A história do cinema é repleta de imagens que desafiam discursos e regimes políticos, posturas morais e pontos de vistas que, ao longo do tempo e por motivos diversos, fizeram com que muitos filmes fossem censurados ou passassem por processos de controle. Pensando nisso, o Sesc Rio Preto decidiu reunir algumas dessas obras no projeto “Telas Controladas: filmes que não queriam que víssemos”, que acontece de 23 a 29 de setembro.
A primeira exibição apresenta uma comédia crítica húngara que ficou censurada até o início dos anos 80. “A Testemunha”, do diretor Péter Bacsó, foi apresentada no Festival de Cannes, recebeu diversas premiações, mas até hoje não teve uma exibição pública no Brasil. A cópia que iremos apresentar no dia 23, sexta, às 20h, acaba de ser restaurada pela Cinemateca de Bolonha.
Já nos dias 24 e 25, sábado e domingo, a partir das 10h, o produtor e pesquisador da história do cinema Luiz Carlos Pavan ministra um curso que pretende investigar os mecanismos que foram e são usados ao longo da história para censurar filmes. “Imagens proibidas – curso de história do cinema e da censura” tem inscrições gratuitas em https://bit.ly/CursosSescRioPreto.
Como segunda exibição teremos “O Gabinete do Dr. Caligari” com trilha sonora executada ao vivo pela banda Gargântua, no dia 24, sábado, às 20h. Neste filme fundamental do Expressionismo alemão dirigido por Robert Wiene, o Dr. Caligari exibe o seu Cesare, um homem em sono eterno que somente ele tem o poder de acordar e controlar.
No dia 27, terça, às 20h, é a vez de “O Carrasco”, do diretor Luis Garcia Berlanga. Este filme do cinema moderno espanhol conta a história de um agente funerário que se casa com a filha de um velho carrasco, e, embora ele não goste, deve continuar a profissão de seu sogro após sua aposentadoria.
A programação também conta com uma produção nacional! “O País de São Saruê” será exibido no dia 28, quarta, às 20h. Dirigido por Vladmir Carvalho, o documentário social brasileiro se debruça sobre as relações do homem com a natureza no sertão nordestino, onde predomina a luta contra a seca, o latifúndio e a miséria desde os tempos da colônia.
Encerrando o projeto no dia 29, quinta, às 20h, o filme iraniano “Fora de Jogo” conta a história de um grupo de jovens loucas por futebol que quer torcer e dar apoio aos jogadores de seu país, mesmo com a proibição de mulheres assistirem jogos nos estádios. Atualmente, o diretor do filme Jafar Panahi encontra-se preso, acusado de fazer propaganda negativa contra a República Islâmica por meio de sua filmografia.
A programação do “Telas Controladas: filmes que não queriam que víssemos” é toda gratuita, com retirada de ingressos para as exibições 30 minutos antes de cada sessão.
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