Duração: 90 minutos
atividade presencial
Grátis
Local: Teatro - 1º subsolo
Retirada de ingressos no local com 1h de antecedência.
Data e horário
De 27/11 a 27/11
Das 19h às 21h
Por ocasião do lançamento de sua autobiografia, Indianarae Siqueira conversa com Linn da Quebrada, Carolina Iara e o mediador Diego Pereira. Indianarae Siqueira é um dos nomes mais importantes na luta pelos direitos da população trans no Brasil, sendo considerada traviarca do movimento, junto à matriarca Jovanna Cardoso e tantas outras. Sua trajetória é marcada pela rebeldia e coragem de questionar tudo aquilo que a sociedade tentou lhe impor, de se empoderar do lugar marginal para onde empurraram os corpos transvestigeneres, para romper barreiras e fronteiras, construindo com suas próprias mãos as alternativas políticas que buscava.
Seu corpo, seu vocabulário, sua identidade e até mesmo seu nome tem mudado a partir dos seus vários experimentos com o gênero: Indianara, Indianare, Indianarae, se queira ou se não queira, como ela mesma gosta de dizer. As reflexões e a trajetória de Indianarae não são desconhecidas e já foram registradas em documentários e entrevistas, mas agora são consolidadas em um livro de sua própria autoria. Com uma escrita visceral e engajada, Indianarae nos convida a mergulhar em suas experiências pessoais e reflexões sobre gênero, identidade, violência, ativismo político e a busca por uma sociedade livre da cisheteronormatividade, do capitalismo, do racismo e qualquer outra forma de opressão.
Através de sua narrativa sensível e contundente, ela nos confronta com as diversas violências que marcam a vida das pessoas trans, mas também celebra sua força, resistência e capacidade de transformação. Mais do que um relato pessoal, é um manifesto político que nos convida a repensar as normas sociais e construir um mundo onde todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero, possam viver com dignidade e respeito.
Indianarae Siqueira é natural de Paranaguá (PR), e atualmente reside no Rio de Janeiro. Fundadore do Grupo Filadélfia de Travestis e Liberados da Baixada Santista, presidente do Grupo Transrevolução e da Rebraca LGBTQIAPN+, além de idealizadore do pré-vestibular PreparaNem, da CasaNem e Renegra. Conselheire LGBTQIAPN+ do estado do RJ, indígena de descendência M’bya Guarani, transvestigênere, vegane e não-binárie. Comerciante na Lapa, revolucionárie e revoltade contra o CIStema.
Linn da Quebrada é cantora, atriz e ativista. Mulher trans e defensora da comunidade LGBTQIA+, usa sua arte para abordar temas como identidade de gênero, sexualidade e empoderamento. Sua carreira começou no funk e se expandiu para outros gêneros. Em 2017, lançou seu aclamado álbum “Pajubá”. Também estrelou o documentário “Bixa Travesty” (2019), que retrata sua trajetória. Ganhou ainda mais destaque ao participar do Big Brother Brasil 22. Sua atuação vai além da arte, englobando a luta por direitos e visibilidade para pessoas trans.
Carolina Iara é mestra em Ciências Sociais pela UFABC, ela é mulher negra, travesti, intersexo e vive com HIV. Candomblecista, ela é filha de Ossain e Iansã e faz parte do Ilê Axé Oju Oyá. Também é escritora e poeta.
Diego Pereira (@deedz_zi) é pesquisador de gênero, raça e sexualidade, tendo atuado diretamente com Indianarae Siqueira no núcleo organizador da Marcha das Vadias do Rio de Janeiro. É coordenador de comunicação no Instituto Solar dos Abacaxis. Possui graduação em História da Arte pela UERJ, mestrado em Estudos Contemporâneos das Artes pela UFF e em Memória Social pela UNIRIO. Atua há 10 anos na indústria de entretenimento, tendo desenvolvido projetos audiovisuais e de comunicação para marcas como Trybe, Afterverse, Globoplay, Canal Futura, ESPN, Action Aid, entre outras.
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