Em 17 de maio de 1990, a homossexualidade foi retirada da Classificação Internacional de Doenças pela Organização Mundial da Saúde – OMS. Desde então, a data é conhecida como o Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia, simbolizando a luta pela diversidade sexual e pelos Direitos Humanos.
Mais uma conquista importante aconteceu recentemente, em 18 de maio de 2019, quando a OMS anunciou a retirada da transexualidade da lista de doenças mentais, de modo a declarar insustentável a ideia de cura de pessoas LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, intersexo e assexual, o + é utilizado para incluir outros grupos e variações de sexualidade e gênero).
Apesar dos avanços, o cenário atual é extremamente brutal para as pessoas LGBTQIA+, e demonstra não só uma prática, mas um sistema de violência que precisa ser revelado, combatido e transformado. A LGBTfobia se manifesta de formas diversas e é sentida e sofrida em vários âmbitos da vida de uma pessoa LGBTQIA+, seja por um olhar de que algo está errado, ou seja nas variadas formas de violências psicológicas e físicas: exclusão do mercado de trabalho, da família, do convívio social, evasão escolar em função de uma convivência violenta, entre outras.
Segundo informações da Organização das Nações Unidas – ONU, o Brasil é um dos países onde há mais mortes por violência contra travestis e transexuais no mundo. Entre 2008 e 2014, foram registradas mais de 600 mortes de pessoas trans. De acordo com um relatório feito pelo Grupo Gay da Bahia – GGB, associação de defesa dos direitos humanos dos homossexuais no Brasil, em 2008 foram registradas 187 mortes, chegando a 343 mortes em 2016, sendo 50% gays, 42% trans, 4% T-lovers (amantes de transexuais), 3% lésbicas e 1% bissexuais.
Segundo o Artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade, portanto as pessoas devem ser livres para serem quem e o que elas quiserem.
Para evidenciar realidades e desconstruir preconceitos e estereótipos vinculados às pessoas LGBTQIA+, estimulando a livre expressão das diferenças, o espaço de diálogo e convivência, o respeito e a transformação social, o Sesc São Paulo apresenta o Legítima Diferença, com ações voltadas à temática, que acontecem na maioria das unidades.
Veja algumas ações que já aconteceram pelas unidades do Sesc São Paulo:
Entre diversas ações inseridas no projeto “Closebilidade”, o Sesc Pompeia trouxe “A Imagem LGBTQI na Mídia Digital”, encontro focado na equação mídia+LGBTQI+negritude+juventude contou com a participação de Nataly Neri, Luci Gonçalves, Valter Rege, Dory de Oliveira e Cia dxs Terroristxs.
A jornalista, repórter e performer Leonora Áquila participou de um bate papo musical com apresentações de personalidades do Universo LGBTQI’s e suas trajetórias, no Sesc Belenzinho.
O Sesc Avenida Paulista ofereceu um curso gratuito sobre os Direitos da População LGBTQIA+, trazendo a evolução e os debates atuais da LGBTfobia.
O Sesc Ribeirão Preto exibiu o documentário Meu Corpo É Político,que mostra o cotidiano de quatro pessoas LGBT na periferia de São Paulo. A partir do contexto social dos personagens levanta questões contemporâneas sobre a população trans.
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