Diversidade em debate

06/12/2022

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De acordo com o dicionário “Michaelis”, diversidade significa: “1 – qualidade daquilo que é diverso, diferença, dessemelhança, variação, variedade. 2 – conjunto que apresenta características variadas; multiplicidade”. Muito interessante, não é? Agora, sugerimos que você pare o que está fazendo – por alguns minutos – e faça um exercício de reflexão: no seu dia a dia, você consegue ter uma vida na qual a diversidade existe, é respeitada e estimulada?

É fato: vivemos em um mundo plural!

Contudo, contrariando toda essa pluralidade, cada dia que passa surgem mais grupos que preferem o isolamento em bolhas uniformes, distanciando-se dos “diferentes”.

O Sesc entra exatamente aí! Com nossas ações, estamos buscando “furar a bolha” e criar um espaço de diálogo, respeito e transformação social, gerando visibilidade.

Durante a Semana da Diversidade, promovida pelo Conselho Municipal dos Direitos LGBT’s e pela Prefeitura Municipal, o Sesc realizou duas ações: na sexta-feira (11/11), a representatividade invadiu o palco da Unidade com a voz potente, afinada e única de Assucena. A cantora, compositora e intérprete ficou conhecida pelo trabalho à frente da banda “As Baías”, com a qual foi indicada duas vezes ao Grammy Latino (2019 e 2020) e conquistou duas categorias no 29º Prêmio da Música Brasileira.

Divulgação

Em 2022, Assucena lançou seus primeiros singles solo: a canção autoral inédita “Parti do Alto” e uma releitura-homenagem de “Ela”, gravada por Elis Regina há 50 anos. A cantora baiana tem em sua bagagem projetos ao lado de importantes referências da música brasileira como: Elza Soares, Alcione, Daniela Mercury, Ivete Sangalo e Ney Matogrosso; além de colaborações com artistas da nova geração, como Emicida, Linn da Quebrada, Pitty, Liniker e outros.

Assucena nasceu e passou parte da sua vida no sertão da Bahia, onde formou sua identidade artística sob influências da música baiana – em especial do Tropicalismo – sem esquecer, é claro, das mais variadas vertentes da música popular brasileira, em composições e interpretações que dialogam com ritmos diversos como o samba, o rock e a música pop contemporânea.

No sábado (12/11), o bate-papo com Rita Von Hunty foi um sucesso e os ingressos esgotaram em poucos minutos!

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Rita Von Hunty colocou em evidência, em uma “aula” descontraída e repleta de informação, alguns fundamentos de análise de processos históricos e psicanalíticos para, depois, conceituar as ideias de agressão, opressão, exclusão e vulnerabilidade da população LGBTQIAP+. Com isso, durante a conversa, Rita procurou conceituar os processos de percepção da realidade para, de fato, chegar ao conceito atual do trabalho: as “microagressões” e como elas ocorrem em ambientes corporativos e de que maneira podem ser identificadas, geridas e eliminadas. 

Rita von Hunty é a persona drag do ator e professor Guilherme Terreri. Com formação em artes cênicas pela UNIRIO e Língua e Literatura Inglesa pela USP, Rita desenvolve um trabalho de arte-educação focado na discussão de temas sociais através dos Estudos de Cultura. Atua no cinema, teatro, apresenta um programa de TV exibido em toda América Latina (Drag Me As A Queen – NBCU) e tem um canal no Youtube (Tempero Drag – 1 milhão de inscritos). Além disso, Rita é colunista da revista Carta Capital.

O bate-papo foi mediado por Rita Repulsa, personagem drag do ator catanduvense Thales Maniezzo.

Texto de Henrique Carlessi.

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