Aos 10 anos, Reginaldo, “o Tortinho”, escutava seu pai João Baiano e sua mãe Geralda (Dica de Nana Boroque), cantar suas serestas no quintal de sua casa. Quando completou 13 anos, Tortinho virara ogan em uma casa de Ogum. Nesta ocasião conheceu Betinho, o filho de Seu Nenê da Vila Matilde, fundador da escola de samba. Foi convidado a integrar a bateria da escola. Nessa época, Tortinho passa por diversos grupos de pagode de São Paulo, e aos 19 anos convidado a participar do Grupo Exaltasamba. Um dos grupos de maior sucesso dos anos 90. Com oportunidades de passar por várias casas de shows e ter a honra de tocar com Jovelina Pérola Negra. Foi então que Tortinho teve a idéia de chamar seus amigos sambistas para tocarem na casa de sua mãe. A casa de sua mãe acabou se tornando um ponto de encontro de músicos e artistas paulistanos. Rodas de samba tinham início ao entardecer e iam noites adentro, por longos anos. Ali surgiram grandes talentos para o samba  que se tornaram artistas de imensa expressão nacional.

Um dia Salgadinho, integrante do Katinguelê, disse: “vamos dormir na casa da mãe do Tortinho”? Foi daí que surgiu a expressão! Chegando lá, Péricles parceiro de Tortinho no Grupo Exaltasamba puxou o cavaco, Marcelo Resende o banjo, e começam a cantar o famoso alusivo de entrada dos pagodes do ABCDMRR.