Enquanto a interpretação de sinais em grandes shows e festivais viraliza na internet, projetos também abrem espaço para que músicos surdos façam seus próprios sons e se incluam em uma das manifestações culturais mais populares do Brasil: o Carnaval. Por Bruno Capelas
Bruno Capelas – Jornalista formado pela USP, foi repórter e editor de tecnologia do jornal O Estado de S. Paulo, além de colunista da Rádio Eldorado e colaborador de veículos como Piauí, GQ Brasil, Exame e Scream & Yell. É autor do livro Raios e Trovões – A História do Fenômeno Castelo Rá-Tim-Bum e apresentador do podcast de música Programa de Indie.
Ilustrações de Bia Prado – Bacharel em Desenho Industrial com habilitação em programação Visual pela universidade Mackenzie. Desde 2003, trabalha com criação para diferentes tipos de projetos gráfico, desde o desenvolvimento da ideia principal até a finalização da arte envolvendo diagramação e criação.
Toda sexta-feira, Gabrielle Alves Moreira gasta mais de uma hora para sair de Pernambués, bairro onde mora na zona central de Salvador, e chegar até o Rio Vermelho. No trajeto da jovem de 17 anos, tem dois ônibus e um metrô, em uma viagem longa, mas que ela faz com brilho nos olhos. Tal como muitos adolescentes, Gabrielle está indo encontrar os amigos para fazer música – e nem o fato de ser deficiente auditiva a impede de tocar e se movimentar ao ritmo de seu instrumento. Com baquetas na mão e o surdo no colo, ela ensaia semanalmente no Batuque de Surdo, grupo de percussão criado em 2008 pela Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos da Bahia (APADA/BA).
Mais recente instrumentista a entrar no grupo formado por jovens de 15 a 20 anos, Gabrielle diz sempre ter admirado ver as pessoas tocando instrumentos, mas nunca acreditou que poderia fazer o mesmo, até que descobriu o trabalho do Batuque de Surdo. Nos primeiros ensaios, achou que não ia conseguir seguir o ritmo, mas aos poucos foi se soltando e entendendo, tanto pelo olhar como pelas vibrações, como poderia se unir ao batuque do grupo. Com ajuda de uma intérprete de sinais, ela conta à reportagem que seu gênero favorito é o forró, o qual gosta não só de tocar, mas também de dançar – embora ache difícil, apenas pelo tato, se manter no andamento do ritmo sincopado popularizado por Luiz Gonzaga.
“O forró tem um ritmo próprio, né? Para explicar que tem o tempo da síncope, eu preciso falar ‘espera’ para eles não deixarem o ritmo monótono, quadradinho”, conta a professora Charlina Araújo, responsável desde 2012, entre idas e vindas, pelos ensaios do projeto. Além do forró, o Batuque de Surdo ensaia semanalmente outros quatro ritmos: samba, reggae, samba-reggae e axé. Para ensiná-los ao grupo, há um método todo trabalhado ao longo dos anos. “Para começar, eu coloco os alunos de frente para mim, mostrando o ritmo: eu toco e eles tocam comigo. Eles não ouvem, mas sentem a vibração e também observam os instrumentos”, explica a maestra. “Quando alguns estudantes não conseguem entender nem olhando nem com as vibrações, aí eu faço o ritmo nos ombros deles. Cada hora tem uma técnica diferente, sem falar nos instrumentos.”
Hoje, a formação do Batuque de Surdo tem bumbo, repique, prato, timbau e, claro, surdo, enquanto Charlina fica na caixa. Ao todo, são 13 instrumentistas. Nem todo instrumento de percussão se encaixa no grupo: é preciso que a vibração repercuta de maneira ampla para que os alunos percebam o som pelo tato. “Quando a gente começou a tocar forró, eu tentei levar um triângulo, mas eles não conseguem sentir. A mesma coisa aconteceu com o pandeiro quando tentamos tocar samba, mas a gente vai se adaptando”, diz a professora.
