“A memória é uma ilha de edição” é o tema que norteia a 22ª edição da Bienal Sesc_Videobrasil, no Sesc 24 de Maio, com trabalhos de artistas da África, das Américas, Ásia, Europa, Oriente Médio e Oceania
A 22ª Bienal Sesc_Videobrasil | A memória é uma ilha de edição ocupa o Sesc 24 de Maio ate o dia 25 de fevereiro de 2024, com temáticas contemporâneas em um mundo pós-pandêmico e reflexões sobre a própria história do Videobrasil, evento criado em 1983 que completa quatro décadas de existência. Inspirada na frase de Waly Salomão (1943-2003) que intitula a edição – retirada do poema “Carta aberta a John Ashbery” –, a mostra busca estimular o olhar para a produção de artistas de gerações e origens geográficas distintas que questionam concepções hegemônicas de memória e noções estabelecidas de tempo por meio de variadas estratégias artísticas.
Com direção artística de Solange Farkas, fundadora do Videobrasil, e curadoria do brasileiro Raphael Fonseca e da queniana Renée Akitelek Mboya, a exposição principal da Bienal Sesc_Videobrasil reúne um conjunto com cerca de 140 obras entre têxtil, pintura, fotografia e uma presença destacada de vídeos instalados em grande escala, de 60 artistas ou coletivos da África, das Américas (Sul, Central e Norte), Ásia, Europa (Leste e Portugal), Oriente Médio e Oceania. Distanciamentos e aproximações entre as produções surgem, por exemplo, em trabalhos de artistas de povos indígenas de diferentes regiões do globo, desde o Brasil até a Austrália e Nova Zelândia.
O evento também apresenta a mostra Especial 40 anos – um espaço no Sesc 24 de Maio dedicado à trajetória do Videobrasil ao mesmo tempo que se relaciona diretamente com a exposição principal. O Especial 40 anos, com curadoria de Alessandra Bergamaschi e Eduardo de Jesus, explora o Acervo Histórico Videobrasil, com vasto material de arquivo e obras que percorrem toda a história da Bienal, levando o público a refletir sobre a importância do vídeo nestas quatro décadas.
Em consonância com o seu propósito, a 22ª Bienal Sesc_Videobrasil reforça seu caráter de geração de conhecimento e criação de redes de relacionamento entre artistas e públicos do Sul Global. Com participantes de 38 países, torna-se possível observar e debater contextos globais, seja da perspectiva daqueles que ficaram no Sul ou daqueles que se estabeleceram – por desejo ou necessidade – nos grandes centros ocidentais.
Abdessamad El Montassir, Marrocos | Abdul Halik Azeez, Sri Lanka | Abu Bakarr Mansaray, Serra Leoa | Adrian Paci, Albânia | Agnes Waruguru, Quênia | Ailton Krenak, Brasil | Ali Cherri, Líbano | Alicja Rogalska, Polônia | Andrés Denegri, Argentina | Andro Eradze, Geórgia | Anna Hulačová, Tchéquia | Antonio Pichilla Quiacain, Guatemala | Arturo Kameya, Peru | Bo Wang, China | Brook Andrew, Austrália | Camila Freitas, Brasil | Cercle d’Art des Travailleurs de Plantation Congolaise (CATPC), República Democrática do Congo | Doplgenger, Sérvia | Eduardo Montelli, Brasil | Euridice Zaituna Kala, Moçambique | FAFSWAG, Nova Zelândia | Froiid, Brasil | Gabriela Pinilla, Colômbia | Guadalupe Rosales, Estados Unidos | Hsu Che-Yu, Taiwan | Isaac Chong Wai, Hong Kong | Iwantja Arts, Austrália | Janaina Wagner, Brasil | Josué Mejía, México | Julia Baumfeld, Brasil | Karel Koplimets, Maido Juss, Estônia | Kent Chan, Singapura | La Chola Poblete, Argentina | Leila Danziger, Brasil |Luciano Figueredo, Oscar Ramos, Waly Salomão, Brasil | Maisha Maene, República Democrática do Congo | Maksaens Denis, Haiti | Marie-Rose Osta, Líbano | Maurício Chades, Brasil | Mayana Redin, Brasil | Mella Jaarsma, Indonésia | Moojin Brothers, Coreia do Sul | Natalia Lassalle-Morillo, Porto Rico | Nolan Oswald Dennis, Zâmbia | Pamela Cevallos, Equador | PENG Zuqiang, China | Rodrigo Martins, Brasil | Sada [regroup] com Sajjad Abbas, Bassim Al Shaker, Ali Eyal, Sarah Munaf, Rijin Sahakian, Iraque | Samuel Fosso, Camarões |Seba Calfuqueo, Chile | Sofia Borges, Portugal | TANG Han, China | Thi My Lien Nguyen, Vietnã/Suíça | Tirzo Martha, Curaçao | Tromarama, Indonésia | ujjwal kanishka utkarsh, Índia | Virgílio Neto, Brasil | Vitória Cribb, Brasil | Youqine Lefèvre, China | Zé Carlos Garcia, Brasil
A 22ª Bienal Sesc_Videobrasil promove uma série de programas públicos para estimular vivências, troca de ideias e geração de conteúdos. As atividades gratuitas e abertas ao público incluem mesas de debates, exibição de filmes, encontros com artistas, performances e conversas sobre o acervo do Videobrasil. Entre os participantes estão os expositores da Bienal, nomes que passaram por edições anteriores e outros convidados de diferentes áreas do conhecimento. Entre eles, Ayrson Heráclito, Carlos Nader, Doplgenger, Kent Chan, Moisés Patrício, Naine Terena, Regina Silveira, Rita Moreira e Vincent Carelli. A programação completa com datas e horários dos programas públicos está disponível neste link.
Como parte do compromisso do Sesc São Paulo e do Videobrasil em dialogar com os diversos públicos que visitarão a exposição, a 22ª Bienal Sesc_Videobrasil conta com recursos de acessibilidade nas exposições de arte e promove ações educativas que têm o objetivo potencializar a experiência dos visitantes com os temas presentes na mostra.
Dentre as ações educativas previstas para o evento, estão visitas agendadas para grupos, visitas para públicos espontâneos, programações e materiais educacionais, entre outras propostas na área da mediação cultural.
O evento contará ainda com recursos de acessibilidade dispostos para utilização autônoma: videoguia de boas-vindas à exposição; Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE) e vibroblaster para algumas obras sonoras; objetos táteis; audiodescrição dos objetos táteis; piso podotátil e impressão dos textos em dupla leitura (português ampliado e Braile). Há também textos traduzidos para os idiomas: espanhol, francês e inglês e acessibilidade para cadeiras de rodas por meio de elevadores em todos os andares.
O Videobrasil é uma plataforma de arte e uma associação cultural que pesquisa e difunde a produção artística das regiões do Sul geopolítico do mundo – América Latina, África, Leste Europeu, Ásia e Oriente Médio. Criado e dirigido por Solange Farkas, integra uma rede de ações que inclui exposições, mostras, publicações, documentários, encontros e residências artísticas. Com mais de mil obras em vídeo e quatro mil itens, seu acervo é referência para conservação de vídeos, videoinstalações e registros de performance no continente.
Local: Sesc 24 de Maio
Período expositivo: 19 de outubro de 2023 a 25 de fevereiro de 2024
Horário de funcionamento: terça a sábado, das 9h às 21h; domingos e feriados, das 9h às 18h
Acessibilidade: videoguia de boas-vindas à exposição; Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE) e vibroblaster para algumas obras sonoras; objetos táteis; audiodescrição dos objetos táteis; piso podotátil e impressão dos textos em dupla leitura (português ampliado e Braile).
Classificação Livre | Entrada gratuita
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