Os 37 anos de carreira de Alexandre Hovoruski têm como marcas o rádio feito com bom humor e os ótimos resultados de audiência. Por Marcos Lauro
Marcos Lauro – Jornalista, podcaster, produtor de conteúdo e comunicador multimídia. Fundador da Orfeu Digital, cujo objetivo é unir a experiência em redação à experiência no ambiente digital. Atualmente é responsável pelas redes sociais do cantor e compositor Chico César (desde 2019), além de já ter criado conteúdo online para bandas e artistas independentes como Versa Libertália, Oito Mãos, Hyldon e 509-E.
Ilustrações por Bruna Kater — Formada em Comunicação Social pela ECA-USP, atualmente trabalha como designer gráfica e ilustradora em São Paulo. Seu trabalho tem cores vibrantes, uma essência artesanal e percorre temas como a brasilidade e representação da mulher nas artes visuais.
Se puxar pela memória, assim, de bate-e-pronto, seu ano de 2003 teve um dia marcante? Um acontecimento especial? Para o ouvinte de rádio, especialmente o que curte rock and roll, essa resposta é das mais fáceis, com um dia desse ano gravado na mente: 1º de abril.
O dia amanheceu e tudo ia bem até às 6h da manhã na 89 FM, tradicional emissora de rádio de São Paulo, voltada para o público do rock. Música tocando, locutores dando informes do trânsito, sol surgindo… até que começam a desfilar pela programação nomes como Earth, Wind & Fire, KC & The Sunshine Band, As Frenéticas e Abba. Artistas totalmente desalinhados com a programação habitual da emissora. Pronto, foi o momento de desespero. Os fãs roqueiros, sem entender absolutamente nada e revoltados, começaram a ligar para a rádio. Os locutores que iam entrando no ar demonstraram extremo profissionalismo. Nem todos sabiam o que estava acontecendo e estavam tão no escuro quanto os ouvintes, mas apresentavam as músicas como se nada estivesse acontecendo. Em vez de um Rancid, Gloria Gaynor. Em vez de Titãs, Sylvester. A disco music, o funk e a soul music dominaram a programação roqueira e o desespero dos ouvintes foi aumentando, ao ponto de uma viatura adesivada da 89 ser fechada em plena Avenida 23 de Maio, uma das mais movimentadas de São Paulo, por um ouvinte que queria satisfações. Caos. E ninguém se atentou à data: 1º de abril, o famoso Dia da Mentira.
“Você não tem noção. Tinha funcionário desesperado, gente chorando. Cliente do comercial que não tinha sido avisado ligando na rádio. Um absurdo!”
O radialista Alexandre Henrique Hovoruski foi o responsável por essa travessura. Anos antes, numa conversa com amigos também radialistas dos Estados Unidos, surgiu o assunto: uma rádio de Miami havia mudado sua programação num 1º de abril e fez barulho. Hovoruski ficou com aquilo na cabeça. Em 2003, ele levou a ideia à emissora, para pouquíssimas pessoas, e, mesmo cheio de dúvidas, colou. Apenas a alta direção e a diretoria comercial— que, por sua vez, avisou apenas aos principais e maiores clientes, pedindo sigilo — sabiam da pegadinha. “No dia anterior, tiramos o site do ar e colocamos um ‘em breve, novo site’, cheio de coloridos, aquele globo espelhado de discoteca”, conta Hovoruski. O diretor artístico acordou às 5h30 e quase teve um ataque de pânico, pensou em desistir. Mesmo assim — e com uma baita dor de pescoço causada pela tensão — foi para a rádio e fez a virada de programação às 6h em ponto. “Você não tem noção. Tinha funcionário desesperado, gente chorando. Cliente do comercial que não tinha sido avisado ligando na rádio. Um absurdo!”.
Alguns poucos ouvintes também foram cúmplices. Pela manhã, foi ao ar o programa Dobalacobaco, que dependia (e ainda depende, pois está no ar) muito da participação dos ouvintes por telefone. Então, conseguiram combinar com poucos deles pra que entrassem no ar sem nem tocar no assunto. E funcionou! Em vez de ouvintes raivosos reclamando da “nova” programação, gente de bem com a vida falando de amenidades.
