Para acreditar em Cassandra – Francisco Humberto Cunha

30/06/2017

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Desde o Renascimento, o mundo helênico fornece ao Ocidente os parâmetros de comportamentos e valores que guiam a civilização; nem todos os modelos, porém, se mantêm, dado o advento de compreensões mais inclusivas, que vão desde a ideia de democracia geral e irrestrita (sem a presença de escravos e com a consagração de direitos individuais), até o reconhecimento legal da igualdade de gênero, que a duras penas ainda tenta ganhar corpo na realidade.

Sobre este último aspecto, aliás, a situação de inferioridade da mulher entre os gregos não poderia ser retratada de maneira mais impactante do que na peça As Troianas, de Eurípedes, cujo enredo se baseia na distribuição que delas é feita, por sorteio, aos soldados vencedores, como espólio de guerra, cabendo aos líderes, antes dessa loteria, a escolha de princesas e rainhas, como Hécuba, Helena, Andrômaca, Polixena e Cassandra.

A específica situação de Cassandra veio-me à mente, por várias vezes, enquanto eu fazia a leitura do livro Dimensões da Cultura: políticas culturais e seus desafios, que será oportunamente descrito, porque, com essa associação de lembranças, é imperioso que eu forneça as premissas que evocam a presença da mencionada personagem mitológica na obra assinada
por Isaura Botelho (…)

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