Os efeitos extremos das mudanças climáticas na sociedade

29/05/2024

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Mudanças climáticas refletem e intensificam desigualdades sociais, raciais, étnicas, de gênero e geracionais

POR LUNA D’ALAMA

Leia a edição de JUNHO/24 da Revista E na íntegra

Tragédias climáticas, como a que o Rio Grande do Sul enfrenta desde o fim de abril, não são apenas desastres naturais, mas eventos também causados pela intervenção humana, cada vez mais frequentes. Um dos estados mais ricos do Brasil foi parcialmente destruído por uma enchente histórica e um deslocamento sem precedentes, que atingiu mais de dois milhões de gaúchos e desabrigou ou desalojou mais de 77 mil pessoas, na capital e em mais de 450 municípios. Os impactos desses eventos ambientais extremos têm sido ainda maiores sobre as populações mais vulneráveis, como indivíduos pobres, negros, mulheres, crianças e idosos, comunidades indígenas, quilombolas, pescadores, agricultores familiares e quem vive em áreas de risco. Segundo levantamento do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), mais de 80 comunidades tradicionais têm sofrido as consequências das inundações no Sul, impactando oito mil indígenas das etnias Guarani Mbya, Kaingang, Xokleng e Charrua, em cerca de 50 municípios.

Houve, ainda, denúncias de tentativa de estupro, abuso de vulneráveis e importunação sexual contra mulheres e crianças que haviam sido levadas para abrigos no Rio Grande do Sul. De acordo com pronunciamento de Reem Alsalem, relatora especial sobre violência contra mulheres e meninas da Organização das Nações Unidas (ONU), feito em 2022, “a mudança climática não é só uma crise ecológica, mas fundamentalmente uma questão de justiça, prosperidade e igualdade de gênero intrinsicamente ligada e influenciada pela desigualdade e discriminação estruturais”. Em meio a desastres ambientais, mulheres estão mais expostas a violações, como tráfico e exploração sexual, além de terem 14 vezes mais chances de morrer em comparação aos homens.

Em todo o Brasil, de acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), 80 milhões de pessoas em 1.942 cidades vivem expostas a eventos climáticos extremos. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima trabalha agora em um plano de prevenção chamado pela ministra Marina Silva de “UTI climática”.  Além disso, o sexto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado em 2023 pela ONU, revela que as pessoas mais atingidas pela crise ambiental são as que menos contribuem para o aquecimento do planeta. “Porém, nas regiões mais pobres e marginalizadas, o número de mortes por calor, secas, enchentes e tempestades foi 15 vezes maior, na última década, do que nas regiões com mais infraestrutura”, aponta a jornalista e ativista ambiental Mariana Belmont. “Não é mais aceitável que haja mobilização dos governantes apenas nos momentos de tragédias. Políticas públicas de adaptação, mitigação e reparação climática devem ser tratadas como prioridade no orçamento da União, de estados e municípios, priorizando as áreas de risco e os direitos humanos”, defende.


O Sesc Interlagos, em parceria com o projeto Menin@s da Billings, realizou a atividade Navegação a barco e à vela pela ação Nós – Criação, Trabalho e Cidadania, em abril passado. Foto:
Rejane Pereira

Para o enfrentamento de desigualdades sociais, raciais, étnicas, de gênero e geracionais durante a crise climática, Belmont destaca, ainda, a necessidade de se criar e implementar políticas de longo prazo para democratização do acesso à terra, além de políticas habitacionais, de urbanização e regularização fundiária destinadas às populações negras e periféricas. “Também precisamos lembrar que atividades empresariais contribuem, significativamente, para eventos climáticos extremos. As empresas, portanto, devem ser chamadas à ação”, reforça. A jornalista também pontua a parcela de responsabilidade e ação que cada um de nós deve ter nesse contexto, seja com a questão do lixo, da alimentação ou da tomada de consciência. “É fundamental entendermos nossa vida real e como esse cotidiano está conectado aos estragos nas cidades”, ressalta.

