Apresentação

11/06/2018

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Aos leitores:

A ação do Sesc — Serviço Social do Comércio — é fruto de um sólido
projeto cultural e educativo criado pelo empresariado do comércio e serviços
em 1946. No estado de São Paulo, conta com uma rede de quarenta e
duas unidades e desenvolve uma ação de educação não-formal com o intuito
de valorizar as pessoas, ao estimular a autonomia pessoal, a interação
e o contato com expressões e modos diversos de pensar, agir e sentir.
Desde 1948, o Sesc desenvolve o Programa de Turismo Social e, nestes
70 anos de história, não ficou indiferente ao seu tempo, aos lugares
onde está inserido, tampouco às pessoas que o constroem. Muitas foram
as transformações, pautadas na democratização do acesso ao turismo, na
educação para e pelo turismo, no protagonismo dos participantes e na operacionalização
ética e sustentável.

Neste sentido, o Sesc foi pioneiro no Brasil ao assinar, em outubro de
2015, o Código Mundial de Ética do Turismo, um documento que orienta
governos, comunidades, turistas e prestadores de serviço para a implementação
de um turismo mais responsável e sustentável. Os valores expressos
pelo Código já faziam parte do trabalho desenvolvido pelo programa Turismo
Social e, com a assinatura desse termo, a instituição reafirmou seu
compromisso com aqueles princípios e intensificou suas ações para promover
as diretrizes que buscam a redução de impactos ambientais e sociais
negativos, a valorização do patrimônio cultural, a promoção dos direitos
humanos, a inclusão social, a equidade de gênero e a acessibilidade.
Com o propósito de ampliar tais reflexões sobre os dilemas éticos enfrentados
por turistas, governos, prestadores de serviços turísticos, comunidades
anfitriãs e outros atores, foi idealizado, em 2016, um ciclo de
formações intitulado Ética no Turismo no Centro de Pesquisa e Formação
do Sesc São Paulo.

Ao longo desses três anos foram abordados contextos e desafios para
um caminhar ético no Brasil e na América Latina, a partir de temáticas
fundamentais, como o papel do turismo no capitalismo global; os impactos
do turismo em massa para setores diversos, como educação, cultura,
serviços, bem-estar social e meio ambiente; a responsabilidade social
corporativa no setor turístico; os fenômenos migratórios e os dilemas da
hospitalidade; a influência do turismo na preservação e recriação dos atributos
do legado migrante na cidade de São Paulo, entre outros. Também
foram tratadas temáticas cruciais no contexto brasileiro, como os impactos
da precarização do trabalho turístico e a repercussão do racismo nas
relações interpessoais e nas práticas institucionais no turismo.

(…)

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