10/11/2022
Pra Cego Ver: Foto horizontal colorida. Duas crianças, usando coletes com o logo do Sesc, usam lupas para observar uma planta num dia ensolarado. Fim da descrição. Foto: Estevão Salomão
Seja por uma trilha suspensa, seja com o pé na terra, ou observando águas e aves, o contato com a natureza é essencial para a saúde e para desenvolvermos uma relação mais profunda com o ambiente natural. Pensando na difusão permanente da educação para a sustentabilidade, dentro de suas ações as unidades do Sesc São Paulo desenvolvem diversas atividades para a promoção da contemplação da natureza e o olhar atento, associado ao aprendizado socioambiental e ao bem estar.
Algumas dessas ações propõem trilhas e visitas guiadas pelas áreas verdes das unidades, a partir do trabalho de mediação dos Agentes de Educação Ambiental, educadores de diversas áreas do conhecimento, que desenvolvem as atividades socioambientais oferecidas nas unidades do Sesc.
“São propostas de vivências, que priorizam a interação e o olhar do público a partir de dinâmicas que aguçam a curiosidade, com práticas de observação e investigação. Ao mesmo tempo se pretendem momentos lúdicos e prazerosos, que possam fortalecer o vínculo e a afetividade com as áreas naturais”, comenta Liliane Batista, socióloga e Agente de Educação Ambiental no Sesc Interlagos, que tem atividades como a Mirada das Aves e Trilha Billings.
As experiências são abertas a todas as pessoas, mas um dos públicos bastante recorrentes nessas propostas são escolas. Liliane comenta de relatos de professoras sobre a importância de tais vivências em uma realidade na qual o contato com o verde é cada vez mais escasso, além da percepção de mudanças de comportamentos de crianças a partir da relação com as áreas verdes, como diferenças na interação no ambiente fechado da sala de aula em comparação à postura nas atividades ao ar livre no Sesc, mostrando-se mais comunicativas e interessadas.
“A interação com as crianças é sempre um presente para o desenvolvimento da própria visita mediada. Cada uma que passa pela vivência contribui com um novo olhar sobre a natureza da qual fazemos parte, nesse encontro sincero e verdadeiro. As crianças se empolgam com a liberdade de estar em meio a natureza, explorando esse universo de possibilidades”, diz Eduardo Lobo, gestor ambiental e Agente de Educação Ambiental no Sesc Thermas de Presidente Prudente. Ele ressalta que a lembrança dessas vivências prazerosas servem como referência positiva em suas memórias quando o assunto é natureza, sustentabilidade, ecologia.
Sobre as vivência FlorEstar no Bosque, Lobo fala sobre a busca por ressaltar a importância das áreas verdes em prol da qualidade de vida da população e como o bosque é uma grande sala de aula com grande potencial educador, como as demais áreas verdes urbanas. “O “FlorEstar no Bosque” convida cada participante a observar e interagir com a natureza, entendendo que somos capazes de intervir na realidade e que, portanto, é possível, necessário e urgente construirmos juntos cidades mais verdes e biodiversa”, completa.
Confira abaixo estas e outras atividades para planejar uma visita e se aproximar da natureza!
Para mais informações sobre as atividades, como datas, horários e agendamentos, clique no título de cada uma.
Nas visitas mediadas os participantes são convidados a uma experiência de reconexão com a natureza. Por meio de atividades contemplativas, educativas e lúdicas, podem conhecer mais sobre os caminhos das águas e as espécies da flora e da fauna que habitam a região. Os roteiros das visitas são estruturados de acordo com o perfil de cada grupo atendido, com dinâmicas e oficinas específicas.
O contato com a natureza de forma segura e sem barreiras. A Trilha do Sentir, na Reserva Natural Sesc Bertioga, propõe o acesso às pessoas com e sem deficiência, permitindo conhecer a floresta em variadas alturas e perspectivas.
As visitas são realizadas em um deck suspenso, feito em madeira, com bancos e áreas de descanso em diversos trechos, além de recursos de acessibilidade como corrimãos em diferentes alturas, guia de balizamento e placas táteis.