12 horas depois, às 18h, Hovoruski voltou à emissora e desfez o “mal-entendido”: a locutora Luka Salomão, que após idas e vindas ainda ocupa os microfones da 89, leu um texto explicando a molecagem e soltou Smells Like Teen Spirit, do Nirvana. “Cara, foi um alívio! A música é pesada, mas caiu leve, deu um descarrego”, brinca Hovoruski. A medição de audiência de rádio não tem essa precisão de registrar o aumento de relevância de uma emissora em um dia e as mídias sociais não eram fortes ainda, mas a repercussão entre o público e o mercado foi gigantesca, o que reforçou a imagem da 89 FM como uma rádio jovem e dada ao bom humor — mesmo que ele assuste a audiência por algumas horas.
Mas essa não foi a primeira molecagem de Hovoruski no ar — e nem a primeira vez em que o grupo Earth, Wind & Fire se mostrou presente em sua trajetória. Por volta de 1981, 1982, com 15 anos, Hovoruski ouviu a música Let’s Groove no rádio e se apaixonou — por música e pelo veículo. Com o pai, ouvia Herb Alpert e outros instrumentais aos domingos e com a mãe comprou um gravador, onde registrava a programação das rádios (e ficava impaciente com os locutores que falavam em cima das músicas). “Eu ouvia tanto rádio que eu sabia a programação, o que tocava, o que não tocava. E numa época eu montava em casa programação de rádio. Eu mesmo fazia, como se eu tivesse uma rádio imaginária na cabeça. Eu era um locutor, meu irmão era outro, aí misturava com locutores que eu gostava”, lembra Hovoruski.
Estamos falando sobre o início da popularização do FM, entre o fim dos anos 1970 e início dos 1980. Como ainda era um campo desconhecido, as rádios eram muito parecidas entre si. Elas exploravam apenas a então nova possibilidade de transmitir em som estéreo e tocavam música, ainda tateando o éter e sem saber exatamente que público atingir. “Até que veio a Band FM com um som mais black, tocando break. Tinha um locutor na hora do almoço, o Pablo Pablo, uma voz mais fina, gritada… não tinha isso antes. Eles quebraram algumas barreiras”, conta Hovoruski sobre o início do que pode ser chamado de “rádio jovem” em São Paulo, com emissoras que fugiam dos vozeirões clássicos aproximando ainda mais a figura do locutor do público e dialogavam com pessoas mais jovens que focavam em novidades musicais. Nessa época, a Band FM foi a responsável, por exemplo, pela estreia no Brasil do hit We Are The World, composição de Lionel Richie e Michael Jackson, com produção de Quincy Jones e Michael, que reuniu um elenco milionário nos vocais, com Stevie Wonder, Tina Turner, Cyndi Lauper e Bob Dylan, entre muitos outros.
A primeira ida de Hovoruski a um estúdio profissional de rádio foi em 1985, nessa mesma Band FM. Ele montou com o irmão uma dupla de DJs, a Hovoruski Brothers, e participou de um concurso na emissora, o que dava direito a gravar um programa. “Chegamos muito cedo lá e eu estava saboreando tudo aquilo. O locutor Binho Palli estava no ar e eu perguntava tudo pra ele, cada equipamento. A ideia era: se eu aprender tudo aqui, eu melhoro a minha rádio fictícia”, brinca o radialista. Dias depois, em contato com Carlos Racy, o coordenador da rádio na época, Hovoruski recebeu uma proposta de trabalho: discotecário. “Era quase que um office-boy interno, eu pegava os discos que seriam usados, guardava os que já tinham sido tocados, catalogava os novos que chegavam etc.” Isso durou dez dias, porque uma programadora musical da madrugava faltava e ele assumia o posto, acumulando as funções — e deixando alguns discos pelo caminho. “Eu morava na Zona Norte e a Band é no Morumbi, muito longe. Eu dormia na rádio. Compensava mais, até, mas eu adorava também… fiquei amigo do cara que cuidava dos estúdios à noite. Eu ficava ali, cheguei a dormir duas noites seguidas”, relembra.
