Existe um antigo ditado que diz: “todo dia é dia de feira”. Mas os domingos têm um gostinho especial, né? Domingo de feira é quase uma tradição brasileira, uma dessas práticas tão antigas que ninguém sabe direito como começou, mas que a gente vai repetindo como um mantra. Acordar cedo, separar a sacola retornável, abrir a porta de casa e sair para buscar alimentos fresquinhos, saudáveis e gostosos, para preparar uma refeição de dar água na boca.
No último domingo (5), o Sesc Guarulhos recebeu sua primeira feira de produtos orgânicos e agroecológicos! Com produtores da cidade e também da grande São Paulo, a praça de convivência foi ocupada por cores, sabores e cheiros. Além das tradicionais frutas e legumes, as verduras, grãos, compotas e mudas dividiram o espaço lado a lado, chamando atenção para a beleza e frescor dos alimentos de base agroecológica.
A iniciativa busca promover a alimentação adequada e saudável ao ampliar o acesso a ingredientes frescos, saudáveis, sazonais e sem o acréscimo de defensivos agrícolas, além de diminuir a distância entre o agricultor e o consumidor. A ação contribui para o desenvolvimento econômico dos agricultores familiares, responsáveis por 70% dos alimentos que vão para a nossa mesa todos os dias.
Conversamos com alguns dos agricultores, produtores e feirantes que fizeram com que a nossa primeira feira agroecológica fosse muito especial. Vem conhecer os rostos e histórias por trás do produtos que estavam nas bancas clicando nos cartões a seguir:
Moisés Vidal, 47 anos
Não é difícil andar pela feira e escutar “e aí, Seu Moisés!”. Junto da esposa, Eli, Moisés Vidal comercializa orgânicos em feiras há cerca de dois anos, mas mora em Guarulhos há dez anos. Moisés é nordestino, comprou um sítio em 2006 e comercializava por lá. Quando surgiu a oportunidade de trabalhar na feira, ele e a esposa passaram a oferecer seus produtos orgânicos nestes espaços. “Os alimentos que a gente tá comercializando são produção da gente”, diz.
Neide Maria Soares da Silva Carvalho, 42
“Eu moro no sítio Santo Antônio e os meus produtos eu trabalho manipulando diretamente, porque eu gosto e eu mudei a minha vida pra fazer isso”, explica uma sorridente Neide Maria. A feirante, que está terminando a faculdade de administração, explica que trabalhava como gerente de restaurante, mas não conseguia conciliar o trabalho, muito cansativo, com os estudos. O marido estava começando no ramo de orgânicos e ela decidiu ajudar. “A gente foi criado e cuidado em sítio, e a gente sempre teve contato com coisas gostosas e saudáveis. A gente planta, cuida, colhe e vende”. Neide trabalha e mora em Atibaia, mas adorou a oportunidade de vir até Guarulhos.
Ana Júlia Bernardo Silva, 43
“A gente começou com a produção de mel, de uma forma bem caseira, bem rústica”, explica Ana Júlia. Animada, ela explicava para cada um que parava diante de sua banquinha sobre os benefícios do mel que produz. “Depois, fizemos um curso, e hoje a gente traz mel, pólen, própolis e manteiga”, conta. Vinda de Mogi das Cruzes, ela também contou como as abelhas transformaram suas produções orgânicas. “Desde que a gente trouxe as abelhas para o sítio, todas as nossas frutas mudaram, pela polinização. Então as frutas estão mais doces. Temos uma Jaqueira, tem abacate, então mudou o conjunto todo”.
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Durante o mês de outubro, as conexões entre comida, saúde e cultura são temas de atividades em todas as unidades do Sesc São Paulo. Acompanhe a programação e conteúdos exclusivos em sescsp.org.br/experimenta
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