Que rostos e feitos foram deixados à margem da história oficial do Brasil?
Seja nos movimentos de independência, na luta pelo fim da escravidão ou na formação cultural do país, o espaço urbano guarda as memórias – por vezes, ocultas – do protagonismo de homens e mulheres de luta como Maria Felipa de Oliveira, Luísa de Mahin, Luíz Gama, Lima Barreto e Dionísio Barbosa.
Nos 200 anos da independência do Brasil, o Coletivo Coletores pesquisa as histórias que a cidade pode contar e, com a exposição itinerante ‘Matrizes Insurgentes’, faz um contraponto com a narrativa linear da história – contada como se todos os eventos tivessem acontecido em uma ordem lógica -, propondo um processo de reescrita crítica dessa história.
Durante quatro dias, um ledtruck – veículo equipado com uma estrutura de painéis de led – percorre diferentes regiões da cidade exibindo imagens, textos e animações, compartilhando reflexões com o público diretamente nos locais de referências históricas.
O trajeto acontece entre 12h e 18h, levando a intervenção ao público presente naturalmente na cidade, em deslocamento, e pode ser visitada em pontos de parada específicos:
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A ação integra o projeto “Diversos 22 – Projetos, Memórias, Conexões”, ação em rede do Sesc São Paulo, em celebração ao Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e ao Bicentenário da Independência do Brasil em 1822. Oferece atividades artísticas e socioeducativas, programações virtuais e presenciais em unidades na capital, interior e litoral do estado de São Paulo, com o objetivo de marcar um arco temporal que evoca celebrações e reflexões de naturezas diferentes, mas integradas e em diálogo, acerca dos projetos, memórias e conexões relativos à efeméride, no sentido de discuti-los, aprofundá-los e ressignificá-los, em face dos desafios apresentados no tempo presente.
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Formado em 2008 na periferia da zona leste da cidade de São Paulo pelos artistas e pesquisadores Toni Baptiste e Flávio Camargo, o Coletivo Coletores tem como proposta pensar as cidades como meio e suporte para suas ações utilizando diferentes linguagens visuais e tecnológicas, discutindo temáticas ligadas às periferias, apagamentos históricos/culturais, assim como o direito à cidade.
Toni Baptiste, mestre em Ciência da informação pela ECA-USP, é artista multimídia que atua na intersecção entre arte, tecnologia e direito à cidade.
Flávio Camargo é formado em Artes Visuais com especialização em Designer gráfico pela FAU-USP. Artista multimídia, designer e educador, trabalha a partir de poéticas de intervenção e ocupação da cidade.
O Coletivo Coletores já participou de diferentes projetos e exposições ligados à arte, tecnologia e cidade em instituições como o Museu da Língua Portuguesa, FILE SP, FONLAD Portugal, Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, Instituto Moreira Salles, Sesc São Paulo, Red Bull Station, CCSP, British Council e Bienal internacional de Arte Contemporânea de Dakar, além de ser indicado ao MVF Awards 2021 e ser contemplado com o ProAC Artes Visuais 2021, Arte Pará 2022 e receber o Prêmio PIPA 2022.
Espetáculo foi destaque no Sesc Bom Retiro
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