(Re)conhecer o Islã

18/06/2018

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Por Emily Fonseca de Souza

O islã é a religião que mais cresce no mundo, ocupando o segundo lugar
em número de crentes, perdendo apenas para o cristianismo. Entretanto,
na América Latina, a presença dessa religião ainda está longe de
refletir os números absolutos de seu crescimento, se comparado a outras
regiões do globo. A pouca presença de muçulmanos alimenta na maioria
da população uma ideia de islã que flutua entre a figura das odaliscas e
sultões alegóricos advindos das Mil e Uma Noites e suas adaptações ocidentais
no cinema e das imagens do terrorismo extremista que chega pelo
jornalismo ocidental.

Nos últimos anos, porém, a adesão do Brasil à Convenção da Organização
das Nações Unidas (ONU) para a Redução dos Casos de Apatridia e
a criação de órgãos nacionais como o Comitê Nacional para os refugiados
(CONARE), que garante alguns direitos básicos aos refugiados – como
documentos e liberdade de movimento no território nacional – facilitou a
entrada e o pedido de refúgio no país. Como consequência, o Brasil tem recebido
um número expressivo de pedidos de refúgio oriundos dos países do
Oriente Médio e África, entre outros, que passam por guerras, repressões
políticas, etc. Para além dos traumas dessas vivências, esses novos refugiados
trazem consigo uma identidade relativamente nova para o Brasil,
a islâmica.

Ainda que o número seja infinitamente menor que os registrados em
países da Europa, por exemplo, nas grandes cidades brasileiras a presença
desses refugiados tem despertado o interesse por essa cultura árabe e
islâmica. Entretanto, o desconhecimento da história dessas sociedades e
a desinformação alimentada pela mídia, que homogeneíza o islã na figura
da ortodoxia extremista de grupos como o Estado Islâmico do Iraque e do
Levante (EIIL), espalham uma ideologia islamofóbica sem precedentes.
Conhecer as origens, as histórias e as pessoas que construíram o islã
seja, talvez, a forma mais eficaz de desmitificar a visão deturpada comumente
retratada no Ocidente a respeito da civilização islâmica, e a tradução
da obra de Chase Robinson é uma bela contribuição nesse sentido. (…)

Baixe o PDF e leia o texto na íntegra:

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