Duração: 180 minutos
atividade presencial
Grátis
Local: Sala de Espetáculos II (3° andar)
Para cada dia de encontro é necessário retirar uma senha, entregue com 30 min. de antecedência no 3° andar.
Datas e horários
De 09/10 a 01/11
Você já viu uma peça de teatro pelo lado de dentro?
As perguntas “Como se monta um espetáculo? Como se chega a uma cena final? Quem faz o quê no teatro? De onde vem essa trilha sonora?” são reflexões que movimentam e impulsionam este ateliê.
As oficinas do Projeto Transe têm como base o espetáculo TRANSE – ATO 1, em temporada de 3/10 a 3/11 no Sesc Belenzinho. Com o intuito de fortalecer a experiência de criação das obras pelos fruidores, o Ateliê Aberto de Criação propõe desvelar as diversas práticas artísticas desenvolvidas para o ensaio e montagem do espetáculo. Dentre essas vertentes, a pesquisa de interpretação, de dramaturgia, direção de arte, cenografia, figurinos, projeções analógicas, criações musicais e dramaturgias do som.
Pegando de empréstimo o que Patrice Pavis – professor e pesquisador em semiologia no teatro – denominou de “desmontagem”, a ideia é descortinar os bastidores e permitir que as pessoas tenham contato com aquilo que antecede a obra.
Cronograma de oficinas
09 e 11/10 – Dramaturgia, História e Interpretação Teatral. Com Marcio Castro.
16 e 18/10 – Cenografia: inventando o espaço. Com Julio Dojcsar e André Capuano.
23 e 25/10 – Figurinos, Reconstrução e “roupa de trabalho” na moda. Com Renata Régis e participação de Julio Dojcsar.
30/10 e 01/11 – Dramaturgias musicais. Com Salloma Salomão e Adonai Assis.
Para cada dia de encontro é necessário retirar uma senha, que será entregue sempre a partir de 30 minutos de antecedência no balcão de informações do 3° andar.
Oficina 1: Dramaturgia, História e Interpretação Teatral – dias 9 e 11/10
O intuito desta oficina é, através de atividades práticas, desenvolver um percurso de pesquisa em seus encontros, que reverberem na relação dos participantes com suas perspectivas históricas pessoais e coletivas, e o quanto essa relação pode estar presente em suas elaborações estéticas.
Cada encontro trará como foco um aspecto de desenvolvimento. E a obra TRANSE aparece como material a ser destrinchado pelo coletivo, como deflagrador inicial, para posteriormente se desenvolver em práticas individuais e coletivas dos participantes. TRANSE é um disparador que se coloca como material a ser estudado, criticado e reelaborado, inclusive.
Márcio Castro, 43 anos, é andreense. Artista teatral, é bacharel, licenciado e mestre em História Social pela FFLCH/USP. Tem diversos trabalhos realizados junto a grupos de São Paulo e ABC, pelo qual desenvolveu a escrita em processo colaborativo com direção, atrizes e atores. Marcio Castro é dramaturgo e diretor do espetáculo “Transe – Ato 1”.
Oficina 2: Cenografia: inventando o espaço – dias 16 e 18/10
Espaços cênicos são inventados para narrar dramaturgias específicas, o lugar de fala no desenho da cena. Nesta oficina, busca-se desconstruir o processo de desenvolvimento do espetáculo TRANSE – Ato 1, apresentando conceitos de encenação e compartilhando técnicas utilizadas.
Julio Dojcsar é grafiteiro, cenógrafo e andarilho – pesquisador de espaços de cena a mais de 30 anos, desconstrói fronteiras de linguagens, da arte urbana aos palcos, reinventando o ontem para narrar o hoje.
André Capuano é ator, diretor de teatro e filósofo. Desde 2002, pesquisa a relação entre Teatro e Cotidiano Urbano, coordenando a pesquisa cênica USO – Teatro Urbano.
Oficina 3: Figurinos, Reconstrução e “roupa de trabalho” na moda – dias 23 e 25/10
Com o figurino de “Transe – Ato 1”, Renata Régis busca desconstruir o objetivo de uniformes como peças de roupas padronizadas, que visam facilitar a identificação de um grupo. O uniforme da metalurgia usado pelos contrarregras se funde aos ternos e a pinturas, criando um terceiro vestir único, que carrega uma identidade e um objetivo claro da despadronização.
Sendo assim, a oficina propõe que os uniformes tradicionais da metalurgia na cor cinza sejam customizados com pinturas com stencil por cada participante. Os encontros têm por objetivo mudar a visão de padronização e identificação para qual foram criados, tornando-os únicos e com identidade.
Renata Régis é atriz, formada pela ELT, figurinista autodidata e designer de moda. Pesquisadora da arte do figurino e upcycling há mais de 27 anos, pensando e criando técnicas sustentáveis para reconstruir o vestir.
Oficina 4: Dramaturgias musicais – dias 30/10 e 01/11
Oficina de dramaturgia musical para cena autoral. Uma construção musical que esteja organicamente relacionada à elaboração cênica coletiva.
Salloma Salomão vem da cena musical surgida de bandas de garagem dos anos 1980 e Assis Adonai criado nas faixas de estética musical do Hip Hop, samba e música eletrônica. Vertentes de música negra que se encontram para pensar uma dramaturgia musical para uma cena autoral.
Primeiro Encontro – Ritmos, grooves e batucadas, melodias, ruídos, texturas e harmonias.
Segundo encontro – Letras, poesias e dramaturgia musical. Composição e relação entre ritmo, harmonias, textos e melodias.
Salloma Salomão é compositor, educador, ator, dramaturgo auto-formado e socialmente construído. Dialogando de forma tensa com a produção artística e cultura hegemônica, criou uma obra que se estende dos dias atuais ao início dos anos 1980.
Adonai Assis é músico, compositor, produtor musical e arte educador. Especialista em História e Cultura Afro-brasileira e indígena na FACON. Integrou a Cia de Dança TREME TERRA, ORQUESTRA DE BERIMBAUS DO MORRO DO QUEROSENE, produziu os discos RUNSÓ, MASOKO, singles autorais e trilhas sonoras para o teatro e cinema. Foi arte-educador do programa Vocacional e artista educador e diretor musical no programa Fábricas de Cultura.
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