Até mesmo o nome dos ritmos teve de ser adaptado. Ou melhor, criado. “Quando eu cheguei no grupo, tudo era batuque, não tinha um sinal para cada ritmo. Aos poucos, os alunos foram criando os sinais para saber o que estavam tocando”, explica Charlina. O samba reggae, por exemplo, ganhou um sinal combinado, numa sequência de alguém batucando num pandeiro com um gesto dos dois dedos levantados para cima, “como alguém curtindo um reggae”, comenta a professora.
Saber que ritmo está sendo tocado é fundamental não só para o grupo ensaiar, mas também se apresentar – e vira-e-mexe é possível encontrar o Batuque de Surdo tocando em pontos turísticos da capital baiana, como o Pelourinho e o Farol da Barra. As apresentações normalmente duram meia hora, com cinco minutos para cada ritmo. “Quando alguém se aproxima e pergunta que ritmo é, eu digo que é o ritmo da Bahia”, brinca a professora, não sem um fundo de seriedade. Afinal, em uma sociedade tão marcada pela música e pelo ritmo, sentir de perto a vibração dos tambores é uma forma não só de incluir as pessoas com deficiência auditiva, mas também fazê-las se sentir parte do local onde vivem.
O Batuque de Surdo não é o único exemplo de projeto formado por músicos com deficiência auditiva. Pelo contrário: ele faz parte de uma lista de projetos espalhados pelos quatro cantos do País, em um rol que inclui também a banda Ab’Surdos, de Uberlândia, o Surdodum, de Brasília, e o Som da Pele, do Recife. Vale a pena citar ainda o trabalho do Slam do Corpo, grupo de São Paulo que faz rap com com expressões das mãos, da face e dos corpos. Cada um à sua maneira e no seu gênero, as bandas não só trazem pertencimento ao seus integrantes, mas também jogam luz para um relacionamento que, durante muito tempo, esteve fadado ao silêncio: a música e a surdez.
Não é à toa: durante séculos, como conta o neurocientista Oliver Sacks no livro Vendo Vozes, a surdez foi confundida com a afasia – “um mal no qual o próprio raciocínio pode tornar-se incoerente e paralisado”, descreve o autor. No trabalho, essencial para quem quiser entender melhor como funciona a mente e o desenvolvimento da linguagem de uma pessoa com deficiência auditiva, o autor inglês traça um histórico da forma como surdos foram tratados ao longo dos anos, em especial nos dois últimos séculos.
Mesmo quando foram compreendidos em sua condição, os surdos passaram décadas, entre o século XIX e o século XX, relegados à obrigação de se oralizar, tendo de ler lábios e aprender a falar. Inventor do telefone, o americano Alexander Graham Bell foi um dos principais defensores da proibição do ensino da linguagem de sinais, um retrocesso que perdurou até meados do século XX. Além de moroso, o processo de oralização não contribuía para a evolução do funcionamento cerebral – ao contrário do que ocorre quando bebês e crianças com surdez pré-linguística (isto é, causada antes que a pessoa aprenda a falar) são ensinados a se comunicar na linguagem de sinais, seja qual ela for.
Sim, porque ao contrário do que muitos ouvintes pensam, não existe apenas uma linguagem de sinais – e nem elas funcionam como mera tradução das línguas orais. Um exemplo interessante citado por Sacks no livro é o fato de que enquanto EUA e Reino Unido compartilham o inglês como língua falada, as linguagens americanas e britânica de sinais são bastante diferentes, uma vez que a linguagem americana sofreu mais influência da linguagem francesa, por intercâmbio cultural, do que da sua antiga metrópole europeia. Nos países lusófonos, cada nação tem sua própria língua de sinais. No Brasil, além da linguagem brasileira de sinais (Libras), existe ainda a Língua de Sinais Ka’apor Brasileira, criada pelo povo indígena de mesmo nome distribuída pelo sul do Maranhão por ter alta incidência de pessoas surdas em sua população.
