Desde 1994, o Sesc São Paulo e o Museu da Pessoa desenvolvem juntos o projeto Memórias do Comércio, que busca conhecer as dinâmicas do comércio no Estado de São Paulo.
As edições foram realizadas em São Paulo – capital (1994, 2012, 2016), Araraquara e São Carlos (2000), Baixada Santista (2002), Vale do Paraíba (2004) e Campinas (2009). Ao longo desse período, foram registradas em vídeo 263 narrativas de vida de comerciantes, comerciários e pessoas envolvidas nessa atividade; e reunidos mais de mil fotos e documentos digitalizados e catalogados, parte deles provenientes dos acervos particulares dos entrevistados. Esse material foi apresentado ao público em sete exposições nas respectivas cidades e regiões.
As pesquisas e memórias registradas buscam contribuir para reflexões sobre desenvolvimento urbano, a transformação de costumes, as levas migratórias e imigratórias, as transformações nos espaços de troca em nossa sociedade e outros.
O acervo está integralmente disponível para consulta no site do Museu da Pessoa e em breve nos canais do Sesc SP.
A seguir, é possível conferir os oito livros publicados a partir dessas pesquisas:
Em 2021, concluiu-se a mais nova edição do projeto, com levantamentos sobre as cidades de Bauru, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, do oeste paulista. Além de uma pesquisa histórica sobre o desenvolvimento do comércio nessas localidades, foram realizadas 93 entrevistas em vídeo do tipo “história de vida”.
Ao longo de vários meses, os pesquisadores percorreram lojas de rua, mercados, galerias e shopping centers distribuídos nos principais bairros das cidades, buscando a diversidade nas atividades comerciais e no perfil dos entrevistados. Esse novo conjunto está disponível em http://memoriasdocomercio.com.br/
“O objetivo era verificar de que forma o comércio ajudou a dinamizar e a desenhar os espaços urbanos e, assim, influenciou no desenvolvimento dessas metrópoles regionais”, afirmam Claudia Leonor Guedes de Azevedo Oliveira, coordenadora do projeto, e Rosana Miziara, responsável pelas relações institucionais do Museu da Pessoa. “Ao registrar as memórias de comerciantes, comerciários e prestadores de serviços, pudemos – ao tempo em que viajávamos para o passado e compreendíamos a estruturação e crescimentos dessas cidades – entender o quão dinâmico é o setor e o quanto este dinamismo se reflete no desenvolvimento das cidades. Um olhar especial nesta etapa foi o registro dos desafios e aprendizados trazidos pela pandemia do novo coronavírus”, completam.
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