CineSesc é palco da sexta edição do Cabíria Festival

A partir de 18 de julho, quinta-feira, o CineSesc é palco da sexta edição do Cabíria Festival, evento anual de difusão de obras realizadas por cineastas mulheres e criadores da comunidade LGBTQIAPN+. Estão programadas para o cinema 15 obras, entre longas e curtas-metragens, distribuídas em sessões seguidas de encontros e bate-papos com cineastas e pensadoras. O 6º Cabíria Festival é realizado pela Laranjeira Filmes e Sesc São Paulo, com patrocínio da Spcine e Lei Paulo Gustavo.

Todas as sessões são gratuitas. Os ingressos podem ser retirados a partir das 19h na bilheteria do cinema.

PROGRAMAÇÃO

Um ato de devoção às energias cósmicas, conhecidas pelos africanos por meio da religião e da cosmogonia, que aponta caminhos para o estudo da ciência da vida e da natureza da alma humana. Abá significa esperança na paz espiritual, encontro, crença na luz e a chegada ao estado de contemplação.
ÔRI
Dir.: Raquel Gerber | Brasil | 93 min | 1989 | Documentário | Livre

Sobre um panorama de um documento – história sobre os Movimentos Negros no Brasil (anos 70/80), ÔRÍ conta a história de uma mulher Beatriz Nascimento, historiadora e militante, que busca sua identidade através da pesquisa da história dos “Quilombos” como estabelecimentos guerreiros e de resistência cultural, da África do século XV ao Brasil do século XX. Esta pesquisa revela a História dos povos bantus na América e seu herói civilizador Zumbi dos Palmares.

QUINTA, 18/07, ÀS 20H30. Sessão de abertura com homenagem a montadora Cristina Amaral que estará presente junto com a cineasta Raquel Gerber. Retirada de ingressos a partir das 19h na bilheteria.

Em meio à floresta amazônica, uma mulher da revolução recebe uma indesejada visita.

Canção ao Longe acompanha o dia a dia de Jimena, uma jovem mulher negra que, na busca por sua identidade, reescreve suas relações familiares, e cria outras formas de estabelecer seus vínculos amorosos, de amizade e de trabalho. Através do seu olhar, o filme levanta questões sobre classe, família, tradição, raça e gênero.

SEXTA, 19/07, ÀS 20H. Sessão seguida de bate-papo com Clarissa Campolina, Mônica Maria, Kariny Martins e mediação de Olívia Torres. Retirada de ingressos 1h antes na bilheteria.

Nova Rio, 2054. A renomada bruxa Dahlia chega ao porto com uma missão: estabelecer o Clã mais poderoso que já existiu e, assim, derrotar a Ordem da Verdade. No futuro, muitas pessoas são trans – mas apenas algumas são bruxas.

“Fernanda Young – Foge-me ao Controle” convida os espectadores a mergulharem na mente complexa e apaixonada da artista, almejando trazer uma experiência cinematográfica provocadora, assim como ela está eternizada em nossa memória.

SÁBADO, 20/7, ÀS 20H. Sessão seguida de bate-papo com Susanna Lira, Éri Sarmet e mediação de Lorenna Montenegro. A exibição conta com recursos de acessibilidade. Retirada de ingressos 1h antes na bilheteria.

Intervenção
OFICINA DE BRINCADEIRAS AFRICANAS
Com Xirê de Quintal

Gana, Tanzânia, Moçambique são alguns dos países de origem das brincadeiras tradicionais do continente africano apresentadas na oficina. Crianças e adultos conhecerão aspectos da cultura do país de cada brincadeira, além de vivenciarem nas brincadeiras o Ubuntu: senso de coletividade, partilha e integralidade tão presente nos cosmosentidos africanos.

DOMINGO, 21/07, ÀS 14H. Grátis no saguão do CineSesc.

Jussara é a própria memória da vila onde mora. Conhecida como conselheira e contadora de histórias, encanta e envolve todos a sua volta. Um dia se percebe cansada de guardar tanta informação e decide se livrar de tudo o que tem escrito para viver a sua própria história.

Manu é uma garotinha de quatro anos que mora em Sete Lagoas, interior de Minas Gerais. Ela tem três óculos, um preto, outro lilás e um verde, que foi pintado para que ela ficasse igual à sua personagem de desenho animado favorita. Nelby tem 8 anos, mora em São Paulo e é de origem boliviana. Ela conhece muitas cidades e está aprendendo aimará e quéchua.

Maalum é uma menina negra brasileira que nasce e cresce em um lar rodeado de amor e de referências afrocentradas. Logo que Maalum sai do seio de sua casa, ela se depara com os desafios impostos pelos discursos e práticas de uma sociedade racista. Assim que ela chega na escola, todos riem do seu nome. Ela não entende o porquê e, com ajuda da sua família, Maalum vai descobrir o significado e a tristeza se transforma em orgulho através da sua ancestralidade.