Ainda falando sobre o Brasil, foi só em 2002 que a Libras se tornou reconhecida como língua oficial do País; já a profissão de tradutor de Libras só foi regulamentada em 2010. Cinco anos depois, surgiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que incumbiu ao poder público a oferta de educação bilíngue. Tamanha novidade faz com que, em muitos lugares, ainda seja complexo encontrar tradutores, intérpretes ou mesmo pessoas capazes de se comunicar na linguagem brasileira de sinais – e que dirá fazer a imersão das pessoas com deficiência auditiva no mundo da música.
Nos últimos anos, porém, o cenário tem mudado bastante. Em meio à pandemia do coronavírus, o período de isolamento social fez muita gente – seja no público ou nos palcos – passar a prestar atenção na acessibilidade. Pouco a pouco, se tornou comum nas lives assistidas por milhões de pessoas ver a presença de um intérprete de sinais, capaz não só de decodificar o que uma letra diz, mas também traduzir a emoção emitida por cantores e bandas. Com a retomada das atividades presenciais, esses profissionais ganharam um novo ramo de trabalho ainda mais intenso. “Shows ainda são uma área muito nova, mas que estourou de 2021 para cá. É algo que tem tomado proporções gigantescas”, conta o intérprete Álex Rodrigues, da Educalibras, que trabalha no setor há 23 anos.
Foi só em 2002 que a Libras se tornou reconhecida como língua oficial do País; já a profissão de tradutor de Libras só foi regulamentada em 2010. Cinco anos depois, surgiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que incumbiu ao poder público a oferta de educação bilíngue.
Um desses locais é o Carnaval de São Paulo: criado pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência da Prefeitura de São Paulo, o projeto Samba com as Mãos trouxe pela primeira vez nos desfiles de 2024 a presença de intérpretes acompanhando as alas das escolas de samba dos grupos Especial e de Acesso. Criado em 2016, o programa começou com a tradução dos sambas-enredos das duas divisões em um canal especial no YouTube, num trabalho cuidadoso. “Quando as escolas lançam os sambas, em dezembro, os intérpretes já começam a entender o enredo e fazer a interpretação do samba para as mais de 150 mil pessoas com deficiência auditiva que vivem em São Paulo. É um trabalho grande, porque os enredos muitas vezes têm termos rebuscados, pouco comuns”, conta a secretária Silvia Grecco.
Outra iniciativa do Samba com as Mãos é reservar um espaço para 150 pessoas com deficiência auditiva e visual presenciarem os desfiles no camarote da Prefeitura – além dos intérpretes de sinais, a secretaria também disponibiliza audiodescrição dos desfiles para pessoas com deficiência visual. “É emocionante poder ajudar a incluir as pessoas no Carnaval, que é uma festa tão democrática”, ressalta a secretária.
Além dos projetos ligados à folia de fevereiro, a Prefeitura também trabalha numa cartilha para auxiliar produtores de eventos a lidar com questões de acessibilidade e faz parcerias com festivais de música. Entre as indicações, uma chama a atenção: a criação de um espaço chamado de Sinta o Som, que já foi realizado em eventos como o The Town. Localizado próximo às caixas acústicas, ele deve permitir que surdos presentes no evento sintam as vibrações do som feito no palco, incluindo a disponibilização de coletes ou almofadas que ajudem a reverberar essas ondas.
Outra iniciativa da Prefeitura de São Paulo nos últimos tempos tem sido a de apoiar grandes eventos que acontecem na cidade com intérpretes de libras. Foi assim que Álex Rodrigues, da Educalibras, acabou participando da última edição do Lollapalooza, como parte de um time de 24 pessoas escaladas para cobrir os vários palcos do festival, realizado no Autódromo de Interlagos em março. O trabalho, porém, começou muito antes das primeiras notas soarem pelo espaço. “Como havia muitos shows em inglês, nós buscamos as músicas com antecedência, traduzimos as letras para o português e depois fizemos uma interpretação em linguagem de sinais, gravada em vídeo e disponibilizada para os intérpretes que estariam no festival”, conta Rodrigues.
