Na última terça-feira (18/6), o Sesc Ipiranga recebeu a abertura da exposição “Ounje – Alimento dos Orixás”, que realiza uma imersão artística na culinária e na cultura das religiões afro-brasileiras. Com a presença dos curadores Adriana Aragão, Ana Celia Santos, Ayrson Heráclito, Beatriz Coelho, Bel Coelho, Maria Lago e Patrícia Durães, o público pôde participar de performances, além de provar pratos típicos como acarajé e pipoca.
Marcada pela “Oferenda de Abertura”, performance coordenada por Beatriz Coelho, a celebração começou ao som de cantos tradicionais. Cerca de 300 abarás foram servidos para os presentes durante a intervenção.
A performance aconteceu dentro do galpão da Unidade que remonta uma cozinha de terreiro. Foto: Matheus José Maria
Já Fábio Osório, um dos poucos homens registrados na ABAM (Associação Nacional das Baianas de Acarajé e Mingau), realizou “Bola de Fogo”. O ator e cozinheiro serviu cerca de 50 abarás e mais de 100 acarajés ao público.
Além de fritar no óleo de dendê a massa típica feita de feijão fradinho, o artista também contou como arte e culinária se unem na história de sua vida. Foto: Matheus José Maria
Em “Fagun Ga-mi-ori”, Odaraya Mello convidou os presentes para dobrar pequenos papéis em um processo de “desenvolvimento da minha cabeça” como é chamada Ga mi Orì – na transcriação da palavra origami para a expressão na língua iorubá-nago.
Parte do resultado da performance “Fagun Ga-mi-ori” ficou como acervo na área expositiva da mostra. Foto: Matheus José Maria
No dia 19/6, aconteceu uma Oficina de xilogravura com o gravador e artista plástico Davi Rodrigues. O artista, influenciado por tradições afro-indígenas, é responsável pela intervenção artística no piso em frente ao galpão. Os presentes aprenderam as principais técnicas do método de impressão e puderam levar sua obra para casa.
Davi Rodrigues trabalhou com o gravador Hansen Bahia, com quem aprendeu e desenvolveu sua técnica de xilogravura. Sempre gravando personagens do Recôncavo. Foto: Guilherme de Sousa
E quem se contagiou com a história do artista Fábio Osório durante a apresentação “Bola de Fogo”, pôde participar de “A Vida Não É Bolinho”. Na oficina, os inscritos aprenderam a fazer um acarajé, da massa à fritura.
Foto: Guilherme de Sousa
No domingo (23/6), a cantora Rita Bennedito animou o Quintal da Unidade. O show “Tecnomacumba” misturou MPB, sons eletrônicos, rezas das religiões afro-brasileiras e esquentou a tarde de inverno.
Show Tecnomacumba com Rita Benneditto. Foto: Rafaela Queiroz
A exposição é gratuita e fica em cartaz até dia 25 de agosto na Unidade. Confira a programação integrada da mostra clicando aqui.
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