Entre 3 e 7 de outubro, acontece em São Paulo o Fórum Internacional de Diplomacia Cultural e Cooperação Internacional, um evento presencial com realização Sesc por meio de seu Centro de Pesquisa e Formação para promover a reflexão sobre as diversas possibilidades da cooperação cultural por meio da diplomacia e das relações locais e internacionais, trazendo perspectivas e experiências de personalidades de diferentes áreas do campo cultural do Brasil e exterior.
Com o tema “A cooperação cultural internacional como pilar da alteridade e do respeito às diferenças culturais”, a mesa de abertura às 19h30 traz dois expoentes da gestão cultural em seus países: o Diretor Regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda (Brasil), e Paulo Pires do Vale (Portugal), Comissário do Plano Nacional das Artes. Eles falam sobre os diferenciais e desafios na atualidade das relações internacionais promovidas pela cultura por meio de suas trajetórias e experiências profissionais.
Como gestor desde 1984 do Sesc São Paulo, instituição múltipla e de atuação consagrada na promoção e difusão cultural na capital e interior, o filósofo e cientista social Danilo Santos de Miranda é um observador privilegiado de interações internacionais no campo da cultura, seja no debate das políticas culturais e de cooperação como na realização de eventos e iniciativas em São Paulo que incluem nomes relevantes das artes e da cultura de outros países.
“O que caracteriza o trabalho no campo da cultura, tanto na amplitude dos modos de vida quanto no domínio das artes, ou seja, nas dimensões antropológica e sociológica, tem a ver com um conjunto de valores que guiam, ou deveriam guiar, as proposições das atividades culturais. São eles: o viver junto, a diversidade, o respeito mútuo, a liberdade, a alteridade, a dignidade (de habitar bem, de comer bem, de fruir o tempo livre), entre outros aspectos que garantem uma ideia de bem viver ou de ampliação da qualidade de vida.”
“Por isso, a cooperação internacional desenvolvida pelo Sesc é um princípio constitutivo de uma concepção de cultura democrática, libertária, crítica e inventiva. Enquanto perspectiva do mundo e da vida humana integrada à ação contínua e permanente”, declara Danilo Santos de Miranda, dando uma pista de sua abordagem no debate do dia 3 de outubro.
Já o filósofo, professor universitário, ensaísta e curador Paulo Pires do Vale é desde 2019 o Comissário do Plano Nacional das Artes de Portugal, um projeto dos Ministérios da Cultura e da Educação daquele país com vigência até 2029 e o objetivo
de promover “a transformação social, mobilizando o poder educativo das artes e do patrimônio na vida dos cidadãos: para todos e com cada um”, educando e sensibilizando os alunos a partir da experiência artística e do patrimônio cultural.
“O PNA nasce com o desejo de tornar mais acessível a cultura, as artes e o patrimônio aos cidadãos, em particular aos cidadãos em idade escolar. Diria que não o faz simplesmente porque fica bem sabermos mais sobre cultura, mas porque acredita no poder transformador das artes e do patrimônio na vida. […] Nesse sentido, a construção de cada um, a compreensão de cada um, o conhecimento de cada um necessita desse depósito da humanidade que é o patrimônio, material e imaterial, essa construção contínua da humanidade e da sua identidade, que são as artes […].”
“Ou seja, o grande propósito do PNA é deitar abaixo muros. Falava do muro das disciplinas, do muro entre as instituições culturais e as escolas, e não apenas entre as escolas e as instituições culturais. Muito facilmente, ao institucionalizarmos também criamos e levantamos muros […] e o grande propósito é deitar abaixo e quebrar estes muros” falou Pires do Vale na conferência digital “Museus e Responsabilidade Social – Participação, Redes e Parcerias” (2021).
Pensando a declaração no âmbito da mesa de 3 de outubro, a internacionalização da compreensão de cultura, arte e patrimônio integra a visão de Pires do Vale na derrubada dos muros que bloqueiam a troca cultural entre regiões e países.
A mesa “A cooperação cultural internacional como pilar da alteridade e do respeito às diferenças culturais” acontece no dia 3 de outubro, às 19h30. Todos os eventos do Fórum Internacional de Diplomacia Cultural e Cooperação Internacional são presenciais e acontecem no CPF Sesc São Paulo (Rua Dr. Plínio Barreto, 285. 4º andar – Bela Vista). Para participar, basta se inscrever no site do CPF Sesc São Paulo. Os valores são R$ 60 (inteira), R$ 30 (meia) e R$ 18 (credencial plena Sesc).
O Fórum Internacional é o primeiro de uma série de encontros organizados por um
grupo de pensadores e gestores culturais reunidos no projeto Brasil Cultura 23-30,com coordenação de Maria Helena Cunha e Marta Porto e curadoria conjunta equipe do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo.
Para se inscrever, é só clicar aqui.
Fórum Internacional de Diplomacia Cultural e Cooperação Internacional – Presencial
3/10 a 7/10
Segunda, das 19h30 às 21h30.
Terça a Sexta, das 11h às 12h30.
Valores
R$ 18,00 – credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 30,00 – pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 60,00 – inteira
O Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo está localizado na rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar. Bela Vista – São Paulo.
Utilizamos cookies essenciais para personalizar e aprimorar sua experiência neste site. Ao continuar navegando você concorda com estas condições, detalhadas na nossa Política de Cookies de acordo com a nossa Política de Privacidade.