Repensando a criatividade: indústrias criativas, IA e criatividade cotidiana

11/10/2024

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Resumo
Este artigo apresenta uma reflexão sobre como a criatividade é desumanizada (e reumanizada) e como seus aspectos de trabalho são prejudicados (e destacados) nos três desenvolvimentos recentes em nossa compreensão das artes, da cultura e da criatividade: as indústrias criativas; a criatividade da inteligência artificial (IA); e a criatividade cotidiana. O discurso das indústrias criativas instrumentaliza e desumaniza a criatividade ao ocultar perspectivas de trabalho e tratar a criatividade como capital humano e um gerador de propriedade intelectual. Enquanto isso, contemplar a criatividade da IA nos ajuda a ir além do paradigma econômico e considerar traços-chave da criatividade humana e do processo de criação, alguns dos quais são emulados com sucesso pela IA. No entanto, também observamos como a IA dissocia a criatividade da agência humana e como seu efeito de redução de custos pode desafiar os criadores humanos em muitos setores. Por fim, a ideia de criatividade cotidiana efetivamente reumaniza e democratiza a criatividade; no entanto, ela não apenas carece de perspectivas de trabalho, mas também as prejudica.
Palavras-chave: Interligência artificial. Criatividade da IA. Trabalho criativo. Indústrias criativas. Política cultural.

Abstract
This commentary reflects on how creativity is dehumanised (and rehumanised) and how its labour aspects are hindered (and highlighted) in the three recent developments in our understanding of arts, culture and creativity: the creative industries; AI creativity; and creativity in everyday life. The creative industries discourse instrumentalises and dehumanises creativity by hiding labour perspectives and treating creativity as human capital and a generator of IP. Meanwhile, contemplating AI creativityhelps us to look beyond the economic paradigm and consider key traits
of human creativity and the creation process, some aspects of which are
successfully emulated by AI. Yet, we also observe how AI dissociates creativity
from human agency and how its cost-cutting effect can challenge
human creators in many sectors. Finally, the idea of everyday creativity
effectively rehumanises and democratises creativity; however, it not only
lacks labour perspectives but also hinders them.
Keywords: AI. AI creativity. Creative industries. Creative labour. Creativity. Cultural policy. Everyday creativity.

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