O acesso à informação possibilita o rompimento de inúmeras barreiras. E por mais paradoxal que pareça, em uma época de amplo acesso à internet, informações sobre gênero, sexualidade e saúde sexual ainda parecem estar muito distante das pessoas. Considerando o público jovem, que já nasceu conectado e que domina as ferramentas de busca e acesso, é ainda mais espantoso verificar a ausência de conhecimento acerca desta temática, assim como a aderência a fontes de desinformação.

Neste cenário, o Sesc Carmo iniciou no mês de maio, o projeto “Para + informações…”, ação com a qual pretende gerar percepções, reflexões e conhecimento de modo a diminuir estigmas, por meio da troca de informações e à superação de preconceitos.

Memorial Incompleto da Aids 
Nos dias 3 e 5 de maio, o Sesc Carmo e o Coletivo Contágio realizaram uma oficina com o historiador Marcos Tolentino, do Acervo Bajubá, sobre o Memorial incompleto da Aids, um projeto de registro de memórias sobre a epidemia de HIV/Aids no Brasil e seus impactos subjetivos, políticos e culturais. Na atividade, os participantes trabalharam as referências e as memórias individuais sobre a epidemia de HIV/Aids para, a partir delas, discutir quais narrativas históricas produzidas e apontando possíveis rupturas e/ou continuidades entre exercícios individuais e coletivos de produção de sentidos sobre as experiências do viver e/ou conviver com o HIV.

Bixa Didática: Casca Polpa e Caroço
No dia 4 de maio, a atividade extrapolou os limites da unidade e se estendeu para o território, numa ação arte-pedagógica voltada para professores e coordenadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Duque de Caxias, na Baixada do Glicério.

Conduzida pelo artista, dramaturgo e também professor Franco Fonseca a atividade se deu com o objetivo de produzir respostas sociais e reflexões por parte dos educadores, a partir da visibilidade e do fortalecimento político, poético e pedagógicos das questões de gênero e sexualidade em ambiente escolar.

Ser artista LGBTQIA+: Desafios para os “mal-nascidos “da arte 

O que é ser um artista lgbtqia+ da cena hoje? Como pensar e afirmar as dissidências num teatro que muitas vezes insiste em ser reprodução do cânone normativo? Como restituir autonomia de sujeito a corpos quase sempre tratados como objetos pela dramaturgia? 

Essas foram algumas das provocações e reflexões colocadas em pauta durante o bate-papo “Ser Artista Lgbtqia+: Desafios para os ‘Mal-nascidos’ da Arte”, realizado pelo Sesc Carmo e pelo Coletivo Contágio na Casa 1, no último dia 6 de maio, com a participação de Ronaldo Serruya, escritor, dramaturgo e ator, que pesquisa a questão Queer nas artes cênicas e, desde 2016 estuda as relações entre arte e HIV/ Aids. 

Em junho, a programação do Para + Informações continua. Acompanhe a programação em sescsp.org.br/para+informacoes e na página do Sesc Carmo.