Leia a edição de junho/22 da Revista E na íntegra
Há exatamente 30 anos, a cidade do Rio de Janeiro preparava-se para receber um evento que até hoje é considerado um marco para a conservação do meio ambiente e adoção de outro modelo de desenvolvimento econômico. De 3 a 14 de junho de 1992, a capital fluminense foi sede da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que ficou conhecida pelos nomes ECO-92, Rio-92 e Cúpula da Terra. Jornais, revistas, rádios e canais de televisão colocaram o termo “ecologia” em pauta, enquanto lideranças políticas dos cinco continentes, organizações não governamentais e intergovernamentais sentaram-se à mesa para discutir um modelo sustentável de desenvolvimento baseado na conservação dos recursos naturais do planeta. Hoje, três décadas depois, qual o legado da ECO-92 e quais desafios batem à nossa porta? Para onde precisamos caminhar nos próximos 30 anos?
Renomado climatologista e um dos cientistas brasileiros mais conhecidos mundialmente, Carlos Nobre esteve presente na Rio-92, onde apresentou dados preliminares de um experimento realizado na Floresta Amazônica. Feito em cooperação com a Inglaterra, o estudo Abracos (em inglês, Anglo-Brazilian Amazonian Climate Observation Study) teve início em 1990 e foi concluído em 1996. “Ali, em 1992, eu tive a oportunidade de apresentar resultados iniciais, mostrando como a floresta interage com o sistema climático, com a atmosfera, e os efeitos quando se desmata a floresta para criar pastagens”, recorda Nobre, que foi presidente do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas e foi nomeado, em maio deste ano, membro da Royal Society, uma das academias de ciência mais tradicionais no mundo – o climatologista é primeiro brasileiro a ser convidado a ingressar na instituição criada em 1660, com sede em Londres.
“Naquele experimento, vimos a capacidade impressionante da floresta de reciclar água. Durante a estação seca, a floresta continuava a transpirar água o tempo todo, enquanto a pastagem não. Além disso, a temperatura aumentava mais nas pastagens. Nós também já estávamos fazendo medidas do fluxo de gás carbônico: constatamos que a pastagem contribuía para emissão de gases de efeito estufa, enquanto a floresta é o que chamamos de sumidouro de carbono, contribuindo para retirada de gás carbônico da atmosfera”, conta (leia Entrevista publicada na Revista E nº 296, de junho de 2021).
Para o climatologista, o crescente interesse da ciência em estudar os impactos humanos sobre o meio ambiente é um dos frutos da ECO-92. “Foram constituídos grupos de trabalhos científicos, principalmente na questão das mudanças climáticas e da proteção à biodiversidade. Então, a ciência tem avançado muito nessas áreas e vem mostrando os crescentes riscos de não combatermos as mudanças climáticas e de não protegermos a biodiversidade. Inclusive, as mudanças climáticas são uma grande ameaça à biodiversidade, afetada pelo desmatamento, degradação, fogo e poluição”, ressalta.
Somado ao interesse da comunidade científica, houve ainda um maior envolvimento do setor de inovações tecnológicas em resposta à preocupação com a degradação do meio ambiente, segundo Carlos Nobre. “Nós produzimos, nesses últimos 30 anos, inúmeras soluções. Por exemplo, mais de 70% das emissões globais ainda são provocadas pela queima de combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás natural –, mas, hoje, a tecnologia de energias renováveis é totalmente viável, pode ser escalável globalmente e é muito mais barata. Outra solução é a agricultura moderna regenerativa na contramão da monocultura, que provoca desmatamento e destruição de biomas. Infelizmente, a velocidade com que essas soluções são implementadas no dia a dia do planeta é insuficiente. Essa é a grande preocupação global e da comunidade científica”, acrescenta o cientista, que é proponente do Amazônia 4.0 – projeto que busca demonstrar a viabilidade de uma nova bioeconomia de floresta em pé e rios fluindo para a Amazônia, incorporando conhecimento científico e inovações tecnológicas com conhecimentos de povos indígenas e comunidades locais.
