Por Valquíria Padilha
Resumo
Neste ensaio, analiso a teia que se forma, no capitalismo, entre trabalho,
tempo livre e consumo. Reforço a tese de que não é possível haver um
tempo verdadeiramente livre sob a lógica do capital, pois o consumo de bens
e serviços prevalece dominante no tempo disponível. Quando a organização
do trabalho rouba a autonomia e a liberdade dos trabalhadores, o tempo de
não trabalho não pode ter o êxito de fruição que se projeta nele. O tempo verdadeiramente livre seria aquele que se organiza e se concretiza em prol da
emancipação humana. Uma sociedade cujos membros são emancipados é uma
sociedade que possibilita seu livre desenvolvimento sem que eles tenham que
sacrificar a própria vida em função de interesses que não são diretamente as
necessidades humanas, coletivas e sociais. Somente haverá um tempo verdadeiramente
livre quando o tempo de trabalho não for mais heterônomo e não
mais estiver a serviço dos interesses de lucratividade do capital.
Palavras-chave: Trabalho. Tempo livre. Consumo. Capitalismo. Emancipação humana.
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