A arquiteta e urbanista Raquel Rolnik, professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP), concorda que as recentes transformações do clima têm incidido com maior força sobre populações e moradias vulneráveis, localizadas em morros sujeitos a deslizamentos ou em construções às margens de córregos ou rios. “Esse processo está diretamente relacionado à concentração de renda e, sobretudo, a um modelo de desenvolvimento urbano que jamais acolheu as necessidades habitacionais dos mais pobres. Não por acaso, essas áreas consideradas de risco reúnem populações predominantemente não brancas, que muitas vezes são removidas de seus lares sem compensações financeiras e sem garantia de acesso a locais adequados e seguros”, explica Rolnik. Esse ciclo acaba gerando, portanto, novas ocupações vulneráveis a eventos extremos.

A professora da FAU-USP recorda as tragédias de Angra dos Reis (RJ), em 2002; do Morro do Bumba, em Niterói (RJ), em 2010; de Petrópolis (RJ), em 2011; e de São Sebastião (SP), que deixou 65 mortos em 2023. “Pessoas atingidas por essas catástrofes estão esperando até hoje por soluções definitivas de moradia. Diante do enorme desafio das mudanças climáticas, o modelo brasileiro de urbanismo, com favelas e comunidades inteiras sem recursos financeiros e de infraestrutura, continua reproduzindo desigualdades”, afirma. Após o temporal e deslizamentos de terra em São Sebastião, no litoral norte paulista, por exemplo, os mais ricos saíram da região de helicóptero, pagando até R$ 30 mil pelo transporte. “Enquanto isso, as pessoas mais atingidas e prejudicadas foram os moradores dos morros, que acabaram, inclusive, sendo culpabilizados pela situação que os atingiu”, lembra.


O projeto Reciclorgânico, braço do Movimento de Defesa das Favelas (MDF), atua na região de São Mateus, zona Leste da capital paulista, com ações em defesa do meio ambiente, como oficinas sobre reciclagem, hortas e construção de cisternas caseiras, com o objetivo de conscientizar a população de baixa renda sobre as mudanças climáticas, seus impactos e como podemos contribuir para a mitigação e adaptação a esses fenômenos. Foto: Getúlio Carvalho

RACISMO AMBIENTAL

Organizadora do livro Racismo ambiental e emergências climáticas no Brasil (Oralituras, 2023), a jornalista Mariana Belmont conta que o termo “racismo ambiental” foi cunhado na década de 1980, pelo ativista afro-americano Benjamin Franklin Chavis Jr., durante protestos por justiça ambiental na Carolina do Norte (EUA). Os manifestantes eram contrários à instalação de um aterro sanitário para resíduos tóxicos em um território majoritariamente negro. “O racismo ambiental é reflexo da violação histórica de um povo escravizado por mais de 300 anos nas Américas e de uma sociedade encabeçada por uma elite branca e supremacista que se organizou para manter esses corpos à margem. É uma discriminação institucionalizada, que diferencia indivíduos, grupos e comunidades com base na raça e na cor da pele”, explica Belmont.

Segundo a ativista, não são apenas pessoas pretas e pardas as atingidas pelo racismo ambiental, mas também as de ascendência asiática, povos indígenas, quilombolas, ciganos, refugiados, migrantes, apátridas e outros grupos marginalizados por raça ou etnia. “A crise climática é também humanitária, e tem impacto direto na vida dessas populações. Negar o racismo ambiental, em um país com quase 54% de pessoas pretas e pardas, é negar a realidade nas periferias das grandes cidades, a história de urbanização do Brasil e suas profundas desigualdades territoriais”, analisa.

Na visão de Belmont, o racismo ambiental e as injustiças que ele acarreta privam as populações periféricas e marginalizadas de humanidade e de direitos básicos. “O racismo ambiental evidencia uma construção social que determina como alguns grupos são mais relevantes que outros para a ciência e para as políticas públicas”, pontua. A jornalista cita a Rede por Adaptação Antirracista, formada por organizações da sociedade civil, movimentos negros, ambientalistas, periféricos e de direitos humanos, como um bastião na luta pela revisão urgente do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima e por mais políticas públicas nesse sentido.

Outra voz ativa no combate ao racismo ambiental é Amanda Costa, diretora executiva do Instituto Perifa Sustentável, conselheira do Pacto Global da ONU e integrante da Rede Vozes Negras pelo Clima, coletivo nacional formado por 11 mulheres em defesa do meio ambiente e dos territórios. “Sou uma mulher preta da periferia, moradora da Brasilândia, zona Norte de São Paulo, e decidi atuar como porta-voz da minha comunidade e da juventude brasileira. As mudanças climáticas são uma realidade em todo o mundo, ainda mais visível entre os empobrecidos e marginalizados. Falar desse tema, portanto, é lutar pelo meu presente, pelo meu futuro e pelo daqueles que represento”, diz Costa, formada em relações internacionais. Quando era pequena, a ativista morava em um puxadinho na casa da avó, e a cozinha inundava sempre que chovia muito.

