A partir dos 6 meses de vida do bebê, a introdução complementar de novos alimentos pode ser iniciada. Esse é o momento oportuno para apresentar, por meio da alimentação, sabores, texturas e aromas.
No entanto, mesmo com o acréscimo de novos alimentos, a amamentação deve ser mantida sempre que for possível. “Ela deve continuar até 2 anos ou mais, pois é a base para uma introdução alimentar plena”, orienta a nutricionista Karine Durães. Como em outros temas ligados à primeiríssima infância, é preciso ter calma e paciência. O bebê de 6 meses, afinal, ainda é um iniciante no mundo do comer.
Quando o bebê está pronto?
Embora os 6 meses sejam um marco temporal para começar a introdução alimentar de novos alimentos, é preciso observar se o bebê já está pronto. Os principais sinais são a sustentação do pescoço e do tronco. “Antes de iniciar a oferta de alimentos, é fundamental verificar se a criança apresenta prontidão para comer”, afirma a nutricionista Maria Luiza Petty.
No caso de o corpo do bebê já indicar que ele está pronto para iniciar esse processo, é valioso observar os sinais de fome e saciedade, que variam de acordo com a idade. Ao percebêlos, a pessoa cuidadora deve responder de forma “ativa, carinhosa e respeitosa”, como orienta o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos (Ministério da Saúde), oferecendo o alimento quando o bebê demonstrar sentir fome e parando quando demonstrar que está satisfeito a partir das suas diversas formas de expressão.
O que oferecer?
Variedade importa: um bebê que aprende a comer uma diversidade de frutas, verduras, legumes, feijões, entre outros alimentos in natura e minimamente processados, tem maiores chances de se tornar um adulto consciente e autônomo para boas escolhas alimentares.
“Também é fundamental ofertar os alimentos separadamente – e não batidos, todos misturados – para que já possa aprender os diferentes sabores do que estão comendo”, ensina Maria Luiza. O sal deve ser usado em quantidades muito pequenas. “Em relação ao suco de frutas é preferível sempre oferecer as frutas in natura em vez dos sucos”, orienta Maria Luiza.
Alimentos ultraprocessados (formulações industriais fabricadas a partir de diversas técnicas de processamento e ingredientes) não devem ser oferecidos aos bebês, como os biscoitos, refrigerantes, salgadinhos “de pacote”, sucos adoçados. Como também não devem ser ofertados doces, peixes e carnes cruas, pois são alimentos que podem ser prejudiciais à saúde nessa faixa etária.
Um momento de convivência
Toda a família deve ser envolvida com a alimentação do bebê, apoiando na escolha dos alimentos, no preparo do cardápio e interagindo durante as refeições. Como ensina o Guia, alimentar um bebê é uma tarefa coletiva e deve ser compartilhada por todos os integrantes da família. É um momento de “aprendizagem para todos”.
O ato de se alimentar tem muitos significados, por isso a comensalidade, o comer junto, é tão importante também nessa fase. A família pode sentar-se à mesa, com o bebê, conversar, elogiar a comida, provar os alimentos e incentivar sempre o bebê a entender esse momento como uma oportunidade de embarcar conjuntamente nas ricas descobertas da alimentação.
O ambiente familiar é um espaço para promoção da alimentação adequada e saudável. Relações de afeto fortalecem vínculos e propiciam segurança nessa fase de grandes aprendizados, que repercutirão por toda a vida.
Do Peito Ao Prato
Realizado pelo Sesc São Paulo, o projeto Do Peito ao Prato aborda a importância da alimentação adequada nos dois primeiros anos de vida, reconhecendo-a como decisiva para a saúde nesta faixa etária e com reflexos por toda a vida adulta. A programação ocorre concomitante à Semana Mundial do Aleitamento Materno, de 1 a 7 de agosto.
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