Quando houve uma mudança na programação da rádio e ela se voltou para o rock adulto, Hovoruski não se adaptou — ele, que entendia tudo de black music e era fã de Michael Jackson, tinha de adaptar a uma nova programação que incluía rock progressivo e afins. Não colou: “Eu fiquei triste e o trabalho parou de render. Fui mandado embora. Hoje, com 37 anos de carreira, eu fiquei só duas vezes sem trabalho. Essa foi a primeira”.
Depois de fazer de tudo um pouco na Band, Hovoruski conheceu um amigo de Campinas e, com ele, fez uma proposta para trabalhar na Educadora FM, que não ia bem. Em 1987, como programador, ele adotou uma linha popular, parecida com a que a Jovem Pan e a Cidade praticavam em São Paulo. “Eu considero que aqui virei radialista, porque começou aquela coisa de ter de dar resultado, ser cobrado e tal. E essa programação musical popular estourou!”, conta Hovoruski. No começo de 1989, a rádio estava estabelecida na primeira colocação e Hovoruski deu sua missão como cumprida. Era hora de respirar novos ares. Band e Educadora foram a iniciação, a base.
“A rádio se empolgou com esses ‘ao vivo’ e quis implementar uma rede, juntar todas as emissoras que já existiam. Não dá! O rádio é local!”
Hovoruski fez teste a passou na Transamérica. Aos 20 anos, foi o momento de aprender técnica: “Ali a gente recebia um livro, um manual de instruções da rádio. Aprendi marketing, pesquisa de mercado, RH e técnicas do dia a dia, como e por que a rádio dá hora certa, por que não pode colar duas músicas com vozes femininas na sequência… tudo!”. Muita coisa que se ouve no rádio hoje vem dessa época, como as vinhetas de identificação da rádio entre músicas e a hora certa a cada duas músicas. São padrões que foram estabelecidos e pegaram: “Existe hoje uma geração de coordenadores e diretores artístico de rádio, na qual eu me incluo, que eu chamo de Filhotes da Transamérica”.
O radialista assumiu a Transamérica Curitiba. E aí veio a primeira das molecagens no ar. “Tinha uma rádio lá chamada Caiobá, considerada brega, mas que pegava um público jovem muito grande. Eu comecei a fazer vinhetas brincando com essa e outras rádios, inventava apelido, ‘Caiobrega’. Mexi com o mercado. As rádios começaram a responder, mudar a programação. A Caiobá chegou a tocar José Augusto e The Clash. Aí brinquei mais, falava que a ‘Caiobrega’ tava perdida”, relembra, comemorando a segunda colocação no IBOPE.
Com a mesma irreverência, que já tinha se tornado um traço da carreira, Hovoruski foi chamado para assumir a Transamérica Rio de Janeiro. E lá também havia uma rádio popular a ser batida: a 98 FM, do grupo Globo, que fazia promoções valendo dinheiro — com divulgação no intervalo da novela das oito, na TV, o que fazia a audiência explodir. Contra um grupo desse tamanho e com esse poder, só indo para a brincadeira: “A 98 fez uma promoção que dava 500 mil cruzeiros. Nós tínhamos um dinheiro em caixa, que vinha dos shows que a gente fazia com os locutores e tal. Tinha um milhão de cruzeiros. Aí a gente criou um personagem, um locutor chamado Jota Jota Breguentaeoito e tinha uma vinheta assim:
Você tem que ouvir aquela rádio brega para ganhar 500 mil cruzeiros? Agora você não precisa mais, porque a Transamérica vai te dar um milhão de cruzeiros e você não vai ter que ouvir aquelas músicas pavorosas.
E aí o Breguentaeoito aparecia no meio da programação dando dicas, as pessoas acertavam e participavam do sorteio”, relembra Hovoruski.
