O curso on-line “Fotografia e Cidade”, desenvolvido por Cristiano Mascaro em parceria com o Sesc, já está disponível gratuitamente na plataforma EAD Sesc Digital. O conteúdo se debruça sobre a paisagem urbana e as formas de registrá-la, principais ferramentas de trabalho do arquiteto e fotógrafo, que tem mais de 50 anos de carreira.
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Cristiano, que já atuou como repórter fotográfico na revista Veja e documentou a arquitetura de diversas cidades pelo mundo, dá neste curso um destaque especial à metrópole de São Paulo.
Partindo de uma linha cronológica narrada em primeira pessoa, o artista faz, ao longo de 16 aulas, um relato intimista que tem como fio condutor suas experiências pessoais. Começa contando sobre como o envolvimento com ambas as profissões surgiu do acaso.
“Certo dia, passei em frente ao casarão art-nouveau onde funcionava a Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo e soube que seria ali que eu iria estudar. Prestei vestibular em 1964, e comecei meu curso em plena ditadura. E foi fugindo de uma aula técnica, na biblioteca, que folheei o livro Images à la sauvette, de Henri Cartier-Bresson, com fotos que me deixaram espantado e entusiasmado. Naquele exato momento, eu soube que também seria fotógrafo”, introduz o artista.
O conteúdo tem como objetivo apresentar pontos-chave para a formação do olhar do fotógrafo e sua prática cotidiana. Dentre os temas explorados estão: o treino da sensibilidade, a diferença entre o fotojornalismo e o trabalho autoral, a passagem do analógico para o digital, o equilíbrio entre o acaso e o planejamento, composição e processo criativo e, sobretudo, a construção de um repertório cultural amplo como base para a criação de uma linguagem própria.
Tudo pensado para fotógrafos amadores e profissionais, aqueles que se interessam pela linguagem fotográfica e todos os que desejam compreender as questões que hoje se colocam à fotografia e às artes visuais. O material das aulas permanecé disponível no site e permite ao aluno que acompanhe no próprio ritmo.
Como fotógrafo, evita temas excessivamente técnicos, porque acredita que os bons cliques moram na sensibilidade do olhar e nas boas ideias, e que não dependem de equipamentos de última geração.
Ele dedica uma aula à fotografia acessível, que também pode ser feita com o celular. “A melhor tecnologia é a que responde à necessidade e ao desejo de expressão do artista, e é sobre isso que falamos nesta aula”, pontua.
Ele também cria espaço para tratar do mito da vida útil do fotógrafo: “No meu caso, a partir dos 50 anos realizei alguns de meus trabalhos mais significativos e de maior fôlego. Por isso eu digo que, sobretudo para o fotógrafo que trabalha nas ruas, tão importante quanto a boa forma física é a experiência acumulada, o olhar atento, e o ingrediente indispensável: a paixão pelo ofício”.
Na última aula, o fotógrafo retorna aos locais em que produziu duas de suas fotografias mais icônicas: a Avenida São João vista do prédio do Banespa e as escadas rolantes de uma galeria da Rua 24 de Maio. Ele comenta as circunstâncias em que foram feitas e, ainda no centro de São Paulo, ele explica que flanar pela cidade é mais que um prazer e um método de trabalho. Ali, Mascaro se define como um fotógrafo sempre aberto ao improviso e seduzido pelos cantos de sereia da metrópole.
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Sobre Cristiano Mascaro
Um dos mais importantes fotógrafos brasileiros, Cristiano Mascaro é doutor em arquitetura pela FAU-USP e dirigiu o Laboratório de Recursos Audiovisuais na mesma faculdade. Iniciou sua carreira como fotojornalista na revista Veja, mas logo passou a atuar como fotógrafo autônomo. São Paulo é um de seus temas recorrentes, mas fotografou também diversas cidades brasileiras e internacionais. Desde 2014 tem feito a documentação do trabalho do escultor Richard Serra, fotografando suas obras em diferentes locais do mundo. Foi homenageado na VI Bienal Internacional de Arquitetura e Design (2006), recebeu o Prêmio Especial Porto Seguro pelo conjunto de sua obra (2007) e em 2015 foi premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte na categoria Arquitetura. Suas fotos estão incluídas no acervo de museus e instituições culturais brasileiras e internacionais.
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