“Eu não consigo me ver tomando chibatada
Roupa rasgada, na mata violentada
Brasil, o primeiro em miscigenação
Mistura de raça camufla a história da nação
Algemas no punho e nos pensamentos
Ainda somos escravos, mesmo não querendo
A luta continua, só você não vê
Abra os olhos, que ninguém abrirá pra você”
O trecho acima pertence à música “Falsa Abolição”, da rapper, historiadora, arte educadora, modelo, turbanista e influenciadora digital, Preta Rara. Joyce Fernandes adotou Preta Rara como nome artístico devido ao apelido que ganhou, carinhosamente, da mãe, por gostar de coisas “diferentes”.
A rapper, que por 7 anos trabalhou como empregada doméstica e sofreu muitos preconceitos, hoje não se priva de dizer o que pensa e principalmente de transmitir o que aprendeu. Em seu trabalho apresenta histórias e denuncia o racismo e a violência que o povo negro sofreu e ainda sofre. Segundo Preta, ser mulher negra é “ser resistência”, mas antes de resistir é preciso existir e isso ela faz por meio da arte, da música e de seu corpo, que também considera um ato político.
Preta Rara conversou com a Revista E Online, lembrou como se descobriu negra e falou sobre a solidão da mulher negra e sobre a importância do movimento negro na sociedade.
“Eu descobri muito cedo que era negra, na escola, quando vários grupinhos se formaram e eu fiquei sozinha. Olhei para meu braço e foi naquele momento que eu vi que era diferente dos outros alunos.”
De 13 de maio a 20 de novembro, todas as unidades do Sesc oferecem ações artísticas, reflexivas, experimentais e formativas que abordam as lutas, conquistas, manifestações e realidades do povo negro.
Acompanhe a programação completa aqui.
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