Citada na lista Forbes Under 30 em 2020/21, a conselheira do Pacto Global da ONU destaca que os bairros periféricos da capital paulista carecem de mais vegetação e, por conta dessa ausência de áreas verdes, as temperaturas sobem mais (até 12º C, segundo pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-Inpe) que em regiões arborizadas, como Pinheiros, Jardins, Higienópolis e Morumbi. “As mudanças climáticas também impactam nossa saúde de forma geral. Sofremos mais com doenças respiratórias, por conta da poluição e das ondas de calor. Isso sem falar nas doenças, como dengue, febre amarela e hepatite A.

Além disso, muitos idosos acabam morrendo em decorrência do excesso de calor, e nos atestados de óbito são descritas outras causas”, alerta Costa. De acordo com a diretora executiva do Instituto Perifa Sustentável, quando se olha para questões estruturais de raça, gênero e classe, fica muito evidente e tangível o racismo ambiental. A ativista lembra que a Rede Nossa São Paulo publica anualmente, desde 2012, o Mapa da Desigualdade, com dados dos 96 distritos da capital. Na edição de 2023, Alto de Pinheiros, na zona Oeste, ficou com a maior pontuação, e Capão Redondo, na zona Sul, com a menor.

Desde 2017, Costa já rodou o mundo para discutir a agenda climática global. Viajou para países como Estados Unidos, Alemanha, Polônia, Egito, Escócia, Inglaterra, Chile e Emirados Árabes Unidos, para trocar conhecimentos com outras lideranças jovens que têm tido ideias e projetos para transformar suas comunidades. “Sempre sonhei em fazer a ponte entre o global e o local – como diz a ONU: ‘pense globalmente e aja localmente’ – e democratizar a pauta climática. Dou palestras, crio conteúdos, faço formações online e projetos de educomunicação, pois acredito que não dá para enfrentar a crise climática sem o protagonismo das mulheres pretas, indígenas e quilombolas. Esse é um debate decolonial, precisamos de soluções que venham da base, dos territórios, dos que sofrem os piores impactos e as consequências das mudanças climáticas”, reflete.

A jovem ainda é colunista de veículos como Nós, Mulheres da Periferia, Um Só Planeta e Agência Jovem de Notícias. “A Brasilândia, por exemplo, quase não é falada na mídia, mas tem cerca de 300 mil habitantes. Ainda assim, é um dos distritos mais sub-representados na Câmara Municipal. Quero continuar morando nesse lugar, e que as políticas públicas cheguem até ele. É o território onde nasci, cresci, onde vive minha família. Quero desenvolver e transformar minha região, enquanto as demais pessoas – sobretudo, brancas – precisam reconhecer sua responsabilidade nessa luta e entender que esse processo de exclusão, marginalização e silenciamento é histórico e estrutural”, conclui.

DESAFIOS URBANOS

Segundo a arquiteta e urbanista Raquel Rolnik, o grande desafio das cidades e dos governantes, daqui para a frente, é garantir moradias adequadas e seguras para todos. “Isso implica repensar o modo de organizar os centros urbanos, o modelo carbocêntrico (centrado na emissão de carbono) e rodoviarista dos transportes que utilizam combustíveis fósseis. Nosso padrão de produção é ainda muito carregado de emissões de carbono (em São Paulo, 61% vêm do transporte), e para transformar esse cenário temos que repensá-lo”, afirma. É preciso rever, ainda, a relação das cidades com a natureza, com a geografia preexistente, aponta Rolnik. “Devemos buscar soluções baseadas na própria natureza. Em vez de canalizar um rio e construir uma avenida por cima, a gente deve pensar que o espaço do rio tem que continuar existindo”, considera.