Outra herança da ECO-92 são pactos e acordos que reverberam até hoje. “Esta conferência nos deixou uma riqueza de legados como os três dos mais importantes marcos internacionais sobre desenvolvimento sustentável e meio ambiente: a Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) e a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca. Além dessas convenções, a Declaração do Rio e a Agenda 21 (Leia o boxe Marcos Temporais) foram essenciais para a consolidação do conceito de ‘desenvolvimento sustentável’ e ainda são referências para as principais negociações internacionais”, destaca Alexandre Prado, diretor de economia verde da organização não governamental WWF-Brasil.
Segundo Prado, a manifestação da sociedade civil foi outro legado da ECO-92. “O então chamado Fórum Global Paralelo, das ONGs, no Aterro do Flamengo juntou diversas tribos da sociedade civil planetária que mostravam sua cara na primeira conferência global de meio ambiente. A sociedade civil se organizou, participou e influenciou o processo, mudando para sempre o formato das conferências da ONU que passaram, a partir dali, a envolver os chamados major groups, segmentos relevantes a serem envolvidos nas discussões e pactuações”, complementa.
FUTURO NO PRESENTE
Em 1992, o engenheiro florestal Pablo Hoffmann era um adolescente e já acompanhava pela televisão a preocupação global com o meio ambiente. “A bem da verdade, ainda éramos muito jovens à época, tínhamos 14 ou 15 anos, mas sabíamos que algo de interessante estava acontecendo, pois o evento teve muita publicidade”, relembra Hoffmann que, ao cursar a faculdade de Engenharia Florestal na Universidade Federal do Paraná (UFPR), também se dedicaria à preservação da biodiversidade, mais precisamente à preservação de florestas de araucárias no Sul do Brasil.
Foi na universidade que ele desenvolveu, junto a outros amigos, o projeto que daria origem à Sociedade Chauá. Hoje, a organização não governamental mantém um viveiro com mais de 215 espécies de plantas nativas da Floresta com Araucárias, sendo 80 espécies raras ou ameaçadas de extinção.
Diretor executivo da instituição, em abril deste ano, Hoffmann recebeu o Whitley Awards, prêmio concedido anualmente pela fundação britânica homônima a seis líderes conservacionistas da Ásia, África e América Latina. “Um tempo depois da ECO-92, pudemos entender que aquele momento foi um marco para vários temas voltados à conservação da natureza. A partir daquele evento, muitas outras ações surgiram e foram sendo ampliadas, culminando em muitas das estratégias e iniciativas globais de proteção dos recursos naturais que temos hoje”, destaca o engenheiro florestal.
Gerações seguintes às de Pablo Hoffmann seguem demonstrando engajamento e compromisso ambiental. São filhos e netos da ECO-92 que carregam nas mãos a possibilidade de mudanças efetivas, segundo o climatologista Carlos Nobre. “Infelizmente, a minha geração não entregou um mundo sustentável para a geração da Greta Thunberg [ativista ambiental sueca de 19 anos, reconhecida como uma das vozes da nova geração pela preservação do meio ambiente], que já tem uma percepção muito clara dos riscos que o planeta corre”, observa.
Formada em Relações Internacionais, a jovem embaixadora da ONU Amanda Costa faz parte dessa geração com menos de 30 anos que realiza e participa de ações de mobilização de outros jovens para construírem um mundo inclusivo, colaborativo e sustentável. “Eu sou uma mulher preta de periferia e percebi que a crise climática está impactando a galera de quebrada e nós não estamos nos espaços de poder. Também percebi que existem organizações multilaterais que estão dialogando sobre isso, mas poucas vezes esse assunto chega na quebrada. Quando eu percebi essa lógica, decidi que queria ser uma porta-voz da minha comunidade, da juventude brasileira preta e periférica e quero ser porta-voz de um novo modelo de vida”, explica.
Movida pelo objetivo de ampliar o debate sobre a crise climática, Amanda e outras jovens criaram o Perifa Sustentável, instituto que promove ações e elabora projetos que reivindicam a democratização e a representatividade da juventude para justiça racial e ambiental nos locais de tomada de decisão. “A Rio-92 foi um marco, porque nos mostrou que a gente precisa desenvolver políticas, estratégias e soluções para contemplar a sustentabilidade dentro desse projeto de futuro”, analisa.
