Direção de palco e contrarregragem: Mara Carvalho
Paramentação: Mbodjape
Iluminação: Rodrigo Silbat
Trilha sonora: Malka Julieta
Cantos em tupi: Juão Nyn – Nhe’etimbó
Videoarte: Daniel Minchoni e Flávio Alziro
Projeção mapeada: Flávio Alziro
Operação de áudio: Jow Flor
Roadie: Tupy
Cenotécnico: Enrique Casas
Produção executiva: Wemerson Nunes – WN Produções 

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