Cartões postais são criados pelos alunos de grupos agendados na exposição
O Núcleo Educativo do Sesc Consolação, criado para a exposição Conversas na Praça: O Urbanismo de Jorge Wilheim, tem desenvolvido com o público visitante diversas atividades pensadas a partir das obras apresentadas e também realizado visitas com o público agendado e com visitantes espontâneos.
Entre as atividades realizadas, algumas acontecem durante a visita de grupos e outras conforme a demanda de público. Saiba mais sobre o trabalho realizado.
Este dispositivo é uma espécie de moldura cortada em papel paraná. A moldura mais grossa limita o campo de visão de quem a está usando e isso proporciona um novo olhar para o que já se está olhando. Aproximando e afastando o visor dos olhos é possível criar uma espécie de zoom para ter novas perspectivas. Esta atividade costuma ser realizada durante as visitas agendadas.
Nesta atividade, os visitantes são convidados a pensar suas relações com a cidade a partir da simulação de uma cidade realizada com seus próprios corpos. A turma de visitantes é dividida em duas e cada uma (sem o conhecimento da outra) é convidada a pensar o que há em uma cidade. A partir do resultado de uma conversa entre eles, cada grupo deve criar um teatro para, sem falas, apresentar visualmente o que foi encontrado, e os outros devem tentar descobrir o que está sendo mostrado.
Pensada a partir das proposições levantadas pela curadoria, com as perguntas nas “bandeiras” espalhadas pela exposição, o visitante é convidado para, após visitar a mostra, pensar quais são as deficiências do entorno de onde mora e como poderia, a partir de cartazes, tornar visível seu descontentamento e apresentar propostas para estes problemas.
Durante a visita, o público desenha de forma conjunta em um grande papel Kraft, colocado sobre as mesas em frente à arquibancada do Anhangabaú, alguns pontos de referência pelos quais ele passa durante seu caminho de casa até a escola. Alguns pontos se repetem e, a partir de tudo que é desenhado, pensamos coletivamente por que foram escolhidos estes elementos para serem desenhados e quais poderiam ser substituídos para tornar a cidade mais coerente.
A proposta para essa atividade surge a partir da leitura do livro Fax: Mensagens de um futuro próximo. Com a estrutura da parte traseira de um postal pronta, a ideia é propor a troca de mensagens entre pessoas desconhecidas, sem esperar por uma devolução, apenas no intuito de gerar reflexões. Cada pessoa é convidada a fazer uma arte na parte frontal do postal e na parte de trás escrever uma mudança que gostaria de fazer para melhorar a cidade. Este postal é, então, colado na parede no fundo da exposição e quem faz um postal pode levar um feito por outra pessoa, recebendo, assim, sua proposta de mudança.
Inspirada pela tradicional Caça ao Tesouro, foi criada a proposta de uma investigação pela exposição. Os participantes partem do uso de uma planta baixa da exposição, com alguns pontos em destaque e, então, devem encontrar as pistas escondidas em cada ponto. Ao encontrar, todos vão juntos falar com o educador, que revela qual mistério existe naquele lugar, levando para outra pista e, assim, explorando a exposição. Ao final, os participantes recebem um pacote de sementes para serem plantadas em algum lugar, inspirados pela pista final, que leva ao projeto de reflorestamento da Mata Atlântica.
Nesta proposta, ainda em construção, mas já sendo aplicada, os visitantes ficam em volta de um “tabuleiro” desenhado pelo educador com um terreno baldio ao centro. Eles decidem, então, o que é importante ser colocado em volta do terreno: uma escola, praça… depois, é feita uma votação para saber qual terreno deve ser desapropriado para a construção de um metrô. Ao final, é feita mais uma votação para decidir onde irão surgir problemas e como resolvê-los e assim por diante, propondo um pensamento sobre a urbanização das cidades.
Após a visita na exposição, os educadores selecionam um tema polêmico, por exemplo, invasão de terrenos, e dividem os visitantes em dois grupos. Um deles tem que defender as invasões, e outro deve ser contra, independentemente do seu posicionamento individual e, então, devem fazer a defesa do seu grupo. Os educadores fazem uma mediação e tentam levar os participantes a pensarem propostas para a situação.
Nesta atividade, os visitantes partem de desenhos individuais em papéis separados e passam para o papel algum lugar especial que eles acreditem que deva fazer parte de uma cidade. Após todos terminarem os desenhos, eles são organizados no chão de forma a criar o que seria uma cidade para eles. Depois de terminada a visita, eles olham novamente para a organização feita por eles da cidade e discutem se mudariam algo de acordo com o que conversaram durante a visita.
Texto e fotos: Equipe Educativo do Sesc Consolação
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