A despeito de muitas interpretações feitas em Libras conterem menções a solos de guitarra ou bateria, o processo só funciona para músicas com letra – quando uma canção é instrumental, a tradução se torna inviável.
Para cada palco do festival, havia uma equipe de quatro intérpretes, que se revezavam não só ao longo das apresentações, mas também se auxiliavam mutuamente. “Temos uma equipe que é composta de intérpretes ouvintes e surdos. Em alguns casos nós fazemos o que se chama de feeder: uma técnica em que um intérprete ouvinte faz uma sinalização do que está sendo dito pelo artista, em português ou inglês, e o intérprete surdo faz uma nova leitura para a plateia”, explica o intérprete da Educalibras.
Foi justamente uma dessas performances, feita pelo intérprete surdo Marcus Vinicius, que viralizou nas redes sociais com sua tradução envolvente das canções do funkeiro Kevin O Chris (vale procurar o vídeo no Google). Para Rodrigues, é fácil entender o motivo do sucesso: “aquela foi uma interpretação única. Um intérprete surdo tem uma vantagem enorme porque ele é capaz de fazer uma interpretação que atinge tanto quem manja muito de língua de sinais ou quem está sendo inserido só agora nesse contexto, algo que um intérprete ouvinte tem dificuldade de fazer.”
Além do conhecimento da linguagem de sinais, há alguns fatores que influenciam diretamente a qualidade de uma interpretação, afirma o intérprete da Educalibras. Um deles é a infraestrutura – no caso do Lollapalooza, as condições eram ideais, com uma sala fechada e climatizada, dispondo de retorno auditivo e visual para os intérpretes. “É importante que o profissional se veja atuando, para entender se está seguindo o ritmo da música e se quem está na plateia também entende”, diz Rodrigues. Caso isso não seja possível, o equipamento mínimo necessário é um fone e um body pack, equipamento responsável por captar o áudio emitido pelo cantor e pela banda para que o intérprete escute e consiga traduzir.
Outro fator importante é repertório. A tarefa de interpretação é mais fácil quando os artistas enviam previamente para a produção as músicas que vão tocar, diz o intérprete, mas é possível fazer uma boa tradução à queima-roupa. “Às vezes, do nada, a banda resolve tocar uma música diferente e a gente precisa buscar a letra rápido para dar sentido na língua de sinais ao que está sendo cantado”, diz o tradutor. Fã de pagode, Rodrigues diz ter passado com louvor na missão de interpretar de improviso os hits antigos do gênero resgatados pelo cantor Thiaguinho no espetáculo Tardezinha. “Ele segue um setlist até certo ponto, mas depois começa a puxar músicas do nada. Como eu conhecia todas e cresci com aquelas músicas, tirei de letra.”
Para Rodrigues, o conhecimento e a vivência são pontos que diferenciam alguém que saiba falar a linguagem de sinais de um intérprete ou tradutor. “Saber os sinais é o menor dos problemas. Ser intérprete envolve a questão social, tem que conhecer muito da cultura e também frequentar a comunidade surda”, diz ele, que é pai adotivo de um jovem com deficiência auditiva. Além disso, ele explica que a despeito de muitas interpretações feitas em Libras conterem menções a solos de guitarra ou bateria, o processo só funciona para músicas com letra – quando uma canção é instrumental, a tradução se torna inviável. “Uma música unicamente instrumental perde um pouco de sentido para a pessoa surda: a vibração pode chegar, mas a interpretação não teria significado linguístico. Se tem solo de bateria, eu represento o solo, mas isso não diz muita coisa para quem está assistindo.”
