Clube de Leitura do Sesc Osasco traz distopias brasileiras

19/03/2024

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“Futuros Insólitos” é o tema do Clube de Leitura do Sesc Osasco deste ano. Com a sua primeira edição marcada para o dia 26 de março, às 19h, a discussão gira em torno da obra “Movimento 78”, do escritor Flávio Izhaki, que participa do evento como convidado especial, sob a mediação do curador do projeto Luiz Bras.  

Voltado para as narrativas distópicas de autores brasileiros, serão lidas no total dez obras inquietantes, uma por mês. Cada encontro contará também com a participação do autor da obra escolhida.  

“Acredito que é sempre um privilégio pra todos nós a oportunidade de conhecer um pouco do processo criativo e dos detalhes da escritura de um livro, principalmente de uma obra futurista, conversando diretamente com o autor”, afirma o curador Luiz Bras.  

Qual a dinâmica do Clube de Leitura Futuros Insólitos 

Cada encontro será dividido em duas partes. Na primeira, o mediador comentará a obra escolhida e conversará com os participantes sobre a experiência de leitura. Na segunda parte o mediador e o grupo conversarão com o autor sobre seu processo criativo e os meandros da criação da obra escolhida. 

Como participar do Clube de Leitura do Sesc Osasco?  

O Clube de Leitura propõe encontros mensais até dezembro deste ano, que acontecem sempre na última terça-feira de cada mês. As inscrições acontecem na primeira semana do mês e podem ser feitas de duas formas: na aba “inscrições” do aplicativo Credencial Sesc SP, disponível na Apple Store e na Google Play Store, ou pelo site centralrelacionamento.sescsp.org.br.   

“Movimento 78”: a distopia de março 

“Movimento 78”, de Flávio Izhaki, é um romance sobre o nosso futuro extraordinário com máquinas mais inteligentes do que os humanos administrando todos os setores da sociedade. No final do século 21 as nações que conhecemos não existem mais, não com essa denominação.  

O primeiro debate presidencial entre um candidato humano, o brasileiro Seiji Kubo, e uma sedutora inteligência artificial, Thomas Beethoven, expõe os dilemas e as tensões de uma encruzilhada evolutiva. A narrativa segue em ziguezague, avançando e recuando na História recente, destacando as pesquisas que contribuíram para a Singularidade tecnológica: o momento em que a máquina ganhou consciência.  

O curador 

Luiz Bras nasceu em 1968, em Cobra Norato, MS. É escritor e coordenador de oficinas de criação literária. Já publicou diversos livros, entre eles “Distrito federal” (rapsódia), “Sozinho no deserto extremo” (romance), “Pequena coleção de grandes horrores” (contos), “Muitas peles” (artigos e ensaios) e “Babel Hotel” (romance juvenil). Em 2021 organizou a antologia “Mundo-vertigem: ficção fantástica brasileira”, lançada pela Alink Editora. Colaborou durante seis anos com o jornal Rascunho, com artigos mensais sobre literatura, cinema e afins. Atualmente coordena o ateliê Escrevendo o Futuro. 

O escritor 

Flávio Izhaki nasceu no Rio de Janeiro em 1979. É autor dos romances “De cabeça baixa” (2008), “Amanhã não tem ninguém” (2013), eleito pelos jornais O Globo e Estado de São Paulo como um dos melhores romances brasileiros do ano e semifinalista do Prêmio Portugal Telecom, “Tentativas de capturar o ar” (2016), finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, e “Movimento 78”. Lançado em 2022, esse romance trata da relação complexa e muitas vezes hostil entre tecnologia e seres humanos, tema da literatura há mais de um século. Desde sua gênese, as inteligências artificiais assombram nossa imaginação como ajudantes que podem se tornar inimigos letais. Como contista, o autor participou de diversas antologias, entre elas “Prosas Cariocas” (2004), “Primos: histórias da herança árabe e judaica” (2010) e “Wir sind bereit” (Lettrétage, 2013), lançada em alemão por ocasião da Feira de Frankfurt em 2013. 

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