Seleção é composta por longas e curtas-metragens nacionais lançados no último ano; programação on-line do Sesc Digital é gratuita e pode ser vista de todo o Brasil

A 22ª edição da Retrospectiva do Cinema Brasileiro acontece de 9 a 30 de dezembro, com uma programação extensa de 50 títulos nacionais lançados no último ano, entre dezembro de 2020 e novembro de 2021. Neste ano, a Retrospectiva do Cinema Brasileiro atende ao público em formato híbrido, com sessões diárias e presenciais na sala de cinema do CineSesc (R. Augusta, 2075) e programação on-line e gratuita na plataforma Sesc Digital, que pode ser acessada de qualquer lugar do Brasil.  

Promovida pelo CineSesc, a Retrospectiva do Cinema Brasileiro já se consolidou no calendário cultural da cidade de São Paulo como um evento tradicional e esperado pelos cinéfilos. Desde a sua primeira edição, o evento garante visibilidade à produção cinematográfica brasileira contemporânea através de um recorte que prioriza a diversidade de estilos e linguagens. 

A 22ª Retrospectiva do Cinema Brasileiro conta em sua programação com a faixa especial “Diversos 22 – Novas Percepções”, uma das ações promovidas pelo Sesc São Paulo em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 22. 

A seleção traz sete títulos que, seja por suas propostas temáticas e/ou estéticas, questionam os padrões culturais vigentes e colocam em debate nossa identidade nacional, dialogando com o espírito disruptivo dos artistas Modernistas, provocando e revistando o debate iniciado em 1922 e que se mostra ainda atual e urgente.  

As sessões da faixa “Diversos 22 – Novas Percepções” são exclusivamente presenciais e exibirão os longas “Marighella”, de Wagner Moura, o filme brasileiro mais assistido nos cinemas em 2021; “Carro Rei”, de Renata Pinheiro, vencedor do Kikito de Ouro no Festival de Gramado; o lúdico “Um Animal Amarelo”, de Felipe Bragança; “A Última Floresta”, de Luiz Bolognesi, que propõe uma experiência poética e híbrida de ficção com documentário ao retratar a existência da comunidade indígena Yanomami; o alagoano “Cavalo”, da dupla Rafhael Barbosa e Werner Salles; o emocionante drama familiar “Até o Fim”, de Glenda Nicácio e Ary Rosa, com grande elenco de atrizes negras; e o premiado documentário “Rolê: A História dos Rolezinhos”, de Vladimir Seixas, sobre as motivações políticas e antirracistas dos rolezinhos em shopping centers.  

Da programação presencial no CineSesc, que ao todo é composta por 30 longas-metragens, destacam-se “A Febre”, de Maya Da-Rin, vencedor de 3 categorias no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, incluindo Melhor Filme; o comovente “Pacarrete”, de Allan Deberton, com uma atuação magistral da atriz Marcélia Cartaxo; “Cabeça de Nêgo”, de Déo Cardoso, pungente filme cearense sobre racismo e ocupação na escola; “Meu Nome é Bagdá”, de Caru Alves de Souza, sobre uma garota skatista que vive na periferia de São Paulo; e a cinebiografia “Doutor Gama”, de Jeferson De, sobre o advogado Luiz Gama, um dos personagens mais importantes da história brasileira, homem negro que utilizou as leis e os tribunais para libertar mais de 500 escravos.  

Na seção de documentários, quatro deles se desdobram sobre a vida e obra de artistas brasileiros: “Alcione – O Samba é Primo do Jazz”, de Angela Zoé; “Chorão – Marginal Alado”, de Felipe Novaes, sobre o ex-vocalista da banda de rock Charlie Brown Jr.; “Callado”, de Emilia Silveira, que resgata os vestígios deixados pelo escritor Antonio Callado; e “Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, de Bárbara Paz, uma homenagem ao cineasta Hector Babenco.  

Os ingressos podem ser adquiridos presencialmente na bilheteria do CineSesc, com abertura às 13h, ou pelo site sescsp.org.br.  

Sesc Digital  

Dentro da série Cinema #EmCasaComSesc, a plataforma on-line Sesc Digital também integra a programação da 22ª Retrospectiva do Cinema Brasileiro, com a exibição gratuita de20 títulos, entre longas e curtas-metragens. O acesso aos filmes é disponível para todo o país. 

Entre os longas-metragens, estão os documentários “Atravesso a Vida”, de João Jardim, que retrata as angústias e os prazeres da adolescência a partir de entrevistas com alunos de uma escola pública em Sergipe, e “Proibido Nascer no Paraíso”, de Joana Nin, sobre as mulheres grávidas de Fernando de Noronha que são obrigadas a deixar a ilha para terem seus bebês.  

Quanto às ficções, “Mulher Oceano”, de Djin Sganzerla, traz a história de uma escritora que se muda para Tóquio e, instigada por sua experiência no Japão e a imagem de uma mulher nadando no mar, passa a escrever seu novo romance, sem saber que suas vidas se cruzarão e mudarão para sempre; “Homem Onça”, de Vinícius Reis, acompanha as mudanças na vida de Pedro, funcionário de uma grande empresa estatal que em breve será privatizada; e o romance gay “Vento Seco”, de Daniel Nolasco, indicado ao Prêmio Teddy, no Festival de Berlim.  

Clique aqui para acessar a programação completa. 

SERVIÇO 

22ª RETROSPECTIVA DO CINEMA BRASILEIRO 

Período: 9 a 30 de dezembro 

Ingressos para sessões presenciais: compra on-line  ou na bilheteria do CineSesc, a partir das 13h. 

Programação online disponível no Sesc Digital