Entre os dias 13 e 27 de março de 2024, aconteceu no Sesc Carmo a quarta edição do Mulheres Plurais, projeto que busca promover um diálogo sobre a diversidade da experiência feminina. Esta foi a primeira vez que a unidade recebeu o evento, que até então acontecia no Sesc Registro.

Ariane Carvalho, técnica responsável pelo Mulheres Plurais, comentou: “O projeto é construído sob uma perspectiva pluriversal, explorando as diferentes manifestações artísticas e suas linguagens, dialogando sobre muitos ‘femininos’ possíveis, em lugares de celebração e luta, afetos e resistência”.

Com o tema “Entre Elas”, o Mulheres Plurais deste ano destacou as potências afetivas das mulheres e refletiu sobre o conceito tradicional de feminilidade. As atividades começaram no dia 13 de março, com uma visita a exposição “Mulheres em Luta!” no Memorial da Resistência, e terminaram no dia 27 de março, com um bate-papo sobre afetos, seguido de um pocket show com a cantora Ellen Oléria. O projeto também trouxe apresentações como o show da cantora Bia Ferreira, que animou o restaurante do térreo da unidade, e o espetáculo de circo “Tons”, com Bárbara Francesquine, que levou cores e bambolês para a Praça João Mendes, no centro da cidade de São Paulo.

A quarta edição do projeto também contou com programações de literatura, como o Clube de Leitura, com mediação da escritora Marina Ruivo, que refletiu junto ao público presente sobre o livro “As Guerrilheiras”, de Monique Wittig. Também aconteceu a Fllesbi+: Feira itinerante de cultura e literatura sáfica, que trouxe editoras, empreendedoras e atividades como oficinas de escrita e autopublicação, além de bate-papos sobre temas relacionados à cultura sáfica.

Sobre a importância do Mulheres Plurais, Ariane completa: “O projeto se faz necessário e potente para a desconstrução de estereótipos, preconceitos e diferentes formas de violência que operam sobre as mulheres, tendo como base um diálogo que não tem como proposição discutir as vertentes dos movimentos feministas, tampouco categorizar as violências aos diferentes corpos, mas sim um diálogo horizontal, conduzido pelo respeito e pelo princípio da equidade.”