Na agitação da vida cotidiana, encontrar um momento de paz interior pode parecer um imenso desafio. Mas e se lhe dissessem que dentro de você existe um refúgio de calma, um lugar onde o barulho do mundo se dissipa em silêncio?
O nome disso é meditação, uma prática milenar que traz benefícios transformadores, e que é muito mais simples do que se imagina.
Segundo o professor de yoga de Birigui, Luciano Couras, “observar é meditar”. Você pode focar a mente em um único ponto e ficar ali, observando. Pode ainda olhar o que tem ao redor e comtemplar aquele cenário. “Se eu ficar num único ponto, uma árvore, por exemplo, é concentração. Se eu esqueço a árvore e olho tudo o que tem em volta dela, é contemplação. Meditar é isso, fica entre concentrar e contemplar”, explica.
A diferença principal é que o foco não é fora, mas dentro de si. “Pode ser minha respiração, pode ser meu corpo, minha coluna… eu vou entrando nesse centramento, nessa concentração, como se eu quisesse me ancorar. Às vezes me ancoro na respiração, às vezes no corpo, na postura que estou e vou observando o meu corpo, minha mente. O restante vem pela prática”, explica o professor de yoga.
Diferente do pensamento comum, meditar não é cessar os pensamentos, mas sim diminuir o fluxo deles, não se apegar a cada ideia que surge.
Couras compara o cérebro a um “macaco louco” que salta de pensamento em pensamento incessantemente, e a meditação é a prática de direcionar esse macaco interior com comandos conscientes.
Por que é tão difícil meditar então?
Couras atribui essa dificuldade à falta de familiaridade cultural com a prática e à ausência de treinamento. No entanto, ele enfatiza que todos têm a capacidade de meditar, e a chave está em querer se comprometer com essa jornada interior.
Um dos aspectos mais marcantes da meditação é sua capacidade de cultivar um “silêncio no meio do barulho”. Em um mundo onde o estresse e as preocupações são constantes, a meditação oferece um caminho para recuperar a calma, a saúde mental e até a saúde física.
Isso porque, segundo Couras, o estresse pode sobrecarregar o sistema imunológico, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Ao praticar a meditação regularmente, podemos fortalecer nossa resiliência emocional e melhorar nossa saúde geral, porque o corpo não estará concentrado mais em combater o estresse.
Como começar
Para aqueles que desejam iniciar sua jornada de meditação, Couras oferece algumas dicas simples. Observar a respiração é um ponto de partida acessível e eficaz. Respirar pelo nariz, em vez da boca, permite um fluxo mais suave e relaxante de ar. Fechar os olhos ajuda a desviar a atenção do mundo exterior, facilitando o foco interno. E, embora a posição das pernas e das mãos possa variar, o cerne da meditação permanece inalterado.
Meditar não é uma busca por um estado de perfeição, mas sim um compromisso em estar presente consigo mesmo, mesmo no meio do tumulto da vida, porque a vida e o mundo não vão se silenciar. É um convite para descobrir o silêncio que reside dentro de nós, uma pausa tranquila em meio à loucura do mundo moderno. Então, que tal reservar alguns minutos do seu dia para se conectar consigo mesmo e explorar o poder transformador da meditação?
Inspira
O Sesc São Paulo realiza até o próximo dia 21 de abril a 7ª edição do Inspira – Ações para uma Vida Saudável, projeto vai além de uma simples celebração da saúde, mas um convite para uma jornada de autodescoberta e bem-estar.
Durante dez dias, o Sesc Birigui realiza vivências diárias chamadas Pílulas meditativas: práticas de autorresgate, comandadas por Luciano Couras. São 30 minutos dedicados à meditação, na Tenda Zen, montada especialmente para a prática.
Confira os horários em www.sescsp.org.br/birigui
Texto: Aline Galcino / Foto: Rodrigo Griggio
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