A trilha é de nível leve e a visita mediada é guiada por Agentes de Educação Ambiental da unidade. Além disso, é possível fazer a visita de maneira auto guiada. A reserva também possui outros espaços destinados à fruição e a atividades educativas.
Acesso pela Av. Francisco Soto Barreiro Filho (antiga Av. do Canal), 1.117, no Maitinga.
Com acessibilidade física, tátil e Braille.
Nesta atividade, convidamos você a conhecer uma trilha em meio à Mata Atlântica reflorestada no Sesc Interlagos. Por aqui, você encontrará uma sinalização com silhuetas de aves colocadas diretamente sobre os galhos e troncos, com informações sobre espécies encontradas por aqui e até mesmo a possibilidade de ouvir suas vocalizações. Haverá também notas evolutivas sobre fauna e flora, num diálogo direto com a exposição Darwin, o original, em cartaz no Sesc Interlagos a partir de 05 de março/2022.
Um lugar para passarinhar, garantia de observação divertida e criativa. O projeto é realizado em parceria com o Avistar Brasil, maior encontro de observadores de aves da América Latina.
Realizada em parceria com o Avistar Brasil a intervenção Trilhas de Darwin apresenta notas evolutivas relacionadas às aves, instaladas na extensão de uma das trilhas da unidade, levando a exposição para o lado de fora do prédio. A intervenção busca provocar o olhar darwiniano do público, ao propor um exercício de observação das espécies de aves locais e a relação do que se vê com os temas e conteúdos apresentados nas placas que remetem a diferentes aspectos do universo das aves como a morfologia, habitat, hábitos alimentares e outros comportamentos. A ideia é que o público se sinta como um verdadeiro naturalista, criando uma relação com a fauna e flora do Sesc Interlagos.
Trilha mediada pela equipe de Agentes de Educação Ambiental em área de recomposição de Mata Atlântica às margens da represa Billings, passando por matas ciliares, áreas de nascente, lagos e pelo Bosque das Araucárias. Durante o trajeto é possível observar a biodiversidade local e suas interações ecológicas, aspectos da flora e fauna, e refletir sobre temas socioambientais importantes para o nosso contexto: perspectivas históricas e urbanísticas de construção da represa Billings; manutenção das áreas verdes urbanas; conservação ambiental; recomposição florestal; e o papel das florestas na produção de água, proteção dos mananciais, na regulação do clima e manutenção da vida.
Nesta visita o público poderá conhecer a instalação interativa Observatório da Paisagem Sesc Interlagos, um conjunto de painéis fotográficos que ajudam a compreender aspectos da hidrografia, geografia, áreas verdes e ocupação urbana do extremo sul de São Paulo.
Nesta atividade o público é convidado a percorrer o caminho das águas no Sesc Interlagos, passando por áreas de nascente, matas ciliares, pequeno curso d’água e lago central, até chegar ao Mirante Billings, excelente local para contemplação da represa. Um dos pontos do trajeto é a exposição Água Viva, um conjunto de instalações que estabelece a relação entre água e resíduos e a problemática do tempo de decomposição dos diferentes materiais. Durante o percurso é possível abordar diversos temas relacionados à água, suas dinâmicas ecológicas, sua relação com a floresta e os modos de cuidado e conservação deste elemento fundamental à vida.
Atividades que convidam o público a se apropriar das áreas verdes da Unidade, estimulando a reflexão sobre a importância dessas áreas nos grandes centros urbanos. As vivências são ministradas pelas e pelos Agentes de Educação Ambiental para grupos agendados.
Opção de vivências:
Passeio Verde: Caminhada para observação da flora. A partir de 12 anos.
Observatório Itaquera: Observação da natureza e áreas urbanas da Área de Proteção Ambiental do Carmo. A partir de 12 anos.
Trilha da Samambaiaçu: Observação de espécies da Mata Atlântica em risco de extinção. De 06 a 12 anos.
Caminho das águas: Observação da natureza com o recorte da hidrografia da Área de Proteção Ambiental do Carmo. A partir de 6 anos.
De onde vem, pra onde vai?: Observação dos ciclos da natureza. 6 a 12 anos. (a depender das condições da horta)
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