Pé de quê?

28/08/2024

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Cambuci, araçá, grumixama… Conheça árvores frutíferas que fazem parte da flora paulistana  

Por Luna D’Alama 

Leia a edição de SETEMBRO/24 da Revista E na íntegra

Você já caminhou pela cidade de São Paulo observando – e saboreando – as árvores frutíferas ao seu redor? A relação da capital paulista com sua flora é tão importante que a botânica está presente nos nomes de vários bairros e distritos: Pinheiros, Cambuci, Aricanduva, Ibirapuera, Pirituba e Sapopemba, entre outros. Só no Ipiranga, um dos bairros mais arborizados de São Paulo, podem ser encontradas diversas espécies nativas e não nativas, como urucum (Bixa orellana), aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius), jenipapo (Genipa americana), amora-branca (Morus alba), pitanga (Eugenia uniflora), goiaba (Psidium guajava) e romã (Punica granatum).  

Segundo o biólogo e educador ambiental Gabriel Brito, fundador do projeto Oloco Bichoo: Integração e Conscientização, passeios por áreas verdes ajudam a reforçar nossa memória biocultural. Isso acontece por meio da partilha de conhecimentos e da reconexão com a natureza. No mês em que se celebra a chegada da primavera, estação em que muitas das plantas ficam mais vistosas, conheça seis árvores frutíferas que colorem a flora da capital paulista. 

UVAIA 


Nome científico:  
Eugenia pyriformis  

Origem do nome popular:  
Vem de iwa’ya ou yba’ia, que em tupi-guarani quer dizer “fruto ácido” ou “azedo”. 

Nativa de onde?  
Mata Atlântica. Ocorre principalmente nas regiões Sudeste e Sul. 

Época de frutificação:  
De setembro a janeiro. 

Frutos usados em:  
Sucos, sorvetes ou in natura. Também têm grande potencial para a fabricação de bebidas e temperos fermentados, como vinho e vinagre. 

Foto: M. H. Mathias / Wikimedia Commons
M. H. Mathias / Wikimedia Commons

 

ARAÇÁ 

 
Nome científico:  
Psidium cattleianum  

Origem do nome popular:  
Do tupi-guarani, “planta que tem olhos”, em alusão às suas sépalas (folhas que formam o cálice das flores), que têm a aparência de olhos. 

Nativa de onde?  
Todo o território brasileiro. 

Época de frutificação:  
De setembro a março. 

Frutos usados em:  
Geleias, doces, drinks ou in natura. 

Foto: Forest and Kim Starr / Flickr

CAMBUCI


Nome científico:   
Campomanesia phaea 

Origem do nome popular:  
Em tupi-guarani, significa “pote d’água”, por conta de sua aparência semelhante a um vaso de cerâmica. 

Nativa de onde?  
Todo o território brasileiro. Endêmica da região Sudeste. No estado de SP, há a Rota do Cambuci, que combina festivais gastronômicos e roteiros turísticos. 

Época de frutificação:

De janeiro a abril. 

Frutos usados em:  
Sucos, cachaças, geleias, sorvetes e doces em geral. 

Foto: Arthur Chapman / Flickr

Arthur Chapman

GRUMIXAMA 

 
Nome científico:  
Eugenia brasiliensis 

Origem do nome popular:  
Em tupi-guarani, “o que pega na língua”, por seu sabor doce e ácido, um misto de pitanga e jabuticaba. 

Nativa de onde?  
Todo território brasileiro. Endêmica da Mata Atlântica. Ocorre desde o sul da Bahia até Santa Catarina. 

Época de frutificação:  
De novembro a dezembro. 

Frutos usados em:  
Geleias e outros doces, drinks ou in natura. 

Foto: Forest and Kim Starr / Flickr

URUCUM 

 
Nome científico:  
Bixa orellana  

Origem do nome popular:  
Vem do tupi-guarani e quer dizer “vermelho”. 

Nativa de onde?  
Américas do Sul e Central. 

Época de frutificação:  
De maio a dezembro. 

Frutos usados em:  
Óleos e azeites, colorau (desidratado e triturado), tinturas naturais e protetores solares. 

Foto: Leonardo Ré Jorge / Wikimedia

JABUTICABA 

 
Nome científico:  
Plinia cauliflora  

Origem do nome popular:  
Em tupi-guarani, significa “fruto do qual se alimenta o jabuti”.  

Nativa de onde?  
Mata Atlântica. Ocorre nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. A cidade de Casa Branca (SP), a 230 quilômetros da capital, é considerada a capital estadual da jabuticaba, com cerca de 22 mil pés plantados, o que dá, aproximadamente, um por habitante. 

Época de frutificação:  
De setembro a outubro. 

Frutos usados em:  
Geleias, vinhos ou in natura.

Foto: Bruno Karklis / Wikimedia Commons

 

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