“Lutar pelo direito de festejar, festejar o direito de lutar.”
Por Allan Kendy
Nessa edição, o FestA! busca investigar as relações entre arte e política através das manifestações culturais de movimentos organizados no Vale do Ribeira. Convidando artistas, educadores e lideranças comunitárias que refletem em seus trabalhos a luta por direitos e a construção de uma sociedade igualitária.
A abertura do evento conta com a intervenção urbana do artista plástico e grafiteiro Enivo, que estará pintando nos muros da unidade seus personagens com abordagem afrofuturistas – corrente de pensamento que busca retratar o protagonismo do povo negro na narrativa sobre arte, tecnologia e futuro. No mesmo dia inicia a oficina “Geografia e CNC: Criação de relevos do Vale do Ribeira em madeira”, debatendo as possibilidades da fabricação digital no ensino de geografia e um estudo sobre os relevos da região do Vale do Ribeira. As atividades de recreações ficam por conta do Undokai, gincana com jogos e brincadeiras que envolve toda a família, muito comum na confraternização de comunidades nipo-brasileira.
O primeiro final de semana é marcado pela intervenção artística no Espaço de Leitura: “Arpilleras: Mulheres atingidas no Vale do Ribeira bordando suas histórias”. Um conjunto de telas de tecidos costuradas pelas mãos de mulheres atingidas por barragem que ficará exposta durante o festival no espaço, seguido por um bate-papo com lideranças dos movimentos que defendem o território livre de barragens e o modo de vida tradicional quilombola.
Durante a semana, as atividades de iniciação artística acontecem todos os dias. Com oficina têxtil de Arpilleras: Bordando a própia história, ministrada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a oficina “Colagem Lambe-Lambe: arte urbana, consciência ambiental e ativismo”, articulado pelo Mova Coletivo e o movimento #PetarSemConcessão, que faz referência a história e as manifestações em defesa do PETAR – Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, onde será construído um painel artístico no Espaço de Tecnologias e Artes junto com os participantes.
O destaque fica para curso “Pensamento Visual: Desenhando diálogos na luta por direitos”, com carga horária de 8 horas dividido em 2 dias, o coletivo EntreLinhas junto com as lideranças das comunidades tradicionais estarão ministrando o curso introdutório de facilitação gráfica, explorando a potencialidade do pensamento visual como ferramenta no diálogo na luta por direitos, apresentando o contexto histórico do Fórum dos Povos e Comunidades Tradicionais do Vale do Ribeira.
O Festival do Aprender 2023, encerra no segundo final de semana com a oficina de tear do Quilombo Sapatu, ensinando a técnica tradicional do artesanato que utiliza fibras naturais encontrados na comunidade. Na atividade “Memória e Futuro desenhado: E se o Vale do Ribeira fosse nosso?” convidamos o público a dividir parte da sua história para ser desenhada por ilustradores e confabular utopias possíveis em busca de justiça social e a celebrar o direito de lutar por elas!
Confira a programação:
[Intervenção] Graffiti: Tecnologias, Artes e Afrofuturismo
Com Enivo
O muro do Sesc Registro recebe a arte de Enivo, artista visual e um dos principais nomes da cena do graffiti. Sua obra retrata o protagonismo da população negra através da estética afrofuturistas que tensionam as relações entre tecnologias, artes e futuro. O público poderá acompanhar o processo de pintura e interagir com o artista durante a ação.
Aberto ao público
Dias 7, 8 e 9/7. Sexta, sábado e domingo, 10h às 18h.
Muro do Sesc
[Atêlie] Undokai – Gincana FestA!
Com Danilo Sakuma
Undokai é uma gincana que une famílias inteiras com brincadeiras e jogos recreativos. Da informalidade de um dia com a família à interação entre comunidades, a proposta do Undokai eleva a simplicidade e a energia do brincar entre crianças, jovens e adultos.
Dias 7, 8, 9, 14, 15, 16/7
Sextas, 14h às 17h.
Sábados e domingos, 13h30 às 16h30.
Unidade
[Oficina] Geografia e CNC: Criação de relevos do Vale do Ribeira em madeira
Com Oficina Urutau
Como a fabricação digital pode contribuir para o ensino de geografia? Nessa atividade vamos apresentar conceitos básicos de geografia, formações geológicas e usar um relevo pronto do Vale do Ribeira feito em CNC Router, uma máquina controlada por computador usada para cortes, gravações e moldagem em madeira. Inscrições na central de atendimento. Vagas limitadas.
Dia 7/7, sexta, 15h às 19h.
Dias 8 e 9/7, sáábado e domingo, 10h30 às 12h30.
Espaço de Tecnologias e Artes
[Intervenção] Arpilleras: Mulheres atingidas do vale do ribeira bordando suas histórias
Com Coletivo de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
A mostra traz um conjunto de telas de tecidos, peças únicas costuradas por muitas mãos de mulheres atingidas por barragens. São Arpilleras que retratam a luta, organização, defesa do território e questões culturais das histórias de vida das mulheres atingidas e quilombolas do Vale do Ribeira.
