Resumo
O artigo visa apresentar o conhecimento epistemológico entre o povo indígena Kanindé no estado do Ceará em torno de uma iniciativa museológica própria, autogerindo sua memória ancestral através da criação de um processo museológico indígena — “museu indígena” —, atuando em torno de gerações, assumindo um importante papel na luta e resistência do povo, tornando-se importante ferramenta de reinvindicação de uma educação diferenciada, afirmação étnica e de luta em torno da demarcação do território indígena. Atualmente o envolvimento dos Kanindé neste processo coletivo gira em torno da organização de uma rede indígena de memória e museologia social, destacando-se um trabalho colaborativo e participativo entre uma diversidade de iniciativas museológicas indígenas brasileiras gerindo sua memória em torno da importância da consciência em preservar os saberes ancestrais.

Palavras-chave: Museu Kanindé. Museologia Indígena. Autogestão da Memória.

Abstract
The article aims to present the epistemological knowledge among the indigenous Kanindé people in the state of Ceará around their own museological initiative, self-managing their ancestral memory through the creation of an indigenous museological process “indigenous museum” acting around generations assuming an important role in the struggle and resistance of the people, becoming an important tool for claiming a differentiated education, ethnic affirmation and struggle around the demarcation of indigenous territory. Currently, the involvement of the Kanindé in this collective process revolves around the organization of an indigenous network of memory and social museology, highlighting a collaborative and participatory work among a diversity of Brazilian indigenous museological initiatives, managing their memory around the importance of awareness in preserving the ancestral knowledge.

Keywords: Kanindé Museum. Indigenous Museology. Self Management
of Memory.

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