Presente nas redes sociais e outras plataformas digitais compartilhando informações e ações para as quais é convidada a participar dentro e fora do Brasil, Amanda acredita que sua geração é fruto de todo um caminho trilhado, há mais de 30 anos. “Se eu estou aqui hoje, atuando como ativista climática, se hoje eu sou conselheira do Pacto Global da ONU, é porque antes pessoas criaram esse caminho com muita luta e determinação para que a gente pudesse, de fato, chacoalhar a sociedade e mostrar que não vai ter desenvolvimento se ele não for sustentável, se não diminuírem as desigualdades sociais, se não houver uma economia inclusiva ao mesmo tempo em que somos ambientalmente responsáveis”, conclui.
Imagine uma primavera sem o som de pássaros e de insetos polinizadores responsáveis pela estação mais florida do ano? A hipótese foi lançada há 60 anos no livro Primavera Silenciosa, da bióloga estadunidense Rachel Carson (1907-1964). Reconhecida como a primeira publicação a alertar a sociedade para os malefícios dos agrotóxicos, a obra é resultado da compilação de estudos realizados pela cientista em 1962 (mesmo ano do lançamento do livro) e que logo se tornou um best-seller. Ao chocar a sociedade da época, o livro ainda provocou uma grande repercussão no cenário político. O então presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, abriu uma comissão para apurar as sérias conclusões tiradas por Carson sobre os efeitos nocivos de pesticidas à saúde humana e de outras espécies da fauna e da flora.
Apesar de ter sido contestada, criticada e ter sofrido ataques, Carson teve seu trabalho levado adiante. Em 1972, o governo finalmente baniu nos Estados Unidos o composto químico DDT (diclorodifeniltricloroetano) – primeiro pesticida moderno largamente usado durante e após a Segunda Guerra Mundial – e o trabalho de Rachel Carson conduziu à primeira grande campanha contra o uso de agrotóxicos, despertando cidadãos e governos em todos os continentes para as causas ambientais.
1972
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
Conhecida como Conferência de Estocolmo, por ter sido realizada em junho na capital da Suécia, essa foi a primeira conferência ambiental no mundo e reuniu líderes de 113 países e 250 organizações internacionais. Um dos principais resultados da conferência foi a Declaração das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, também chamada de Declaração de Estocolmo, documento que destaca a responsabilidade dos países no planejamento do desenvolvimento econômico de incluir a preservação dos recursos naturais. Nessa conferência também foi instituído 5 de junho como o Dia Mundial do Meio Ambiente.
1992
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Realizada no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, a ECO-92, Rio-92 ou Cúpula da Terra, como também ficou conhecida a conferência, retomou os pontos abordados na Declaração de Estocolmo e reconheceu que os problemas que antes tinham abrangência local eram, de fato, globais. Constatou-se que o modelo de desenvolvimento econômico que visava a exploração máxima de recursos naturais era insustentável. Entre os principais documentos resultantes da conferência estão: a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca e a Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima – nela foram definidos compromissos e metas para todos os países, o que ficou conhecido como Conferência das Partes (COP). Também foi firmada a Agenda 21, que, entre os objetivos, estava a cooperação dos países desenvolvidos para acelerar o desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento; o combate à pobreza; e mudança nos padrões de consumo. Também foi estabelecido um período de dez anos para a realização de uma nova conferência a fim de discutir e avaliar os resultados obtidos.
1995
1ª Conferência das Partes, em Berlim (Alemanha)
Durante a conferência, que ficou conhecida como COP-1, foi estabelecido o Mandato de Berlim, cujo objetivo principal era o consenso de todos os países para tomar ações mais enérgicas quanto à mitigação do efeito estufa. Foi definido, também, que deveria ser elaborado um protocolo ou instrumento com comprometimento legal entre todas as partes, para tornar oficial essa meta, sendo definido como prazo para elaboração do documento o ano de 1997.
