Uma das primeiras e mais importantes vozes do samba brasileiro, Clementina de Jesus teve seu trabalho reconhecido somente aos 63 anos de idade. Por meio de narrativas poéticas e brincadeiras musicais e dançantes, a Cia. Canto de Omiô propõe, no espetáculo Rainha Quelé, um mergulho ancestral nas raízes do samba e na história da artista, e convida toda família a brincar seus sambas e jongos.

Preservar a memória do samba é valorizar as culturas afrodiaspóricas em sua essência, longe de um viés colonizador e estereotipado. Assim, o trabalho visa interseccionar de forma lúdica a memória ancestral, por meio da oralidade, e preservar formas não hegemônicas de aprendizagem.

A Cia. Canto de Omiô, nome que faz referência às iabás das águas, divindades femininas do panteão iorubano, se apresenta como um projeto de estudo e desenvolvimento das artes indígenas, afro-brasileiras e das manifestações da cultura popular tradicional, por meio da oralidade e da dança. Em seus projetos buscam dar protagonismo a narrativas de mulheres que sofreram com o apagamento histórico e o racismo.

Ficha técnica
Elenco: Jessica Santos de Oliveira e Edina Gabriela Alves dos Santos
Músicos: Natália Santos (vocais), Pablo Vinicius Paternostro (percussão), Eldo Rodrigues da Paixão Filho (percussão), Sara Bernardes Adeyeye (vocais) e Luana Priscila Costa (cavaco).
Direção: Natália Santos
Texto: Natália Santos
Produção de Campo: Glaucy Alexandre