No Rio, existiam os famosos Estúdios Transamérica, que serviam à rádio e também à indústria musical. Muitos artistas, dos mais diversos, como Azymuth, Milton Nascimento, Guilherme Arantes e Leci Brandão, gravaram seus discos por lá. Em 1991, na segunda edição do Rock in Rio, no Maracanã, a Transamérica anunciou a primeira transmissão ao vivo por satélite com uma atração internacional do festival, a cantora Lisa Stansfield. Por um problema de horário causado por uma escala em aeroporto, a rádio teve de trocar de atração: em vez de Lisa, parte do grupo RPM. “Nunca vi tanto equipamento naquele estúdio, era muita coisa. Paulo Ricardo foi o primeiro ao vivo da rádio, Lisa acabou sendo a segunda”, conta Hovoruski, que explica o por que não concorda com esse conceito de rede de rádio por satélite: “Aí que veio o erro. A rádio se empolgou com esses ‘ao vivo’ e quis implementar uma rede, juntar todas as emissoras que já existiam. Não dá! O rádio é local!”. Isso provocou sua ida da Transamérica para a Rádio Cidade do Rio de Janeiro, uma rádio, na época, pop.
“Uma coisa é você ter uma rádio no interior, cidade pequena, sem estrutura… aí você retransmite parte da programação de uma emissora maior. Mas não tem cabimento você retransmitir a Transamérica de São Paulo no Rio de Janeiro, que é uma praça forte, com milhões de ouvintes! A audiência da rede caiu no Brasil todo… praticamente só a de São Paulo que ia bem”, explica Hovoruski sobre o meio rádio ser, por definição, local e conversar com aquele público específico — que não vai ser igual ao público de outra cidade. A época da Rádio Nacional e dessa busca por uma identidade única brasileira já havia passado tinha muito tempo.
Depois de uma rápida passagem pela Cidade, chegou a vez de encarar a Jovem Pan como programador musical em 1993 — e, logo depois, como diretor artístico: “Ali eu era diretor de uma rádio muito grande, aprendi a lidar com negociações, com dinheiro mesmo. Em dezembro de 1994, passamos a Transamérica já com a programação de eurodance”. Depois de uma instabilidade, em maio de 1995 a Jovem Pan passou novamente a Transamérica e, desde então, nunca mais foi ultrapassada de novo, segundo os números do IBOPE.
E aí surge o karma de Hovoruski: a rádio quer se tornar uma rede, assim como a Transamérica. Já com o conceito de “rádio é local!” impregnado na mente, o radialista convence a emissora a montar a rede da forma como ele acredita que funciona: você tem dois estúdios funcionando simultaneamente, um transmitindo pra frequência local, São Paulo, e outro transmitindo em horários determinados para as outras emissoras da rede. Dessa forma, você não toca na rádio que está consolidada e, ao mesmo tempo, gera conteúdo para as retransmissoras locais de outras cidades. Hovoruski já havia tentado implementar essa ideia na Cidade do Rio de Janeiro, mas não conseguiu, a empresa não topou. Na Jovem Pan, deu certo: “Se você pega a retransmissora de Catanduva, por exemplo, o cara precisa de quatro minutos de intervalo comercial pra pagar as contas, enquanto aqui em São Paulo a rádio precisa de um minuto. Separando as transmissões, você atende as duas demandas. Diferente da Transamérica, na época, que operava em rede total durante o dia. Então, enquanto a Transamérica precisava de quatro minutos para atender a rede, nós, na Jovem Pan São Paulo, fazíamos nosso intervalo de um minuto e botávamos música. Todo mundo vinha pra gente enquanto eles estavam ainda no intervalo”. E assim, nesse exemplo, a emissora fictícia de Catanduva continuava com seus quatro minutos de break comercial, como é chamado o intervalo no rádio, sem prejuízo à operação.
