Em novembro tem: Axé Muntu! – Imagens que contam histórias

03/11/2024

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Em novembro, o Sesc Vila Mariana apresenta “Axé Muntu! – imagens que contam histórias”. O projeto, relacionado à exposição “Lélia em Nós: festas populares e amefricanidade, traz ações educativas em diversas linguagens para debater o pensamento da antropóloga, socióloga e ativista Lélia Gonzalez. 

“Axé Muntu!” é uma expressão criada por Lélia Gonzalez a partir da junção de duas palavras de origem africana: “Axé”, que significa poder, energia em Iorubá; e “Muntu”, que significa gente, no dialeto Kimbundo. O conceito sintetiza a luta política e acadêmica de Lélia, que dedicou seus esforços para pensar um Brasil amefricano, ampliando a noção sobre formação da identidade cultural brasileira e enfatizando a força dos saberes e fazeres da nossa ancestralidade negra.

A programação começa com sessões de cinema, que serão antecedidas por visitas mediadas à exposição, para refletir sobre conceitos de Lélia que se aproximam da temática dos filmes.. Também serão realizadas oficinas na área de Artes Visuais, com abordagens de diferentes aspectos que dialogam com a obra de Lélia.

Toda a programação é gratuita, com retirada antecipada de ingressos ou senhas. Veja a seguir a relação completa, para não perder.

SESSÕES DE CINEMA COM VISITA MEDIADA À EXPOSIÇÃO
6/11(quarta), 15h30: “Ôrí” (dir. Raquel Gerber, 1989, Brasil, 100 min.)
12/11 (terça), 18h30: “Marte Um” (dir. Gabriel Martins, 2022, Brasil,  112 min.)
13/11 (quarta), 15h30: “Que Horas Ela Volta?” (dir. Anna Muylaert, 2015,  Brasil, 114 min.)
19/11 (terça), 18h30: “Besouro” (dir. João Daniel Tikhomiroff, 2009, Brasil, 94 min.)

OFICINAS
Entre contornos e formas, com Hellen Nicolau e Henry Castelli
A partir da utilização do estêncil na identidade visual da exposição Lélia em Nós: Festas Populares e Amefricanidade, a oficina propõe uma experimentação desta técnica artística visando a criação de símbolos africanos.
9/11 e 10/11, sábado e domingo, às 11h. Livre.
Retirada de senhas 30 minutos antes no Balcão de Informações.

Do riso o feitiço, com Ossaiê
A partir das obras de Guilherme Almeida, RoNa, Guinho Nascimento, Jandir Gonçalves e Dinho Araújo e de músicas/pontos cantados por Lenice Lopes, mãe de Ossaiê, a visita irá propor a ideia do riso negro que encanta, estranha, aproxima e afasta como um feitiço.
15/11, sexta, às 11h. 16 anos.
Retirada de senhas 30 minutos antes no Balcão de Informações.

House of Gonzalez: festas populares e acuirlombamento na América, com Ali Martins
Como Lélia Gonzalez pode nos ajudar a pensar o lugar de corpos queer na comunidade negra? Nessa vivência, vamos conhecer mais sobre o Vogue, dança da comunidade Ballroom, enquanto estratégia de “acuirlombamento” e expressão artísticas de celebração da beleza negra e trans, em diálogos com a dança de Oxum. Ora yê yê ô!
15/11, sexta, às 14h. 12 anos.
Retirada de senhas 30 minutos antes no Balcão de Informações.

Mandalarê – Festa e Cultura em Círculos, com Igor Gervásio e Josefa Rouse
Nesta oficina, os participantes criarão mandalas com o uso de palitos e de fios de barbante, inspiradas nas festas populares brasileiras. A atividade conecta arte, ancestralidade e identidade cultural com o legado de Lélia Gonzalez.
16/11 e 17/11, sábado e domingo, às 15h. A partir de 6 anos.
Retirada de senhas 30 minutos antes no Balcão de Informações.

Preta na Poesia: lendo e escrevendo com mulheres negras, com Daniela Rezende e Letícia Castro
A oficina propõe a leitura e a conversa a partir da produção recente de poetas negras brasileiras, com a proposição de alguns exercícios de escrita poética a partir dos textos trabalhados, seus temas e modos de fazer. A atividade é aberta a todas as pessoas interessadas, sejam escritoras ou não.
20/11, quarta, das 11h às 13h. 16 anos.
Retirada de senhas 30 minutos antes no Balcão de Informações.

Oficina de Abebé – Conhecendo Oxum, a deusa das águas doces, com Mireille Antunes e May Agontinmé
A atividade convida para conhecer Oxum, orixá das águas doces e das cachoeiras. A realeza de Oxum não consiste apenas em sua beleza e amor-próprio, ela também carrega consigo um objeto capaz de enxergar a si e ao outro. O abebé é um objeto próprio das orixás femininas, nas religiões de matriz africana, no caso de Oxum, orixá homenageada na exposição Lélia em Nós: Festas Populares e Amefricanidade, ele faz jus à dona, deusa do ouro. Na oficina conheceremos um pouco mais sobre a simbologia e importância do abebé e recriaremos de forma inspirada nossa própria versão da ferramenta soltando a criatividade.
20/11, quarta, 15h às 17h. Livre.
Retirada de senhas 30 minutos antes no Balcão de Informações.

Recordar, Celebrar e Seguir, com Igor Gervásio e Lívia Anjos
As histórias das nações africanas e ameríndias que forjaram o Brasil nem sempre estão nos livros de História, nem nos museus nacionais que recontam a memória de nosso país. O processo de alienação e apagamento histórico a que estamos sujeitos nos fez e faz esquecer das trajetórias familiares que nos trouxeram até aqui. Propomos um momento para recordar os caminhos e as tradições, celebrar as sabedorias e as construções ancestrais e seguir com nossas bagagens, eternizando este percurso em tecido, na produção de uma bandeira coletiva com o uso de carimbos produzidos pelas pessoas participantes da oficina.
23/11 e 24/11, sábado e domingo, às 15h. Livre.
Retirada de senhas 30 minutos antes no Balcão de Informações.

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