1997
3ª Conferência das Partes, em Kyoto (Japão)
A COP-3 resultou no Protocolo de Kyoto, que representou um tratado complementar à Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, da ECO-92. No acordo foram estabelecidas metas para que os países responsáveis pela maior parte da emissão de gases de efeito estufa promovessem ações de redução. Essa foi, aliás, uma das mais importantes determinações da conferência ao definir compromissos rigorosos no combate ao aquecimento global. No entanto, o Protocolo de Kyoto entrou em vigor apenas em 2005.
2002
Rio + 10
Realizada em Johanesburgo, África do Sul, a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, também chamada de Rio +10, promoveu, para além das discussões sobre a preservação do meio ambiente, a necessidade de mudanças sociais estruturais. Um dos pontos mais importantes foi a busca por medidas para reduzir em 50% o número de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza (com menos de 1 dólar por dia) até 2015.
2012
Rio + 20
Sediada na capital do estado do Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável teve como objetivo renovar o compromisso das lideranças políticas com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação da implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes. Além disso, a conferência teve, entre os principais temas, a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza. A conferência também foi marcada pela criação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que compõem uma agenda mundial para a construção e implementação de políticas públicas que visam guiar a humanidade até 2030.
2015
21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática
Na COP-21 foi firmado o Acordo de Paris, compromisso mundial que ganhou grande repercussão na mídia desde então. Trata-se de um compromisso assinado entre 195 países para combater a crise climática, colocando como meta a redução da emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa. Esse acordo entrou em vigor em 4 de novembro de 2016.
2019
A Assembleia Geral das Nações Unidas declara o período entre 2021 e 2030 como a Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas, visando promover a restauração de ecossistemas degradados como uma medida comprovada para combater a crise climática e aumentar a segurança alimentar, o abastecimento de água e a biodiversidade.
2021
26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática
Realizada em Glasgow, na Escócia, a COP-26 estabeleceu a redução nas emissões de carbono em 30% até 2030. Por isso, foi estabelecida a meta preferencial do Acordo de Paris de não deixar que a média da temperatura global ultrapassasse um aumento de 1,5°C em relação ao período pré-industrial. Até agora, entre os cinco principais emissores, China, Rússia, Irã, Índia e Estados Unidos, apenas o último assinou o compromisso de redução. Ainda durante a conferência, o governo brasileiro também se comprometeu com a redução de 50% das emissões de gases associados ao efeito estufa até 2030 e com a neutralização das emissões de carbono até 2050.
Neste ano, marcos importantes para a construção do ambientalismo no mundo e no Brasil – 60 anos do lançamento do livro Primavera Silenciosa, de Rachel Carson; 50 anos da Conferência de Estocolmo; e 30 anos da Rio-92 – evidenciam o amadurecimento de espaços de reflexão e a multiplicação de iniciativas de preservação da biodiversidade e de desenvolvimento sustentável. Como legado, esses marcos também apontam a necessidade de inclusão social em diálogos e tomadas de decisões que concernem a todas as camadas da sociedade pela preservação da vida na Terra.
Desde 2016, por meio do projeto Ideias e Ações para um Novo Tempo, as unidades do Sesc São Paulo mapeiam em seus territórios iniciativas socioambientais voltadas ao desenvolvimento local e que tenham, entre outros atributos, potencial educativo e práticas de respeito ao ambiente e à diversidade cultural.
Essas iniciativas participam junto ao Sesc na realização de ações educativas e de espaços de encontro para a troca de conhecimentos e saberes. Somam-se a esse projeto outras ações permanentes e uma programação especial que, no mês em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), reforçam a importância de repensarmos a forma como habitamos, enquanto indivíduos e sociedade, nosso planeta.
Para isso, serão realizadas oficinas, vivências, encontros e outras atividades nas unidades do Sesc São Paulo. Em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por meio da Cátedra Sustentabilidade e Visões de Futuro, acontecerá o seminário Trajetórias do Ambientalismo Brasileiro, que convida pesquisadores e especialistas de diferentes campos do conhecimento para mesas de debates nos dias 29 e 30/06, no Sesc Belenzinho.