O filme trata da viagem de uma astronauta explorando mundos afora, lidando com solidão e encontros inusitados, por meio de técnicas rudimentares e poética.

Nelby mora em São Paulo, mas sua família veio da Bolívia. Entre recordações e fantasias, ela nos conta sobre um mundo sem fronteiras em que as pessoas são livres para viajar e mudar de vida.

Joana, uma curiosa menina de 7 anos, quer descobrir como veio ao mundo de duas barrigas.

DOMINGO, 21/07, ÀS 15H. Sessão apresentada pelos diretores. Exibição acessível (a confirmar). Retirada de ingressos 1h antes na bilheteria.

Três irmãs são obrigadas a viver juntas durante um dos momentos mais intensos da pandemia, em março de 2021. Da convivência, surgem discussões, uma galinha quebrada no chão da cozinha e também uma ideia inusitada, um plano improvável e a possibilidade de salvar o mundo.

Uma releitura histórica sobre o período da ditadura militar no Brasil retratada através de imagens e sons exclusivos das pornochanchadas, o gênero mais visto e produzido no país durante a década de 70. A violência do Estado, a luta armada e modernização brasileira são exemplos de situações históricas que podem ser visualizadas por meio dessas obras cinematográficas.

DOMINGO, 21/07, ÀS 20H. Sessão seguida de bate-papo com Anna Muylaert, Fernanda Pessoa e mediação de Nayla Guerra. Retirada de ingressos 1h antes na bilheteria.

Quadros estáticos longos, texto, linguagem e som são entrelaçados para revelar a narrativa de um grupo anônimo que preenche seu tempo medindo distâncias. As medições inocentes se transformam em medições políticas, examinando como a imagem e o som comunicam a história. We Began by Measuring Distance explora o desencanto final com os fatos quando o visual não consegue comunicar o trágico.

Em 1961, início da guerra de independência de Angola, Domingos Xavier, um revolucionário preso por militares portugueses, é levado para a prisão em Sambizanga. Sua esposa, Maria, procura-o, temendo que possa estar sendo torturado ou mesmo que tenha sido morto.

SEGUNDA, 22/07, ÀS 20H. Sessão seguida de bate-papo com Letícia Santinon, Mariana Queen Nwabasili, Soraya Misleh e mediação de Marcia Vaz. Retirada de ingressos 1h antes na bilheteria.

Até pouco tempo, as mulheres Huni Kuin não podiam consagrar e preparar o Nixi Pae (ayahuasca), apenas os homens conheciam o poder dessa medicina. Um filme sobre os aprendizados, as transformações e a força da ayahuasca através das mulheres Huni Kuin. Realizado durante a oficina de formação audiovisual e direitos das mulheres indígenas na Aldeia Mibãya, na Terra Indígena Praia do Carapanã, Acre.

Em meio às gigantescas transações comerciais do Porto de Santos, Rosa precisa encontrar um lugar para construir seu barraco.

Entenda o processo colonial em 5 minutos.

Seres da floresta de Abya Yala, através de suas ativAÇÕES perforMÁGICAS, vão à grandes cidades do norte global, revelar a grande farsa colonial dos créditos de carbono e convidar a todes a fazer justiça ambiental com suas próprias mãos.

TERÇA, 23/07, ÀS 20H. Sessão seguida de bate-papo com Lira Mawapãi Huni Kuin, Luciana Huni Kuin, Ana Julia Travia, Chica Andrade, Rafael Mellim, Geni Nuñez e mediação de Mariana Queen Nwabasili. Retirada de ingressos 1h antes na bilheteria.

Conversas
ENCONTRO DE ENCERRAMENTO
Com Cristina Amaral, Raquel Gerber, Mariana Queen Nwabasili e Letícia Santinon

Encontro entre a cineasta celebrada e as curadoras do festival para refletir sobre a mobilização de materiais brutos como forma artística de construção de sentido no cinema ao lado da roteirização e da direção. Com destaque para o filme Ôrí, longa-metragem que abre o Festival e é porta de entrada para a firmação de Cristina Amaral na montagem cinematográfica, a conversa se abre às percepções da diretora Raquel Gerber sobre as relações entre montagem, roteiro e direção no trabalho com a amiga celebrada.

QUARTA, 24/07, ÀS 18H. Grátis no saguão do CineSesc.

Durante o confinamento de 2020, Lucrecia Martel volta para a sua terra natal, em Salta, uma região conservadora da Argentina. Lá, acompanha Julieta Laso, que, como uma musa, a introduz a um grupo de mulheres artistas que desafiam a opinião dos outros em volta das fogueiras.

QUARTA, 24/07, ÀS 20H. Retirada de ingressos 1h antes na bilheteria.