“O programador musical tem uma sensibilidade e passei a usar isso pra fazer música pra tocar na rádio, uma rádio MPB pop, com músicas que tivessem um apelo um pouco mais popular. (…) E eu sou chato com isso, mando música de volta, peço pra abaixar voz, subir não sei o quê…”
Hovoruski viveu o auge da Jovem Pan, além do nascimento do programa Pânico e da febre dos CDs de coletânea que a rádio lançava — além da revista Jovem Pan, que chegou a bater 500 mil exemplares vendidos por edição. Hovoruski era o responsável por negociar e licenciar as músicas junto às gravadoras. Ele era o responsável, também, pela série de CDs Ritmo da Noite, que era o nome de um programa da rádio e tinha os sucessos do momento nas pistas — a noite de São Paulo ganhou novos ares e um público muito jovem com a chamada eurodance. Depois de sete anos de convivência com a Pan, chegou a vez de um novo momento na virada dos anos 2000: um convite para dirigir a rádio JB do Rio de Janeiro. O radialista sairia de uma rádio jovem, pop e irreverente para uma das mais tradicionais de Rio de Janeiro, com uma programação adulta e que não permitia brincadeiras no ar.
Nessa época, as rádios cariocas estavam investindo em programações mais alternativas, com artistas menos conhecidos ou ainda em ascensão. Quando perguntado sobre qual ideia tinha para a JB, Hovoruski respondeu: “Vou tocar o óbvio!”. A rádio estava estacionada. E à base de Phil Collins, Elton John, Madonna e Michael Jackson, a JB cresceu 25% de audiência em poucos meses. Nesse momento, por conta de acordos com os grupos proprietários das emissoras, Hovoruski trabalhava ao mesmo tempo na JB, na Cidade do Rio e na 89 FM. “Eu só não dormia na rádio como antigamente porque minha esposa me matava”, brinca Hovoruski. Assim, se tornou comum o trabalho de direção em mais de uma emissora simultaneamente. Da JB, por exemplo, Hovoruski saiu apenas em 2015 para encarar o desafio da Nova Brasil FM. Da 89, ele saiu antes: ficou até 2006.
Durante a permanência na Nova Brasil, Hovoruski descobriu um novo caminho: o da produção musical. “O programador musical tem uma sensibilidade e passei a usar isso pra fazer música pra tocar na rádio, uma rádio MPB pop, com músicas que tivessem um apelo um pouco mais popular. Foram várias versões — e algumas delas foram lançadas pelos próprios artistas depois. Teve Titãs, Rubel… várias. E eu sou chato com isso, mando música de volta, peço pra abaixar voz, subir não sei o quê…”, conta Hovoruski. Com essa expertise, o radialista também produz hoje as chamadas “trilhas brancas” — fundos musicais para serem utilizados em transmissões ao vivo no streaming sem risco de ter a transmissão encerrada por conta de direitos autorais.
Depois de uma passagem importante pela rádio A Tarde, onde também conseguiu um bom resultado de IBOPE, o radialista se divide entre a Alvorada FM, de Belo Horizonte, e a SulAmérica Paradiso, do Rio de Janeiro, rádio que faz parte do Grupo Dial Brasil, empresa que administra emissoras — além da Paradiso, a Dial Brasil é responsável pela MixRio.
“O rádio musical tem um tripé: é local, tem o companheirismo e repete conteúdo. É o único veículo de massa que repete conteúdo e não tem problemas. Se você gosta de uma música, você ouve. Se tocar ‘Billie Jean’ agora, você ouve. Diferente de uma notícia, que envelhece em seis horas, em média”, explica o radialista, que enxerga um bom momento para o rádio, mesmo com as instabilidades causadas pela pandemia. Enquanto grandes veículos tiveram quedas expressivas de faturamento e relevância, o rádio, segundo ele, ficou estável, mantendo o público. “Seria bom se os mídias se conscientizassem disso”, aponta o radialista sobre os profissionais de agências de publicidade que praticamente escolhem onde o dinheiro das campanhas será aplicado. “O cara gasta R$ 50 mil num tiro só para alcançar 150 mil pessoas numa rede social. Com esse dinheiro, no rádio, eu alcanço muito mais gente e mais de uma vez”, finaliza Hovoruski.
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