Questões como o desmatamento de vegetações nativas, a destruição de biomas e a poluição de rios e do ar também precisam ser consideradas para conter o avanço de eventos climáticos extremos. Outro ponto a ser reconsiderado, de acordo com Rolnik, é o energético. “Com as altas temperaturas, que não se restringem mais aos verões, nossa arquitetura se tornou dependente de aparelhos de ar-condicionado, gastando enormes quantidades de energia elétrica. Precisamos apostar numa arquitetura que não demande tanta energia, que a conserve. E investir em fontes renováveis. Infelizmente, a gente mal começou a discutir isso”, avalia. 

PROJETOS INSPIRADORES

Várias iniciativas na capital paulista buscam ajudar o meio ambiente e, assim, frear os impactos desiguais dos eventos climáticos extremos. Um desses projetos é o Menin@s da Billings, que iniciou suas atividades em 2014, na região da represa Billings, no extremo sul de São Paulo. A ONG oferece passeios e atividades de sensibilização ambiental às margens da represa. O educador ambiental Will Silva, vice-presidente da entidade, conta que o Menin@s da Billings utiliza a estrutura do Parque Linear Cantinho do Céu, no Grajaú, para desenvolver mutirões de limpeza mensais, plantio comunitário de espécies nativas da Mata Atlântica (como jatobá, manacá-da-serra e mulungu), construção de lixeiras sustentáveis, embalagens para as mudas e pranchas de surfe ecológicas (com garrafas PET e canos de PVC).

“Estamos falando da maior represa urbana do planeta, que atravessa sete municípios ao longo de 127 quilômetros quadrados. Já chegamos a recolher 600 kg de resíduos em uma única ação, incluindo fraldas, animais mortos, louças de banheiro, entulhos de obras e plásticos”, enumera Silva. A ONG também possui um barco-escola, com o qual realiza trabalhos de educação ambiental com estudantes, influenciadores digitais e turistas. “As pessoas tomam consciência, passam a ter atitudes diferentes, aprendem sobre a importância de separar o lixo, reduzir o consumo em geral, inclusive o de água, e de não descartar materiais poluentes nas ruas. Além de melhorar a qualidade de vida, ativamos o turismo de base comunitária na região”, completa. Mudar a mentalidade, porém, é um trabalho de formiguinha, um processo de construção gradual para esta e as próximas gerações, segundo Silva.

Outros dois projetos atuam na zona Leste de São Paulo com resíduos orgânicos. O Movimento de Defesa das Favelas (MDF), por exemplo, tem um braço ambiental que abrange a ação Reciclorgânico, no distrito de São Mateus. Segundo Getúlio Mendes de Carvalho, educador socioambiental do MDF, a pauta ambiental entrou no radar do movimento há mais de uma década, mas tem ganhado protagonismo nos últimos anos com a incidência cada vez maior de ondas de calor, temporais e enchentes atingindo as 100 famílias nas três favelas que o projeto atende. “O Reciclorgânico envolve a coleta de resíduos orgânicos (sobras de vegetais e animais) e a transformação deles em adubo e compostagem, com foco na educação ambiental. Fazemos formação porta a porta, e deixamos baldes de 20 litros, semanalmente, com instruções para separação. Temos oito composteiras, na região de Ribeirão Preto (SP), para onde vai todo esse lixo”, explica Carvalho.

De acordo com o educador, a coleta de lixo orgânico e a seletiva não passam de maneira adequada nessas regiões periféricas. O resultado são vielas e córregos cheios de resíduos, que são revirados por cachorros e que também favorecem a proliferação de doenças como a dengue. “Na capital, 50% de todo o lixo doméstico é orgânico. Se o destinarmos corretamente, já resolvemos a metade do problema. Cerca de 30% é reciclável e 20% são rejeitos que realmente devem ir para os aterros sanitários”, detalha.

Já o projeto Varre Vila atua no distrito de São Miguel Paulista, extremo leste da capital, com limpeza e manutenção de ruas, praças e quadras comunitárias. De acordo com Sergio Gomes Correia, assistente social, coordenador e articulador local do Varre Vila, antes da iniciativa havia pontos viciados de descarte irregular, com caçambas acumulando entulhos, madeiras, sofás, carcaças de animais, e muitas moscas ao redor. “Há 12 anos, iniciamos os mutirões de limpeza na cidade, e já retiramos mais de 60 caçambas cheias. Também apresentamos o projeto no interior do estado e em capitais como Curitiba, Maceió e Aracaju”, revela Correia. O importante, segundo o assistente social, é repensar como gostaríamos que fossem nossos territórios e, a partir daí, fazer uma mobilização coletiva para trazer mais qualidade de vida a pessoas e ambientes abandonados pelo poder público. “Oferecemos também palestras em escolas e em Unidades Básicas de Saúde (UBS), pois onde tem lixo tem bicho (como o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, e ratos transmissores de leptospirose). Não podemos naturalizar essas situações, deixar os terrenos baldios acumulando entulhos. Em um único mutirão no Itaim Paulista, chegamos a retirar 13 toneladas de descartes. Nosso slogan é 5 minutos podem mudar uma vila/vida, pois não aceitamos mais ser exterminados diariamente nessa guerra”, finaliza o coordenador do Varre Vila.

