Festival MIRADA acontece em setembro – conheça a história do festival de artes cênicas

05/08/2024

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O espetáculo Discurso de Promoción, com o grupo Yuyachkani, na edição de 2022 do Festival Mirada. Foto: Madeleine Alves

O Mirada, Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, que chega à sua sétima edição este ano, foi criado em 2010 para dar palco à pluralidade de estéticas e pesquisas em artes cênicas nos países da América Latina e Península Ibérica. 

Realizado pelo Sesc São Paulo, não é à toa que o festival tem como sede a cidade de Santos: com seu porto, Santos tem uma vocação natural para ser ponto de encontro e de chegada das culturas que formam a Ibero-América.

A cada edição o Mirada tem um país homenageado. Nesta sétima edição, o posto cabe ao Peru, com sua cultura fervilhante e ousadia nas artes cênicas, representada por grupos como o Grupo Cultural Yuyachkani e o Antares Teatro.

Um rápido passeio pelas edições anteriores, seus países homenageados e seus destaques nos permite revisar a história recente e frutífera do Mirada – e aquecer os olhos e o espírito para a edição deste ano, que vem aí:

O espetáculo argentino Lote 77, do diretor Marcelo Mininno, foi exibido na Casa da Frontaria Azulejada

2010 – a primeira edição estabeleceu algumas características que se mantiveram ao longo das edições seguintes: um país homenageado (a Argentina), a duração estendida (10 dias); o panorama rico (30 espetáculos, com 18 produções internacionais e 13 nacionais) e a ocupação não só do Sesc Santos, mas também de pontos icônicos da cidade (o Porto, o Teatro Guarany e a Casa da Frontaria Azulejada).

2012 – com 38 espetáculos, o festival homenageou o México – que teve sete trabalhos na programação – e transbordou para as cidades vizinhas de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Praia Grande e São Vicente.

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A instalação 13 Sonhos (ou somente um atravessado por um pássaro), do colombiano Teatro Odeon, foi montada no estacionamento do Sesc Santos. Foto: Corina Assis

2014 – a edição homenageou o Chile e teve 40 espetáculos, intervenções, atividades formativas e infantis – estas últimas percorreram Bertioga, Cubatão, Guarujá, Praia Grande, São Vicente e Peruíbe.

2016 – a quarta edição versou sobre a capacidade da arte de reagir às realidades políticas e sociais contemporâneas, sem perder de vista a poética e a estética. Foram 43 espetáculos e a Espanha foi o país homenageado, com oito trabalhos na programação.

2018 – o país homenageado foi a Colômbia, que teve nove espetáculos inéditos no Brasil encenados aqui por ocasião do festival. A edição também marcou a estreia da Nicarágua entre os países participantes.

2021 – excepcionalmente realizado como uma ocupação, devido à pandemia de covid 19, o Mirada 2021 foi realizado em novembro e lançou um olhar para a criação cênica ibero-americana com aberturas de processos de criação e transmissões de obras ao vivo e gravadas.

Em 2022, o Centro Cultural Português recebeu o espetáculo Ensaio para uma Cartografia, da atriz, encenadora e diretora portuguesa Mónica Calle. Foto: Renato Coelho

2022 – no ano do bicentenário da Independência, o país homenageado foi Portugal. De 36 espetáculos, 9 tiveram o país ibérico como origem. Na pauta, temas
como a ditadura do regime salazarista e a colonização.

As memórias das edições anteriores também estão disponíveis na plataforma Sesc Digital. No link, estão compilados catálogos e vídeos produzidos para o Festival ao longo de sua existência.

Em breve todas as informações da edição 2024 do Mirada, que acontece entre 5 e 15 de setembro no Sesc Santos, estarão disponíveis no site sescsp.org.br/mirada

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