Resumo
Poucos conceitos da teoria crítica são tão polêmicos e mal compreendidos quanto o conceito de “indústria cultural”. Ora confundido com um conjunto de bens culturais, ora utilizado como adjetivo para desautorizar obras específicas, o conceito parece evocar uma espécie de elitismo da crítica dialética da cultura responsável por afastar leitoras e leitores da tradição legada pela Escola de Frankfurt. O artigo recupera alguns momentos do conceito e de sua releitura a partir das obras de Theodor W. Adorno e Max Horkheimer e de seus críticos do mundo anglófono, como Fredric Jameson, Susan Willis, Susan Sontag e Mark Fisher, entre outros. O objetivo é reapresentá-lo sob o caráter prismático que o caracteriza, bem como explorar outros aspectos (potenciais) de seu desenvolvimento: sua relação com as construções de gênero e raça, com o imperialismo cultural e com a chamada “revolução digital” recente. Trata-se de ressaltar que a “indústria cultural” é uma agenda de pesquisas em aberto, que submete a crítica contemporânea a novos desafios.
Palavras-chave: Indústria Cultural. Theodor W. Adorno. Fredric Jameson. Susan Willis. Susan Sontag.
Abstract
Few concepts in critical theory are as controversial and misunderstood
as the concept of “culture industry.” Often confused with a set of
cultural goods, or used as an adjective to discredit specific works of art,
the idea seems to evoke a kind of elitism of the dialectical critique of culture
responsible for estranging readers from the tradition bequeathed by
the Frankfurt School. This article recovers some moments of the concept
and its reinterpretation based on the works of Theodor W. Adorno and
Max Horkheimer and their critics in the English-speaking world, such as
Fredric Jameson, Susan Willis, Susan Sontag, and Mark Fisher, among
others. My aim is to reintroduce it under the prismatic character that
characterizes it, as well as explore other (potential) aspects of its development:
its relationship with gender and race constructions, with cultural
imperialism and with the latest so-called “digital revolution”. The aim is
to emphasize that the “culture industry” is an open research agenda that
imposes new challenges to contemporary criticism.
Keywords: Culture Industry. Theodor W. Adorno. Fredric Jameson. Susan Willis. Susan Sontag.
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