Ao longo dos meses de junho, julho e agosto de 2022, o Sesc Avenida Paulista apresenta o projeto “Brasil é Congo – Duas Culturas, Dois Destinos”. Artistas e especialistas da dança, da música e das artes visuais irão apresentar suas criações e compartilhar saberes e experiências, tendo como ponto de partida os laços históricos e culturais entre o Brasil e países da região do antigo Reino do Congo (República Democrática do Congo, Congo e Angola).

Confira a programação completa:

Rostos Africanos: Técnicas de Desenho e Pintura (Oficina)

Com Lavi Kasongo

Oficina que irá apresentar técnicas da pintura acrílica para iniciantes, tendo como ponto de partida o desenho de rostos africanos. Saiba mais.

Sábado, 18/6, das 14h30 às 17h30
Terça, 21/6, das 19h às 22h
Espaço de Tecnologias e Artes (4º andar)
Não recomendado para menores de 14 anos
Retirada de ingressos com 30 minutos de antecedência no local

Sons e Ritmos do Congo

Com Leonardo Matumona

Rumba congolesa e outros ritmos africanos, cantados em línguas da região da República Democrática do Congo, compõem o show do músico congolês Leonardo Matumona, que vive no Brasil desde 2012. Saiba mais.

Domingo, 19/6, das 15h às 16h
Praça (Térreo)
Livre

Acolhida e Profissionalização: Experiências de Artistas Imigrantes
(Bate-Papo)

Com Lavi Kasongo, Prudence Kalambay e Leonardo Matumona, e mediação de Maria Nilda Santos (Deslocamento Criativo)

O encontro traz a presença de artistas da Republica Democrática do Congo, que compartilharão com o público suas experiências e dificuldades no exercício da profissão no Brasil, além de discutirem possíveis caminhos e alternativas. Saiba mais.

Domingo, 19/6, das 16h às 17h
Praça (Térreo)
Livre

Dança Tradicional do Congo

Com Prudence Kalambay

Aula aberta a todos os públicos, na qual serão apresentados movimentos e histórias das danças tradicionais da República Democrática do Congo. Saiba mais.

Sábado, 2/7, das 16h às 17h30
Domingo, 3/7, das 16h às 17h30
Praça (Térreo)
Livre

Exposição e Pintura ao Vivo: Sans Papiers

Com Lavi Kasongo

Realização de pintura ao vivo e exposição de pinturas criadas pelo artista congolês. São obras que abordam questões relacionadas aos dilemas, expectativas e dificuldades encontradas por imigrantes em seus deslocamentos fora de seus países de origens. Saiba mais.

Domingo, 21/8, das 14h às 18h
Terça, 23/8, das 10h às 18h
Praça (Térreo)
Livre

DJ Joss Dee

Apresentação do DJ angolano que atualmente reside na cidade do Rio de Janeiro. Sua playlist traz sonoridades urbanas que misturam afrohouse, afrobeats, funk e kuduro, sendo esse último um ritmo angolano muito popular entre os jovens do país.

Domingo, 21/8, das 14h às 18h
Praça (Térreo)
Livre

Participantes

Joss Dee
DJ e produtor musical emigrante, reside no Brasil há 9 anos. Proveniente de Angola, Joss atua como DJ na cena há 6 anos e, de lá pra cá, tem acumulado presenças em vários palcos. Como produtor, Joss lança periodicamente remixes, tendo como destaques “Crazy In Love” Remix ft Beyoncé, é “Tranquilo” Remix ft Thalma de Freitas. A mistura de gêneros como kuduro, afro house, afrobeat, funk e trap marcam fortemente a estética musical do DJ, que se apresenta frequentemente no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Luanda, com passagens em festivais como Festlip e B2B, onde partilhou o palco com artistas como Erykah Badu, Xamã e Luedji Luna.

Lavi Kasongo
É natural da República Democrática do Congo. Frequentou a Académie des Beux-Arts de Kinshasa, capital do país e um dos centros urbanos e artísticos mais importantes da África Central. Refugiado que vive no Brasil desde 2015, participou de exposições na Maison de France, no Congo, na Galeria Olido e na Pinacoteca do Estado de São Paulo, dentre outros. Sua produção atual inclui paisagens, retratos e telas abstratas em óleo e acrílico com inspiração na África, nas ruas de Kinshasa e em suas novas experiências no Brasil.

Leonardo Matumona
Músico da República Democrática do Congo, Matumona vive no Brasil desde 2012. Ele é fundador do grupo Os Escolhidos e faz parte da Orquestra Mundana Refugi. Já fez participações em discos de músicos como Nando Reis, Céu, Fabiana Cozza e Maria Rita, entre outros. Paralelamente, iniciou carreira solo  buscando as suas origens através das músicas tocadas e cantadas em diversas línguas africanas como lingala, swahili, kikongo, tchiluba e kimbundu, além do português. Suas apresentações possuem ritmos e estilos variados como rumba congolesa, aguaya, zouk, reggae, blues e jazz.

Maria Nilda Santos
Jornalista, é especialista em Comunicação Organizacional e atua como gestora de projetos socioculturais. Também estudou História da Arte, História Oral, Contação de Histórias, entre outros. Atuou, por 13 anos, na área de Desenvolvimento Institucional e de Comunicação na BibliASPA – Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul/Países Árabes/África. Realiza diversas atividades envolvendo refugiados, tais como a criação de uma banda de refugiados, eventos de culinária e mobilização de redes para empregabilidade. É idealizadora do Deslocamento Criativo, projeto de impacto social concebido para mapear, dar visibilidade e auxiliar a sustentabilidade de refugiados (e migrantes recentes) que atuam na área da Economia Criativa, na cidade de São Paulo.

Prudence Kalambay
Natural da República Democrática do Congo, está no Brasil desde 2008. Morou no Rio de Janeiro (RJ) e há 5 anos reside em São Paulo (SP). Refugiada política, é ativista pelos Direitos Humanos. Atriz, modelo, palestrante, empresária e influencer, tem forte atuação junto a instituições e ONGs que trabalham com foco no empoderamento feminino, como a Cemir – Centro das Mulheres Imigrantes e Refugiadas. Integra o Coletivo das Artes de São Paulo e atualmente desenvolve e coordena o projeto African Dance, promovendo oficinas de afrobeat. Também integra a Comissão de Direitos Humanos, Migrantes e Combate à Xenofobia do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São Paulo (Condepe-SP).