Cambuci, araçá, grumixama… Conheça árvores frutíferas que fazem parte da flora paulistana
Por Luna D’Alama
Leia a edição de SETEMBRO/24 da Revista E na íntegra
Você já caminhou pela cidade de São Paulo observando – e saboreando – as árvores frutíferas ao seu redor? A relação da capital paulista com sua flora é tão importante que a botânica está presente nos nomes de vários bairros e distritos: Pinheiros, Cambuci, Aricanduva, Ibirapuera, Pirituba e Sapopemba, entre outros. Só no Ipiranga, um dos bairros mais arborizados de São Paulo, podem ser encontradas diversas espécies nativas e não nativas, como urucum (Bixa orellana), aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius), jenipapo (Genipa americana), amora-branca (Morus alba), pitanga (Eugenia uniflora), goiaba (Psidium guajava) e romã (Punica granatum).
Segundo o biólogo e educador ambiental Gabriel Brito, fundador do projeto Oloco Bichoo: Integração e Conscientização, passeios por áreas verdes ajudam a reforçar nossa memória biocultural. Isso acontece por meio da partilha de conhecimentos e da reconexão com a natureza. No mês em que se celebra a chegada da primavera, estação em que muitas das plantas ficam mais vistosas, conheça seis árvores frutíferas que colorem a flora da capital paulista.
UVAIA
Nome científico:
Eugenia pyriformisOrigem do nome popular:
Vem de iwa’ya ou yba’ia, que em tupi-guarani quer dizer “fruto ácido” ou “azedo”.Nativa de onde?
Mata Atlântica. Ocorre principalmente nas regiões Sudeste e Sul.Época de frutificação:
De setembro a janeiro.Frutos usados em:
Foto: M. H. Mathias / Wikimedia Commons
Sucos, sorvetes ou in natura. Também têm grande potencial para a fabricação de bebidas e temperos fermentados, como vinho e vinagre.
ARAÇÁ
Nome científico:
Psidium cattleianumOrigem do nome popular:
Do tupi-guarani, “planta que tem olhos”, em alusão às suas sépalas (folhas que formam o cálice das flores), que têm a aparência de olhos.Nativa de onde?
Todo o território brasileiro.Época de frutificação:
De setembro a março.Frutos usados em:
Foto: Forest and Kim Starr / Flickr
Geleias, doces, drinks ou in natura.
CAMBUCI
Nome científico:
Campomanesia phaeaOrigem do nome popular:
Em tupi-guarani, significa “pote d’água”, por conta de sua aparência semelhante a um vaso de cerâmica.Nativa de onde?
Todo o território brasileiro. Endêmica da região Sudeste. No estado de SP, há a Rota do Cambuci, que combina festivais gastronômicos e roteiros turísticos.Época de frutificação:
De janeiro a abril.
Frutos usados em:
Foto: Arthur Chapman / Flickr
Sucos, cachaças, geleias, sorvetes e doces em geral.
GRUMIXAMA
Nome científico:
Eugenia brasiliensisOrigem do nome popular:
Em tupi-guarani, “o que pega na língua”, por seu sabor doce e ácido, um misto de pitanga e jabuticaba.Nativa de onde?
Todo território brasileiro. Endêmica da Mata Atlântica. Ocorre desde o sul da Bahia até Santa Catarina.Época de frutificação:
De novembro a dezembro.Frutos usados em:
Foto: Forest and Kim Starr / Flickr
Geleias e outros doces, drinks ou in natura.
URUCUM
Nome científico:
Bixa orellanaOrigem do nome popular:
Vem do tupi-guarani e quer dizer “vermelho”.Nativa de onde?
Américas do Sul e Central.Época de frutificação:
De maio a dezembro.Frutos usados em:
Foto: Leonardo Ré Jorge / Wikimedia
Óleos e azeites, colorau (desidratado e triturado), tinturas naturais e protetores solares.
JABUTICABA
Nome científico:
Plinia caulifloraOrigem do nome popular:
Em tupi-guarani, significa “fruto do qual se alimenta o jabuti”.Nativa de onde?
Mata Atlântica. Ocorre nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. A cidade de Casa Branca (SP), a 230 quilômetros da capital, é considerada a capital estadual da jabuticaba, com cerca de 22 mil pés plantados, o que dá, aproximadamente, um por habitante.Época de frutificação:
De setembro a outubro.Frutos usados em:
Foto: Bruno Karklis / Wikimedia Commons
Geleias, vinhos ou in natura.
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