Ciclo de atividades que enfocam a mulher no circo e a presença delas no universo circense.
No circo contemporâneo a participação feminina ganhou destaque e mais liberdade, com o passar do tempo, as mulheres acabaram deixando a coadjuvância que a assistência historicamente lhes atribuía. O número de mulheres no circo exercendo artes e técnicas de força, agilidade e palhaçaria (algo improvável em outras épocas) acompanha as conquistas e desafios de gênero enfrentado por elas.
A programação do mês de março que o Sesc Florêncio de Abreu traz – além de muitas outras atividades que você pode conferir aqui-, contempla espetáculo, intervenções e oficina de clowns feitas por mulheres e para mulheres.
Confira as atividades que integram essa programação:
intervenção
A Caixinha de Música da Purezempla
Com Tetê Purezempla
Uma palhaça que parece uma caixinha de música ambulante. O público decide o que vai ouvir girando a primeira roleta e sorteando um instrumento musical; girando a segunda, que aponta o estilo da música; e que define a velocidade em que a música será tocada; e a música acontece, em meio a danças e palhaçadas.
Tetê Purezempla é uma mulher circense tradicionalmente contemporânea, multi-artista: é palhaça musical, atriz, cantora, compositora, instrumentista, produtora musical, diretora e educadora. Tetê iniciou sua carreira em um coral de serestas, aprofundou na universidade, sublimou no carnaval e consagrou na palhaçaria, sempre convivendo, aprendendo e contracenando com artistas mestras e mestres. Tetê já participou de mais de 30 encontros, convenções e festivais de circo, música e teatro, no Brasil e em outros países, apresentando-se e ministrando oficinas. Além de seu trabalho solo, Tetê participa dos coletivos Banda A5 em PB, Cumbia Calavera, Cornucópia Desvairada, Palhaços Sem Fronteiras Brasil e Cia. das Britadeiras.
Dia 6. Quarta, 14h às 15h40.
Pátio São Bento – Colmeia. Livre.
espetáculo
Cola Shows
Com as inigualáveis Irmãs Cola
Em cena, duas mulheres, que parecem a mesma pessoa, se aventuram como artistas de rua em meio a uma sociedade patriarcal. As gêmeas malabaristas desconstroem conceitos desde 2007, cativando o público com esse espetáculo que explora o mundo do malabarismo por meio de números contemporâneos e experimentais.
Criação e atuação: Tatiane Cola e Thais Cola
Figurino: Desmanche lab
Direção: Michelle Maria
Operação de som: Sabryna Murali
Produção: Ligia Bento (Bento Produtora)
Realização: As Inigualáveis Irmãs Cola
Duração: 45 min.
Dia 13. Quarta, 14h às 15h.
Pátio São Bento – Colmeia. Livre.
curso
Escola de Palhaças, imersão: Introdução à palhaçaria feminina
Com Andréa Macera, do Teatro da Mafalda
A prática desta imersão consiste em iniciar as mulheres nesta arte a partir da construção da presença física e de estados, o que possibilita o surgimento da Palhaça enquanto figura síntese do universo pessoal de cada participante.
Os encontros consistem em treinamento físico, treinamento da máscara e uma pesquisa do material individual/cênico.
Metodologia:
– Percepção, escuta e olhar;
– Presença cênica;
– Trabalhar movimentos internos e ações;
– Energia da palhaça em ação;
– Pesquisa do universo de cada Palhaça; e
– Lógica de cada palhaça.
Andréa Macera é Atriz desde 1986, Palhaça desde 1996 e Diretora desde 1999. Desenvolveu grande parte de seus estudos junto ao Grupo LUME – Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp; com Tiche Vianna do Grupo Barracão Teatro e com Sue Morrison – mestra-clown Canadense. Fundadora e integrante do Teatro da Mafalda desde 2005, Cia que tem como pesquisa a elaboração artística a partir do improviso e da relação com o público através da máscara do palhaço. Tem em seu repertório seis espetáculos em atuação, entre eles “Sobre tomates, tamancos e tesouras”, “Cabaré da Mafalda”, “A-laS-pi-pe-tuá” e “Julieta e Romeu”. Em 2014 idealizou e realizou o Encontro Internacional de Mulheres Palhaças – SP, e em 2017 fundou a Escola de Palhaças, ambas realizadas anualmente na cidade de São Paulo.
Dia 15/3. Sexta, 17h30 às 20h.
De 20 a 27/3. Quartas e sextas, 17h às 20h.
Inscrições de 8/3, às 14h, a 20/03, enquanto houver vagas disponíveis.
Espaço de Tecnologias e Artes. 16 anos.
número circense
As Trigêmeas
Com Lívia Mattos, artista circense.
Por meio da manipulação de duas bonecas – que imitam a silhueta e o figurino da artista – Lívia Mattos movimenta-se pelo espaço com AS TRIGEMÊAS, ao som da música excêntrica de Tomas Oliveira. A articulação das “três irmãs” gera uma cadeia coreográfica de gestos, brincando com a bidimensionalidade e os avessos, que ficam ainda mais desafiantes quando ela se arrisca a equilibrar-se no monociclo.
AS TRIGÊMEAS estreou na China, em dezembro de 2018, quando a Secretaria de Cultura de Macau convidou a artista Lívia Mattos a participar do “Macau International Parede”, realizando intervenções, espetáculos e oficina.
A partir do desejo de se multiplicar em réplicas e tréplicas, de ter fatias de si mesma, AS TRIGÊMEAS surgem como novo delírio ambulante da artista Lívia Mattos – criadora da “A Sanfonástica Mulher-Lona”, da “Lira da Lona”, da “Sanfona Aérea” e dos “Retumbantes”. Destacando-se no cenário do circo e da música, Lívia vem apresentando trabalhos sólidos, com ampla pesquisa e originalidade em suas concepções. A exemplo disso, atualmente a artista dirige um documentário sobre a música no circo, fruto de 48 entrevistas feitas ao longo de oito anos, com pessoas circenses veteranas. Ao passo que preza pela memória do circo brasileiro tradicional, propõe para novos caminhos estéticos circenses, através de seus trabalhos.
Dia 20/3. Quarta, 14h às 14h40.
Pátio do Metrô São Bento. Livre.
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