Eu quero o sol que é de todos 
Quero a vida que é de todos 
Ou alcanço tudo o que eu quero 
Ou gritarei a noite inteira 
Como gritam os vulcões 
Como gritam os vendavais 
Como grita o mar 
E nem a morte terá força 
Para me fazer calar.

Escrito em 1956, o emblemático poema Protesto, de Carlos de Assumpção, atravessa gerações e segue ecoando na sociedade brasileira. 
 
O texto reverbera agora no filme realizado pelo Sesc São Paulo, com direção de Roger Cipó. Personalidades como Dexter, Jota.pê, Iya Omlidade, Karen Kelen, Sergio Vaz e Neon Cunha, além dos filhos do poeta, Carlos e Sandra, se juntam a Carlos de Assumpção para declamar os versos de Protesto.  
 
O vídeo foi criado especialmente para compor a homenagem ao poeta, professor e advogado residente em Franca, realizada durante as comemorações de inauguração do Sesc Franca, no dia 28 de novembro de 2024.  
 
Assista:  

Aos 97 anos, o poeta Carlos de Assumpção estreou o palco da unidade, onde foi homenageado por artistas de várias gerações na atividade Saravá: uma homenagem a Carlos de Assumpção. 
 
Mel Duarte, Fabiana Cozza, Oswaldo de Camargo, Abrahão Costa, Roger Cipó e Batuque de Umbigada participaram da atividade, que teve direção de Sidney Santiago. 

“Me senti muito emocionado e, nessa idade de 97 anos, haja coração! Mas estou muito feliz de estar nesse local sendo alvo de tanto carinho, de tanto amor, é o que a gente prega. O Sesc veio na hora certa. Hoje é aniversário de Franca e esse é um presente de aniversário para nós”, disse Carlos.  

Quer ler mais sobre Carlos de Assumpção e a cidade de Franca? Acesse a reportagem da Revista E: Entre colinas, história e arte.

“Muita gente diz que não existe racismo aqui, mas a escravidão brasileira foi terrível. Como nós somos atacados, vamos nos defender. De que forma? Adquirindo cultura”, sentencia o poeta na entrevista à revista.