Foto: Fábio Corrêa

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Por Rafael Peixoto*

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“Era em São José dos Campos…” Parafraseando o poeta Cassiano Ricardo, meu registro e memória carregam as texturas, cores e cheiros da Unidade do Sesc localizada nessa cidade do interior de São Paulo.

Ali, por volta dos meus 8 anos, matriculado inicialmente para fazer aulas de natação, notava com frequência grupos de crianças sempre brincando e se divertindo com alguns instrutores. Como eu queria fazer parte daquilo!

Até que em uma determinada exposição de máscaras feitas em jornal, fiquei alucinado com tanta criatividade, cores e formas distintas! Com clareza e frescor, me recordo dos rolinhos de jornal que unidos com fita crepe criavam as estruturas, envoltos com tiras de jornal com cola e água, depois de secos e pintados com guache, viravam máscara de dragão, dinossauro, monstros…

Naquele instante, maravilhado com as infinitas possibilidades, pedi aos meus pais e finalizei a tarde inscrito. Eu seria um “CURUMIM”!

Dos sucessivos encontros trago comigo as vivências e histórias inesquecíveis… Mexíamos com os mais diversos materiais, tintas, papéis… Tudo era nosso! A quadra, a piscina, o teatro, o parque. Esse OCUPAR espaços fundamentou em mim o PERTENCIMENTO, sedimentou a ideia de que posteriormente, eu saberia tratar-se de COLETIVIDADE!

Rodas de conversas sobre respeito, solidariedade e muita brincadeira! Laços construídos e que perduram até hoje, como por exemplo o meu instrutor na época: Paulo Castilho! É meu colega de Sesc hoje atuando no Sesc Taubaté…

Sim, colega!! Nunca mais deixei de ser Curumim porque apesar de todos os caminhos que experimentei e conheci, escolhi ser funcionário desse lugar extraordinário!

Vida longa a esse programa de educação não-formal! Muitos outros tantos 35 anos TRANSFORMANDO e FOMENTANDO o APRENDER e o BRINCAR (ou melhor, o aprender brincando) na vida de milhares de CURUMINS, PIÁS, GURIS e GURIAS, MENINOS E MENINAS!

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*Rafael Peixoto é coordenador de Comunicação do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo.

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