“A tônica do seminário é refletir sobre diferentes formas de enfrentamento do movimento ambientalista e seus protagonistas, bem como sobre a ampliação do espectro de sua atuação, tornando indissociáveis as pautas ambientais e sociais. Os temas propostos traduzem essa preocupação, com uma abordagem histórica: o importante papel das ONGs e das lideranças que estão em diferentes territórios de luta, e a importância de se garantir o pensamento crítico em um cenário de negacionismos, que coloca em risco os campos da ciência, educação e cultura”, afirma Virginia Chiaravallotti, assistente da gerência de Educação para a Sustentabilidade e Cidadania do Sesc. “A atualidade desse debate é um convite a todas as pessoas que se interessam pela vida em sociedade de forma mais justa, sustentável e em equilíbrio com as demais formas de vida”, complementa.
Saiba mais sobre o seminário em: www.sescsp.org.br/ideiaseacoes e confira outros destaques da programação nas unidades do Sesc São Paulo: www.sescsp.org.br.
SESC ITAQUERA
Vivência – Justiça Climática na ZL
Como as mudanças climáticas têm afetado a vida das pessoas? Essa pergunta será guia para um debate itinerante que terá como contexto o Jardim Keralux. Durante a vivência, os participantes farão um percurso por esse território e participarão de um bate-papo sobre como comunidades historicamente marginalizadas são as que mais sofrem os impactos socioambientais das mudanças climáticas.
(Dia 04/06, sábado, das 9h às 13h. A atividade será realizada no Jardim Keralux, região de Ermelino Matarazzo, onde também está localizada a USP Leste).
SESC SOROCABA
Oficina – Educação em Ciências e Humanidades
Apresentação dos conceitos de ecomercado, economia solidária, consumo consciente e agroecologia. Também serão oferecidos produtos nativos sustentáveis da Mata Atlântica e da região metropolitana de Sorocaba, que permitem geração de renda para os agricultores e a conservação da floresta nativa. (Dia 12/06, domingo, das 12h às 18h).
SESC BAURU
Mostra de Iniciativas Socioambientais
Esse encontro vai reunir agricultores familiares e pequenos artesãos de Bauru e região, visando inspirar diálogos sobre outros modos de viver e de se relacionar com a terra. Além do compartilhamento de saberes, iniciativas socioambientais apresentarão seus produtos ao público para comercialização. (Dias 18 e 19/06, sábado e domingo, das 14h às 18h).
SESC CONSOLAÇÃO
Oficinas – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável na Prática
Ciclo de oficinas que apresentará tecnologias verdes de baixo custo que podem ser implantadas em residências ou prédios, e que podem contribuir para a minimização dos efeitos relacionados às mudanças climáticas. As oficinas serão ministradas pelo Coletivo Verde e mobilizarão um dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. (Dias 05/06 e 19/06, domingos, das 10h30 às 13h).
(Por Maria Júlia Lledó)
A EDIÇÃO DE JUNHO/22 DA REVISTA E ESTÁ NO AR!
Nesta edição, celebramos os 30 anos da ECO-92, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento que, no começo da década de 1990, propôs uma série de debates e compromissos dos quase 180 países participantes com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente. Nesta reportagem, propomos um resgate histórico sobre os marcos e conquistas ambientais no Brasil e no mundo e revelamos quais os ecos da ECO-92 três décadas depois de sua realização.
Além disso, a Revista E de junho traz outros destaques: uma reportagem que destaca a diversidade de estilos, formações e técnicas na produção contemporânea de música de câmara; uma entrevista sobre parentalidade com a psicanalista Vera Iaconelli; um depoimento de Zezé Motta sobre os mais de 50 anos de carreira; um passeio visual pelas obras da exposição Xilograffiti, em cartaz no Sesc Consolação; um perfil de Lygia Fagundes Telles, um dos maiores nomes da literatura brasileira; um encontro com Marcio Atalla, que defende a adoção de uma vida mais ativa para o bem-estar a e saúde a longo prazo; um roteiro por 5 espaços que celebram a cultura japonesa em SP; o conto inédito “Careiro”, assinado pela escritora Paulliny Tort; e dois artigos que celebram o legado do sociólogo e crítico literário Antonio Candido.
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