Aberta ao público
De 8 a 16/7, 10h às 19h.
Espaço de Leitura
[Oficina] Construção de brinquedos e jogos de madeira
Com Oficina Urutau
Nessa atividade, construa os brinquedos “Jogo do Equilibrio” e “Muros e Arcos” em cada dia. Serão dadas orientações básicas sobre as regras e funcionamento dos jogos e fundamentos de marcenaria para que os participantes possam produzir e levar para casa. Inscrições na central de atendimento. Vagas limitadas.
Dias 8 e 9/7, sábado e domingo, 14h às 17h.
Espaço de Tecnologias e Artes
[Bate Papo] A realidade e lutas das populações atingidas por barragem no Vale do Ribeira
Com Coletivo de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e MOAB – Movimento dos Ameaçados por Barragens do Vale do Ribeira
A partir de um resgate histórico das arpilleras, será abordado o caráter transgressor desta técnica têxtil popular chilena, analisando algumas das caraterísticas do seu uso e apropriação por parte das mulheres parentes de desaparecidos/as durante a ditadura militar chilena (1973 – 1990), e como a experiência desenvolvida pelo Coletivo de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e do MOAB – Movimento dos Ameaçados por Barragens do Vale do Ribeira SP/PR traz a tona a realidade e lutas das populações atingidas por barragens na região do Vale do Ribeira, e como se dá a resistência e defesa dos territórios através da organização dos movimentos.
Aberto ao público
Dia 8/7, sábado, 15h às 17h.
Espaço de Leitura
[Oficina] Arpilleras: Bordando a própria história
Com Arpilleiras do MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens
Arpillera é um tipo de bordado em juta de origem chilena na qual as mulheres utilizavam desse tipo de bordado para denunciar as violações de direitos em seu país. Nesta oficina de bordado livre serão discutidas as questões técnicas não só referentes à costura, mas a experiência de construção de narrativas através da arte têxtil. Ao final cada participantes produzirá sua arpillera. Inscrições na Central de Atendimento. Vagas limitadas.
Dias 11 e 12/7, terça e quarta, 15h às 18h.
Sala Multipo Uso 2
[Oficina] Colagem lambe-lambe: Arte urbana, consciência ambiental e ativismo
Com Mova Coletivo e movimento #PETARsemCONCESSÃO
Os parques são áreas verdes destinadas para fins de conservação, pesquisa e turismo. Um bem comum fundamental para a conservação da biodiversidade e qualidade de vida da humanidade. Nessa atividade, vamos conhecer a história do PETAR – Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira e a importância da defesa e preservação do território e sua comunidade. Construindo com os participantes um painel de colagem lambe-lambe de papeis coloridos e imagens históricas que retratam a luta da população em defesa do parque, buscando despertar a consciência política através da arte. Inscrições na central de atendimento. Vagas limitadas.
Dias 11 e 12/7, terça e quarta, 18h30 às 21h30.
Espaço de Tecnologias e Artes
[Curso] Pensamento Visual: Desenhando Diálogos na Luta por Direitos
Com Coletivo EntreLinhas e lideranças do FPCTVR e EAACONE
Nesse curso introdutório de facilitação gráfica, vamos aprender o que é pensamento visual, suas potências e como ele pode ser usado no diálogo na luta por direitos. Apresentando como plano de fundo a história do FPCTVR – Fórum dos Povos e Comunidades Tradicionais do Vale do Ribeira e da EAACONE, organizações que atuam na articulação e fortalecimento da luta por direitos em comunidades tradicionais. Inscrições na central de atendimento. Vagas limitadas.
Dias 13 e 14/7, quinta e sexta, 15h às 19h.
Sala Múltiplo uso 3
[Oficina] Memória e futuro desenhado: E se o Vale do Ribeira fosse nosso?
Com Coletivo EntreLinha
Nessa intervenção, o Coletivo EntreLinhas estará registrando em desenhos um pedaço da sua história pra levar pra casa e fazendo uma reflexão sobre o direito a cidade. E se o Vale do Ribeira fosse nosso? Conta pra gente!
Grátis. Aberto ao público.
Dia 15/7, sábado, 13h às 17h.
Marquise
[Oficina] Artesanato Quilombola: A arte do quilombo Sapatu
Com Ivo Santos Rosa, do Quilombo Sapatu, de Eldorado/SP
Nessa atividade o público será convidado a criar peças em tear com técnicas utilizada pelas artesãs da comunidade Sapatu. Quilombo que fica em Eldorado-SP, cerca de 35 quilômetros do núcleo urbano do município. Integra a ampla rede de relações e legados das comunidades remanescentes de quilombo do Vale do Ribeira.
Dias 15 e 16/7, sábado e domingo, 15h às 17h.
Marquise
Clique para ver mais informações sobre as atividades.
Acesse o caderno de programação online com todas as atividades do mês de Julho no Sesc Registro.
Serviços:
FestA! – Festival do Aprender 2023
De 07 a 16 de julho
Programação completa no portal www.sescsp.org.br/registro
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