Foto: Fabiano Maranhão
A congada, congado ou congo é uma manifestação cultural, social e religiosa, de origem africana, na qual os grupos, denominados “ternos de congado”, saúdam santos, coroam reis e dialogam com outros grupos, por meio da dança e da manipulação de objetos simbólicos (como bandeiras ou estandartes) .
Como forma de resistência e com falas de liberdade, a congada vem para lembrar os antepassados, rememorar reinados africanos e recontar histórias de seus ancestrais, por meio de festejos, coroações, desfiles, guardas, missas, almoços coletivos e diversas outras atividades. Esta manifestação, atravessa a temporalidade dos séculos, conecta o presente e aponta para o futuro. Nos dias atuais, está vivíssima em grande parte do território brasileiro.
Minas Gerais conta com mais de mil grupos reconhecidos, que, com festas o ano todo, agregam pessoas de todas as idades. Dentre eles, está o Moçambique Estrela Guia, que traz uma grande influência dos ritmos de Moçambique e Gana. Por meio de instrumentos como o patangome e o gunga, eles contam histórias da época da escravidão.
Os Moçambiques possuem funções rituais sagradas no contexto da manifestação cultural e religiosa das Congadas: são eles que fazem as cantorias de louvações, além de puxar e proteger os coroados, ou seja, reis e rainhas, príncipes e princesas. Eles são os guardiões das coroas dos reinados congadeiros e, em quase todos os lugares, são responsáveis pelo hasteamento e descida dos maçarandás, os mastros que portam em seus ápices imagens dos santos devocionais.
Assumem uma função importante para todos os grupos de congado. São símbolos, referenciais e identidade. Sem eles a festa não ocorre. É no estandarte ou na bandeira que se acredita estar presente a energia protetora de todo o grupo, a qual é identificada no desempenho das pessoas responsáveis pela sua condução. Como matrizes comunicacionais, servem de porta de entrada em desfiles e cortejos.
Hoje em dia, as bandeiras e os estandartes são bem trabalhados, bordados e estilizados, mas nem sempre foram assim. Durante décadas passaram por muitas transformações, pois antes eram de panos de linho, sacos de moá, confeccionados até com palhas de milho, ornamentados com linhas de cipó e linhas de folhas de bananeira.
Saiba mais aqui.
Dentro do ciclo Percursos da Tradição e com um festejo pelas unidades do Sesc São Paulo, o Moçambique Estrela Guia convida a todas e a todos a participarem do cortejo, seguido de bate-papo.
Se liga na agenda:
20/ 04 – Sesc Piracicaba
21/04 – Sesc Campinas
4/05 – Sesc Osasco
5/05 – Sesc São Carlos
18/05 – Sesc Sorocaba
19/05 – Sesc Bom Retiro
Utilizamos cookies essenciais para personalizar e aprimorar sua experiência neste site. Ao continuar navegando você concorda com estas condições, detalhadas na nossa Política de Cookies de acordo com a nossa Política de Privacidade.