Diante do enorme desafio das mudanças climáticas, o modelo brasileiro de urbanismo, com favelas e comunidades
inteiras sem recursos financeiros e de infraestrutura, continua reproduzindo desigualdades

Raquel Rolnik, arquiteta e urbanista

Clima de mudança

De 4 a 23 de junho, Sesc São Paulo realiza nova edição do projeto Ideias e Ações para um Novo Tempo, voltado a iniciativas socioambientais com impactos positivos nos territórios

Criado em 2012, o projeto Ideias e Ações para um Novo Tempo é realizado de 4 a 23 de junho, em 31 unidades do Sesc na capital paulista, Grande São Paulo, interior e litoral. Essa ação tem como objetivo identificar iniciativas socioambientais nos territórios onde as unidades estão presentes, além de promover atividades e conteúdos educativos que reúnam experiências transformadoras da realidade, numa perspectiva ética e sustentável.

Com o tema “Em clima de mudança”, esta edição evidencia mobilizações coletivas com resultados positivos nos locais em que atuam. A programação inclui cerca de 160 atividades inspiradoras (entre oficinas, cursos, bate-papos e encontros presenciais e online), que buscam ajudar a combater efeitos climáticos e orientar o público sobre soluções possíveis para obter mais qualidade de vida e bem-estar em seus territórios.

Segundo Denise Baena, gerente da Gerência de Educação para Sustentabilidade e Cidadania do Sesc São Paulo, a forma cada vez mais intensa e constante com que as mudanças climáticas se impõem sobre a vida das pessoas, especialmente aquelas que vivem em situação de vulnerabilidade social, torna urgente o debate e a proposição de medidas concretas de adaptação, mitigação e reparação de impactos ambientais. “O Sesc São Paulo quer somar essa a inúmeras outras iniciativas já em curso. Ideias e Ações para um Novo Tempo destaca o protagonismo de agentes e projetos socioambientais na construção da agenda positiva do clima”, ressalta.

Confira alguns destaques da programação:

IPIRANGA

Captação de água de baixo custo

Oficina de construção de cisterna doméstica para armazenar água das chuvas a partir de materiais acessíveis, com Florar – Educação para Sustentabilidade.

Dia 9/6, domingo, às 14h.
GRÁTIS.

14 BIS

Na feira também tem! Agroecologia e impactos das mudanças climáticas

Pequenos agricultores(as) compartilham seus saberes no cultivo de alimentos.

Dia 16/6, domingo, das 10h às 15h. GRÁTIS.

JUNDIAÍ

No clima das abelhas sem ferrão

Oficina com Eduardo Prata, da Ibi – Abelhas do Brasil, na qual os participantes exploram aspectos da vida desses polinizadores.

Dias 16/6, domingo, e 22/6, sábado, das 14h às 16h.
GRÁTIS.

SANTO ANDRÉ

Produções e práticas do comum: América Latina, entre extrativismos e resistências

Os participantes compartilham estratégias para aproximar diferentes práticas em torno de temas comuns que envolvem conflitos socioambientais no nosso continente.

Dias 18, 19, 20, 21 e 25/6, terça a terça, das 19h às 21h. GRÁTIS.

SANTOS

Ativismo climático – Protagonismo das juventudes

Oficina com Paulo Galvão, do Engajamundo, para construir, coletivamente, possíveis caminhos e soluções para o enfrentamento das mudanças climáticas.

Dia 19/6, quarta, das 10h às 12h e das 15h às 17h, e dia 20/6, quinta, das 9h às 11h. GRÁTIS.

Mais informações em
sescsp.org.br/ideiaseacoes

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