Festival Yesu Luso chega a sua 4ª edição em maio no Sesc 14 Bis

17/05/2024

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Programação reúne três espetáculos com artistas de Angola, Portugal, Guiné-Bissau e Moçambique.

Depois de uma espera de seis anos, o festival “Yesu Luso – Teatro e Outras Expressões Lusófonas” ganha sua 4ª edição em São Paulo no Sesc 14 Bis, entre os dias 22 e 31 de maio. A programação conta com três espetáculos e dois bate-papos e tem o tema “Oralidade e Expressão Oral”.

Os destaques incluem um espetáculo com o premiado escritor angolano Ondjaki; uma adaptação de um texto da celebrada escritora moçambicana Paulina Chiziane; e um trabalho trazido da Guiné-Bissau, país estreante no festival.

Foto: Divulgação
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O Festival Yesu Luso surgiu em 2015, na forma de um projeto-piloto no Sesc Bom Retiro, com curadoria da atriz brasileira Arieta Corrêa e do produtor português Pedro Santos e sua última edição aconteceu em 2018, com apresentações sempre lotadas. Desde então, os idealizadores têm lutado para tornar o festival uma programação permanente na cidade. 

O nome do evento é derivado de um dialeto moçambicano, no qual o termo “yesu” significa “nosso”; já a palavra “luso” é usada em referência ao próprio idioma.

E o tema da atual edição vem justamente ressaltar essa questão da oralidade que promove uma verdadeira união solidária entre todos os falantes da mesma língua. É o que propõe a Profª Dra. Nilza Laice, da Escola de Comunicação e Artes (ECA-USP), natural de Moçambique, no texto-manifesto da edição: “Quando combinadas, a oratória e as artes se tornam um veículo poderoso para transmitir mensagens de solidariedade. Canções, peças teatrais, pinturas e outras formas artísticas possuem a capacidade intrínseca de despertar empatia, provocar reflexões e instigar ação.  Elas transcendem as limitações da linguagem verbal, atingindo um nível emocional mais profundo, e oferecem uma plataforma para a expressão coletiva de ideias solidárias e a busca por soluções colaborativas para questões sociais”, explica a pesquisadora sobre o tema do festival.

Foto: Divulgação
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A primeira atração do festival é a performance “O Telhado do Mundo”, um encontro entre o escritor angolano Ondjaki, o pianista português Filipe Raposo e o artista visual português António Jorge Gonçalves. 

Sinopse: Este espetáculo é o encontro de três linguagens que se entrelaçam para nos contar uma história. Construção em tempo real de uma narrativa desdobrada em três dimensões – escrita, desenhada e tocada – seguindo uma estrutura prévia, mas aberta a todas as ocorrências no seu desenrolar. Jogo de tema e variação, contraponto e cumplicidade.  Uma reunião de três criadores premiados, e só a título de exemplo, Ondjaki, foi vencedor do Prémio Saramago em 2013, com Os Transparentes; Filipe Raposo, recebeu o Prémio Fundação Amália Rodrigues para o seu primeiro disco First Falls; e António Jorge Gonçalves, Prémio Nacional de Ilustração 2014 com o livro Uma Escuridão Bonita. 

Quando:  22 e 23 de maio, às 20h 

Classificação: livre 

Ficha Técnica:  

Ondjaki: Texto | Filipe Raposo: Piano | António Jorge Gonçalvez: desenho 

Foto: Divulgação
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Já o espetáculo moçambicano Nas Mãos de Deus, com texto original de Paulina Chiziane e Maria do Carmo Silva e adaptação e direção de Lucrécia Paco

Sinopse: Nas Mãos de Deus, é uma história sobre espiritualidade, hábitos e costumes de um povo. Toda essa miscelânea de mistérios, personificam-se no corpo de Alice Mazume, uma mulher que inesperadamente recebe visita dos espíritos dos seus antepassados, em forma de vozes. Para livrar-se destes, decide consultar vários profissionais como médico tradicional, psicólogo, espíritas, mas de nada adianta.  

Quando:  25 e 26 de maio, no sábado, às 20h, e no domingo, às 18h 

Classificação: Livre 

Ficha Técnica 

Adaptação: Lucrécia Paco | Texto original: Paulina Chiziane e Maria do Carmo Silva | Direção: Lucrécia Paco | Elenco: Angelina Chavango, Eunice Mandlat e Fermina da Neta | Músicos – Celso Durão, Cristalino Manjate | Filmagem e edição – Grande Homem TVM

Foto: Divulgação
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O ator e autor bissauense Atcho Express retrata sua infância e juventude na Guiné-Bissau no solo autobiográfico Civilizado. 

Sinopse: “Confuso” é um nome “falante”, correspondente ao cidadão em conflito com o sistema social e vice-versa. Neste monólogo, há a tentativa de descoberta do mistério que é existir, e ser/estar “Confuso” tendo apenas como meio de expressão a Performance Teatral. O objeto escolhido para constar em palco, é uma palmeira, identificadora de um território e, consequentemente, de uma origem, um signo da terra. Monólogo autobiográfico do ator Atcho Express, retratando a sua infância e juventude na Guiné-Bissau. Um retrato realista da vida naquele país. 

Quando:  30 e 31 de maio, quinta-feira, às 18h e sexta-feira, às 20h 

Duração: 95 minutos 

Classificação: 14 anos 

Ficha Técnica:  

Autor do texto: Atcho Express | Produção: Atores Associados | Encenadores: Atcho Express | Técnico de Som e Luz: Iano Camará | Desenho de Luz: Klemente Tzamba | Voz off: André Mendes (Lagartixa Mpasmadu) |Cenário: Atcho Express/Pape di nha rasa, Ector Cassama, Edsom Ferreira | Música: Mû Mbana

SERVIÇO 

Festival Yesu Luso – Teatro e Outras Expressões Lusófonas 

Quando: 22 a 31 de maio 

Sesc 14 Bis – Rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista Acessibilidade: o teatro e toda a unidade são acessíveis a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

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