Entrevista com Izabel Maria Madeira de Loureiro Maior

18/06/2018

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CPF: Você está entre as pioneiras do movimento social das pessoas
com deficiência no Brasil. Qual é o seu balanço sobre os avanços
resultantes desse percurso histórico e sobre a inserção desse
segmento na sociedade brasileira?

Izabel Maior: Gostaria inicialmente de agradecer a oportunidade de
expor ideias aos leitores da Revista do Centro de Pesquisa e Formação do
Sesc São Paulo, importante e influente no cenário nacional. Fazer parte
do grupo pioneiro tem dois lados: o de ser “cobaia histórica”, vivendo todas
as agruras da exclusão e invisibilidade e, ao mesmo tempo, o de ter o honroso
título afetivo de “jurássica”, por atuar desde o início da transformação
em curso. O balanço é positivo, ainda que os resultados sejam lentos e incompletos.
A grande diferença manifesta-se nos espaços profissionais e sociais
que as pessoas com deficiência ocupam atualmente, e elas sabem que
poderão ascender mais e em maior número. Trata-se de empoderamento,
capacidade de defender seus direitos, enfrentar a discriminação, porque se
trata de crime contra a liberdade, igualdade e dignidade, crime contra os
direitos humanos. Atualmente existem marcos legais e políticas públicas
estabelecidas, mas que precisam de atenção do movimento social organizado
até que possam ser garantidas como políticas de Estado. A palavrachave
para a inclusão é “acessibilidade”, o direito essencial para o alcance
de todos os demais direitos da pessoa com deficiência. Acessibilidade é a
grande diferença que nasceu quatro décadas atrás e finalmente ganha
força e amplitude. A mudança também pode ser vista como conquista da
própria sociedade, que reconhece o valor das diferenças cada vez em maior
escala, em diversos ambientes. Desejo mais velocidade em todo esse processo
para que eu mesma viva a participação social a que tenho direito (…)

Baixe o PDF e leia a entrevista na íntegra:

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