Não importa qual seja o som, Álex se mostra feliz com o novo campo de trabalho, não só pela oportunidade econômica, mas também pelo que ela representa. “Ver o surdo marcar presença num lugar como um festival para curtir música é fantástico”, diz o intérprete. É uma frase importante, ainda mais quando se considera a relevância que a música tem na sociedade brasileira.
É algo que Charlina Araújo, professora do Batuque de Surdo, também sente quando pensa na trajetória dos alunos ao longo do projeto. “A primeira coisa que muda neles é a emoção. Eles se tornam mais abertos, mais maduros e comprometidos. No último Carnaval, tiveram até dois alunos que se foram atrás do trio elétrico, o que me surpreendeu”, conta a professora. “A vibração da música faz com que eles ganhem novas habilidades e sintam que podem fazer qualquer coisa. É muito bonito de ver.”
Um zumbido na cabeça
Além da surdez, a humanidade convive há tempos com uma série de transtornos auditivos – que podem causar tanto a perda na percepção de certas faixas de frequências sonoras quanto a presença de zumbidos na cabeça. Alguns mais presentes, outros mais inconstantes, esses ruídos misteriosos costumam ser classificados por um nome esquisito: tinnitus. São problemas comuns em artistas, engenheiros de som, produtores e gente ligada à música, expostos por anos e anos a aparelhos em alto volume e baixa qualidade.
“Meu tinnitus é meio brando, não me incomoda, mas é algo que percebo quando estou num ambiente de silêncio, como quando vou para o interior e deito para dormir num lugar mais quieto”, conta Elson Barbosa, baixista da banda de post-rock Herod e criador do selo Sinewave, dedicado à música experimental e, por vezes, barulhenta. “Passei anos ensaiando todas as semanas em uma banda barulhenta, sem protetor de ouvido, e hoje percebo que muito do zumbido que eu tenho veio dali e dos shows que eu produzia.”
Em outros casos, o zumbido pode surgir de questões aleatórias – como é o caso do produtor Pena Schmidt, que trabalhou com bandas como Mutantes, Titãs, IRA! e Camisa de Vênus. Na adolescência, ao tratar uma doença infecciosa, tomou uma dose de antibióticos cavalar. A doença foi embora, mas o remédio também afetou partes de sua cóclea, órgão interno do ouvido que transforma os impulsos sonoros em sinais elétricos, prontos para serem decodificados pelo cérebro. “O resultado é que eu ouço permanentemente algumas notas musicais, é uma faixa de frequência parecido com aquele ruído que as televisões analógicas faziam”, conta o produtor.
A experiência não o afetou em sua carreira, pelo menos de maneira direta. “Quando você começa a trabalhar dentro do estúdio, você trabalha por comparações, nunca é uma audição absoluta – e nessa hora, o meu zumbido desaparece”, conta Schmidt. Após anos trabalhando em gravadoras como Continental, Som Livre e WEA, o tinnitus reapareceu na forma de blague, dando nome ao selo de rock’n’roll criado pelo produtor. “Era uma sacanagem, naquela ideia de fazer as pessoas ouvirem alto, bem alto”, diz ele sobre a iniciativa, que gravou discos de bandas como Karnak, Maurício Pereira, Nasi e os Irmãos do Blues e Wander Wildner.
E embora não afete sensivelmente a experiência de audição de Elson ou de Pena, o tinnitus virou um símbolo da preocupação com a qualidade sonora para ambos. O produtor revela não ter muita paciência com casas de show com qualidade ruim. “Se o som está muito distorcido, eu vou embora. Fico ali uns cinco minutos, entendo a informação musical, mas não consigo curtir o show. Som vagabundo dá dor de cabeça”, diz Schmidt. Já Elson passou a contar com um acessório importante. “Em todo show que eu vou, levo meu protetor auricular. Hoje não vivo sem, é até uma coisa psicológica, de conseguir curtir sem achar que tô prejudicando minha saúde.”
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