Rosa, azul, roxa, amarela… …segundo a TerraCycle Brasil, anualmente são produzidas 360 milhões esponjas sintéticas no Brasil. A maior parte tem vida curta e é rapidamente descartada.
Mas você sabia que a esponja usada pode ser reciclada?
Sim, mesmo usada a esponja pode ser reciclada – e isto está acontecendo em todas as unidades do Sesc SP. Por meio da parceria com o Programa Nacional de Reciclagem de Esponjas da TerraCycle Brasil, agora é possível encaminhar as esponjas, utilizadas nas áreas de limpeza e higienização das Comedorias e Cafeterias, para um destinação adequada. Tornando-se matéria prima para a produção de vários produtos plásticos.
A anatomia de uma Esponja
O uso da esponja como ferramenta para limpeza é datado desde a era antiga, quando eram utilizadas as esponjas marinhas e vegetais. O advento da esponja artificial deve-se à invenção do polyester e poliuretano, que teve uso comercial a partir da década de 50.
Demorou quase setenta anos para que a esponja se tornasse reciclável. Desde 2014 o Brasil ainda é o único país do mundo que recicla esse material.
O processo para reciclagem da esponja tem diversas etapas. A primeira é a moagem, fragmentando esse material em tamanhos menores. A etapa seguinte é a micronização, uma moagem ainda mais forte, que o transforma em algo parecido com um pó. O terceiro passo é a extrusão, que basicamente derrete esse pó e dá a ele um formato parecido com um grande “espaguete”, que logo em seguida é resfriado. Após tudo isso, o material é novamente moído, transformado em grânulos de plástico, que são enviados como matéria-prima para indústria, tomando a forma de lixeiras, pás, vasos, entre outros produtos.
Veja o processo completo no vídeo da TerraCycle:
Você também pode participar do Programa Nacional de Reciclagem de Esponjas da TerraCycle Brasil, clique aqui
Desde 2010, o Sesc SP tem se dedicado a destinar com responsabilidade todos os resíduos produzidos nas suas atividades. O programa Lixo: menos é mais® busca diminuir a geração de resíduos e destiná-los corretamente, além de desenvolver uma série de ações socioeducativas nas Unidades do Sesc SP tanto para o público interno quanto para os frequentadores.
Saiba mais sobre nosso programa nesse vídeo:
Reciclagem
Nas últimas décadas muito tem se falado sobre a importância da reciclagem, o uso responsável de bens naturais e o prolongamento da vida útil dos aterros. Entretanto, o ato de recolocar um produto ou matéria-prima no ciclo produção não é algo novo. No século XX a população europeia procurava borracha, metais, papel, madeira, latas e tecidos; matérias-primas escassas na época, no intuito de abastecer as necessidades da Segunda Guerra Mundial.
Após 1945, tivemos um grande avanço tecnológico e socioeconômico, além da urbanização crescente. Alguns resultados foram o aumento da capacidade de extração de matérias-primas, da produção de bens e estímulo ao hábito consumista.
Esse contexto desencadeou a substituição de itens duráveis por descartáveis, o fenômeno da obsolescência programada, fast fashion (tradução literal de moda rápida, onde a criação e estimulo por troca de roupas em um curto espaço de tempo é estimulado), acompanhada da condição de que consertar um objeto é mais oneroso do que comprar um novo. Essa mesma lógica comercial guia a reciclagem: se o custo do processo de transformação de um resíduo em matéria-prima for maior que o valor de venda desse material, então ele não será lucrativo o suficiente para ser considerado algo “aproveitável” pela indústria.
Entretanto, essa lógica não condiz com a sustentabilidade da vida no planeta. Em agosto de 2017, estudo da ONG Global Footprint Network e World Wildlife Fund (WWF) mostrou que estamos consumindo globalmente mais recursos naturais do que a capacidade de renovação no ciclo de um ano, gerando um déficit anual que destrói reservas naturais e acumula carbono na atmosfera.
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