Esta releitura do mito grego de Perséfone, personagem raptada e violada por seu tio Hades, deus do inframundo, coloca o público como testemunha de uma história tão antiga como repetida. Os espectadores ouvem a narrativa por meio de fones de ouvido enquanto assistem às interpretações gestuais dos atores num espaço aberto. A narração oferece variadas possibilidades, o que faz o elenco rebobinar e refazer suas ações sob outros ângulos. As múltiplas indagações, no entanto, têm o mesmo fim, o de entender a origem da violência patriarcal. O título traz um duplo significado: é tanto a romã (granada, em espanhol), que Perséfone ingere para poder sair de seu claustro, quanto o explosivo, lançado como arma para provocar mudanças.

Paula Aros Gho é artista cênica formada pela Universidade do Chile e mestre em artes pelo Dartington College of Arts (Reino Unido). Sua pesquisa artística tem como foco evidenciar a copresença entre públicos, artistas, espaços e contextos específicos. Para isso, busca gerar ações de relacionamento e mediação com o público, a inclusão da cidadania nos processos criativos, além de desenvolver dramaturgias que incluam os contextos espacial, territorial, social e as biografias dos elencos. Atualmente, dirige a Escola de Teatro da Universidad Mayor, no Chile.

FICHA TÉCNICA
Ideia original e direção: Paula Aros Gho
Dramaturgia: Nicolás Lange
Elenco chileno: Belén Herrera, Valentina Parada e Malicho Vaca
Elenco brasileiro: Ana Suzano, Larissa Garcia e Larissa da Matta
Vozes: Ana Paula Dias, Andrea Tedesco, Larissa Garcia e Marcelo Lazzaratto
Tradução: Clara do Nascimento
Contrarregra/camarim: Alessandra Ribeiro 
Design visual: Gabriela Torrejón
Mixagem de áudio no Brasil: Ale Martins
Música: Deby Kaufmann
Design de som: Daniel Marabolí e Raimundo Stevenson
Produção chilena: Gabriel Valenzuela – Productora Rizomas 
Produção brasileira: Anayan Moretto e Marcelo Leão

www.paulaarosgho.cl | @paula_aros_gho